sábado, 13 de setembro de 2014

FLAGRANTE EM GALPÃO DE EMPREITEIRA VIRA "PEDRA NO SAPATO" DA TURMA DO PR


Os que tiveram acesso à documentação referente à apreensão feita por fiscais do TRE e do GAP (Grupo de Apoio aos Promotores) no Galpão de uma empreiteira no final do mês passado, ficaram impressionados com o volume de material de propaganda dos candidatos do PR estocado e, mais ainda, com o montante já distribuído. Tudo devidamente anotado numa planilha de controle interno. A empresa é prestadora de serviço da PMCG e as pessoas que estavam no local para apanhar material de campanha são pagos pela municipalidade e, naquele horário, 08:30, deveriam estar no local de trabalho.
O que salta aos olhos é a desfaçatez com que se mistura o público com o privado, como se os bens da municipalidade estivessem a serviço do aparelho político.
Essa história tem tudo para ir longe. Se vai dar em alguma coisa, pode ser que não dê, mas que vai longe , isso vai.
As primeiras informações sobre o caso foram publicadas no Blog "Ponto de Vista" de Christiano Abreu Barbosa (aqui):


Bomba

Uma operação da justiça eleitoral, feita na semana passada, em um galpão na RJ-216 de uma empreiteira que presta serviços ao governo Rosinha, gerou a apreensão de farto material de campanha de Garotinho, que estaria sem as devidas notas fiscais para comprovação da origem do dinheiro.
No local estava um subsecretário, membro do primeiro escalão do governo Rosinha, que foi detido e conduzido à Delegacia da Polícia Federal, onde foi indiciado e liberado após a assinatura de um termo circunstanciado.
No prosseguimento da apuração dos possíveis crimes cometidos, ontem foi tomado pelo juízo eleitoral um depoimento chave, no qual teriam sido feitas várias revelações bombásticas. Quem teve acesso ao depoimento garante que ele é nitroglicerina pura. Pela dimensão do caso, o TRE do Rio já foi acionado e entrará nas investigações.
Atualização às 22h57 de 12/09/2014: Confira aqui o material de campanha apreendido na busca e apreensão.
Atualização às 22h58 de 12/09/2014: Confira aqui os personagens que estavam no galpão da construtora e os veículos apreendidos.
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Bomba (2) – os materiais de campanha

Consegui hoje ter acesso a uma parte dos autos do processo que motivou a nota Bomba, publicada aqui há 48 horas. A ação de Fiscalização de Propaganda Irregular foi deflagrada no final de agosto, contra a Edafo Construções Ltda, atendendo a uma denúncia de que a empresa estaria servindo como depósito e centro de distribuição de material de campanha.
A grande movimentação de carros logo cedo, toda manhã, gerando filas de carros e caminhões esperando o portão da empresa abrir às 08h, saindo depois lotados de material de campanha, chamou muito a atenção. No entra e sai dos veículos, era possível ver pela abertura do portão pilhas e mais pilhas de placas.
Numa breve investigação, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral descobriram que a Edafo Construções Ltda detinha contratos com a Prefeitura de Campos para realizar obras públicas, tendo inclusive um extrato de termo aditivo publicado recentemente, em 01 de agosto.
Os fatos levaram o MP a entrar com uma ação cautelar de busca e apreensão na Edafo Construções, já que uma empresa que possui contratos com a Prefeitura de Campos não poderia ser utilizada como depósito e centro de distribuição de material de campanha, sob pena de caracterização de crime eleitoral e abuso de poder político e econômico.
A Justiça Eleitoral acatou o pedido e a busca e apreensão foi feita, constatando que o prédio e o galpão serviam de depósito de farto material de campanha do PR, partido de Anthony Garotinho, com centenas de placas, santinhos e adesivos de candidatos do PR, entre eles Garotinho, Clarissa e Liliam Sá, além de diversos candidatos a deputado estadual e federal.
Havia também material de Rosinha, da campanha que a reelegeu prefeita de Campos, além de campanhas antigas de Garotinho e candidatos do PR, indicando que a prática é antiga. Foram achadas ainda dezenas de milhares de revistas da Caravana da Paz, programa do ex-governador acusado de uso eleitoral e que teve distribuição de brindes suspensa pela Justiça.
Um controle de entrada e saída de materiais detalhado foi encontrado pela Justiça Eleitoral. Não foi apresentada nenhuma nota fiscal que comprovasse a origem do dinheiro que pagou o farto material de campanha. O juízo eleitoral pesquisou no site do TRE e só encontrou gastos de R$ 21.650,00, vendo fortes indícios que o material, além de estar estocado em local proibido, constituindo crime, é irregular.
Confira abaixo algumas saídas de material, com a retirada feita por figuras conhecidas do PR. Os quantitativos impressionam pela demonstração de poderio financeiro. Clique nas imagens para ampliar:

ISTOÉ PUBLICA MAIS VAZAMENTOS DO DEPOIMENTO DE EX-DIRETOR DA PETROBRAS

BRASIL
|  N° Edição:  2338 |  12.Set.14 - 20:00 |  Atualizado em 13.Set.14 - 15:21

No rastro do dinheiro da Propinobrás

Entenda como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de aliados do governo e conheça os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada

Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo
Há duas semanas, uma equipe composta por integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público trabalha arduamente para detalhar como funcionaria o propinoduto instalado na Petrobras para abastecer políticos aliados do governo Dilma Rousseff. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.
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HOMEM BOMBA
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa
depôs novamente à PF, na última semana, e apresentou
novos nomes envolvidos no escândalo
Já se sabia que dessa lista faziam parte figuras graúdas da República, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP, Romero Jucá, senador do PMDB, Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT, João Pizzolatti, deputado federal do PP, e Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP, e até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no mês passado. No entanto, a relação de nomes entregue pelo ex-executivo da Petrobras é ainda mais robusta. ISTOÉ apurou com procuradores e fontes ligadas à investigação que, além desses políticos já citados, também foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do Ceará, Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ).
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O DOLEIRO AMEAÇA FALAR
Envolvido na Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, que também
está preso, tem sido pressionado a contar tudo, em troca de benefícios
Na semana passada, as investigações avançaram sobre o rastreamento do dinheiro desviado. Os levantamentos preliminares já confirmaram que boa parte da lista de parlamentares e chefes de governos estaduais contemplada, segundo o delator, pelo propinoduto da Petrobras, tem conexão direta com as empresas envolvidas no esquema da estatal. Levantamento feito na prestação de contas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que cinco empreiteiras acusadas de participar do esquema este ano doaram quase R$ 90 milhões a políticos relacionados ao escândalo. Procuradas por ISTOÉ, as empresas envolvidas respondem em uníssono que as doações “seguem rigorosamente a legislação eleitoral”. A PF, no entanto, apura a origem dos recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e internalizar o dinheiro depositado no exterior. Instada a colaborar, a Justiça da Suíça, país por onde circularam receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobras, já deu o sinal verde para a cooperação.
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FACHADA
O governador do Ceará, Cid Gomes, delatado por Paulo Roberto
Costa, nega que tenha envolvimento no caso
A análise do mapa de distribuição do dinheiro para as campanhas de políticos ligados ao escândalo mostra que os repasses financeiros nem sempre guardam relação com o perfil econômico dos Estados. Essa constatação intriga a PF. É o caso de Alagoas, Estado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos personagens citados no testemunho do delator. Em uma unidade da federação em que as principais atividades são a indústria açucareira e o turismo, as empreiteiras contratadas pela Petrobras não têm nenhum interesse de investimento ou projetos no estado. Mesmo asism, abarrotaram o caixa de campanha de Renan Filho (PMDB), herdeiro político do senador. Cinco empresas relacionadas ao esquema entraram com R$ 8,1 milhões na campanha, o equivalente a 46,8% dos R$ 17,3 milhões arrecadados pelo diretório estadual do partido, presidido pelo parlamentar.
No fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado por Renan. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites institucionais”, afirma o parlamentar alagoano. A Camargo Corrêa foi levada à investigação da PF pelo doleiro Alberto Youssef, responsável pela lavagem do dinheiro ilegal da Petrobras. Em uma mensagem interceptada, ele reclamou que adiantou dinheiro à empreiteira e que não sabia como cobrar a dívida, de R$ 12 milhões, por ser amigo de diretores da empresa.
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As denúncias do ex-diretor da Petrobras, feitas no depoimento concedido ao juiz Sérgio Moro, especialista em lavagem de dinheiro, atingiram as duas principais autoridades do Poder Legislativo. Além de Renan, Costa também mencionou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), como beneficiário do esquema criminoso. Alves viveu por semanas a pressão de submeter o deputado André Vargas (PT-PR), amigo do doleiro Youssef, às instâncias do conselho de ética da Casa. Agora, ele próprio se vê envolvido na incômoda lista de políticos apontados pelo delator. Alves nega ter recebido recursos de Paulo Roberto Costa, mas, a exemplo de Renan, tem a campanha abastecida por empresas situadas no epicentro do escândalo. Henrique Eduardo Alves lidera a corrida ao governo do Rio Grande do Norte. Até agora, recebeu R$ 6,7 milhões de três empreiteiras apontadas no esquema de desvio de verbas da estatal. A relação do presidente da Câmara com a Petrobras é antiga. Sua influência nos quadros da estatal alcança desde grandes postos no Rio de Janeiro até a gestão da Refinaria Clara Camarão, no seu Estado. Só para alojar um apadrinhado na refinaria, o presidente da Câmara ordenou em 2012 a constituição de uma nova gerência de serviços especiais. Trata-se de Luiz Antônio Pereira. Um ano antes, a refinaria Clara Camarão havia passado por um pente fino do TCU e o tribunal encaminhou a auditoria para o Ministério Público, com o objetivo de esmiuçar indícios de superfaturamento e contratos sem licitações que marcaram a gestão da obra.
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BENEFICIÁRIO
Mencionado pelo ex-diretor da Petrobras na delação premiada, o senador
Delcídio Amaral obteve recursos para sua campanha de empresas
citadas como integrantes do esquema
Incluído também na lista do ex-diretor da Petrobras, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) viu brotar na conta bancária do diretório partidário que preside em Roraima recursos provenientes das empreiteiras citadas no esquema. A OAS, Andrade Gutierrez e UTC doaram, juntas, R$ 1,6 milhão ao projeto político do PMDB no Estado. O valor que as empreiteiras repassaram à sigla de Jucá é maior do que os recursos transferidos das empreiteiras para o PSB, partido do cabeça de chapa da coligação do PMDB: o comitê do candidato ao governo Chico Rodrigues, que tem o filho de Jucá, Rodrigo Jucá, como candidato a vice, arrecadou R$ 615 mil.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas pela Petrobras engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.
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CITADO
O senador Francisco Dornelles, alvo do delator Paulo Roberto Costa,
obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão
A rede de corrupção guarda íntima relação com problemas de gestão identificados pelos órgãos de fiscalização na execução de outras obras de refinarias. No Maranhão, a pressa política do PT em apresentar a pedra fundamental da Refinaria Premium custou R$ 84,9 milhões à Petrobras. O lançamento foi feito sem o projeto básico e o consórcio de empreiteiras contratado atrasou o início das obras, pois os terrenos ainda estavam sub judice. Ainda no Estado maranhense, o filho do ministro de Minas e Energia, integrante da lista de Paulo Roberto Costa, e candidato do PMDB ao governo do Maranhão, Lobão Filho, recebeu para sua campanha R$ 500 mil da empresa Andrade Gutierrez. A PF apura ligações do candidato com a empresa fornecedora de material para a construção da refinaria, no município de Bacabeira. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau atua há muito tempo nessa área para a família do ex-presidente José Sarney (PMDB), pai da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Quando saiu do ministério, Rondeau foi trabalhar na Engevix, uma das cinco empreiteiras abraçadas pelo escândalo.
Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC. Entre 2000 e 2001, Delcídio ocupou a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, em 2002, ele se transferiu do PFL para o PT e apadrinhou a indicação de Nestor Cerveró, primeiro para a área de Gás e Energia, ocupada por Ildo Sauer, e, finalmente, para a área Internacional. Um dos depoentes da CPI da Petrobras no Congresso na última semana, Cerveró encontra-se no rol de investigados no escândalo da estatal. 
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ELE, DE NOVO
O deputado Eduardo Cunha é outro integrante do PMDB
incluído na lista do ex-diretor da Petrobras
Outros três políticos que aparecem no escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobras. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi agraciado com R$ 150 mil provenientes da UTC. Já o senador Francisco Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão. À ISTOÉ, Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas, segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações. “Todas as doações recebidas pelo diretório do PP no Rio tiveram como origem empresas juridicamente aptas a fazê-las”, afirmou. O ex-ministro das Cidades Mário Negromonte foi contemplado com R$ 200 mil da OAS e R$ 100 mil da UTC. Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.
Quando a Polícia Federal iniciou as apurações, os investigadores tentaram abraçar um universo de temas. Sob a guarda do juiz federal Sérgio Moro, a PF buscava provas de crimes de evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas e tráfico internacional de drogas, mas tinha dificuldade para amarrar uma linha de trabalho e caracterizar a ação de uma quadrilha. O acordo de delação do ex-diretor da Petrobras contribuiu, e muito, para apontar um rumo. Mas, para se livrar dos 50 anos de prisão que teria de pagar pelos seus crimes, Paulo Roberto Costa terá de trazer provas. Todos os políticos rechaçam as acusações do delator com o argumento de que não foram apresentadas provas. De fato, para que o depoimento do delator tenha relevância na elucidação da rede de corrupção, Costa terá de materializar suas afirmações. Pelo que se pode depreender até agora, as movimentações feitas com os recursos desviados da Petrobras abrangem o caixa formal dos candidatos, como mostra esta reportagem, e também dinheiro de caixa 2. No curso de seu trabalho para desvendar as tenebrosas transações, Sérgio Moro deu uma ordem: não quer depender de grampos ou suposições e vai fugir da “teoria do domínio do fato”, método que permeou o julgamento do mensalão, o maior escândalo de corrupção dos governos do PT.
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DORNELLES E EDUARDO CUNHA NA LISTA DE PAULO ROBERTO COSTA





O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa listou o nome de mais um governador, dois senadores e um deputado federal entre os políticos envolvidos com esquema de corrupção na estatal, informou neste sábado (13) a revista “IstoÉ”, sem apresentar documentos nem especificar as circunstâncias em que eles foram citados.
Paulo Roberto Costa firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e, desde então, tem revelado detalhes de um suposto esquema de desvio de recursos públicos que beneficiaria políticos. O delator está preso em Curitiba.
Nomes de 12 políticos já haviam sido citados como beneficiários do esquema pela revista “Veja”, na semana passada. A publicação afirmou que o ex-diretor citou um ministro, três governadores, seis senadores e pelo menos 25 deputados.
Agora, a “IstoÉ” incluiu na lista o governador do Ceará, Cid Gomes, os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ), candidato a vice-governador do RJ na chapa de Luiz Fernando Pezão e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Não detalhou, contudo, qual a relação de cada um deles com a estatal, com o ex-diretor, tampouco com o esquema.
Procurado pela Folha, Cid Gomes, por meio da assessoria, negou qualquer tipo de envolvimento com o esquema. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador, repetindo a declaração publicada pela revista.
Dornelles e Eduardo Cunha não foram localizados pela Folha. Por meio de uma rede social, Cunha afirmou que o objetivo da reportagem é prejudicá-lo na eleição.
“Não tem nenhum fato e só citam a esmo meu nome, de forma leviana. De mim nem doação podem falar, porque não recebi qualquer doação de empresas citadas. Isso evidentemente tem o objetivo de causar prejuízo eleitoral”, escreveu o deputado.
Delcídio Amaral, que também rechaça qualquer ligação com o esquema, classificou como “esdrúxula” a reportagem. “O texto publicado, além de servir unicamente como tiro de festim para que candidatos desesperados utilizem contra adversários, inclusive e principalmente no Mato Grosso do Sul, não tem outra utilidade que não seja ser destinado à lata de lixo”, afirmou por meio de nota.

Com informações da Folha de S.Paulo e IstoÉ
 


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CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA PARTICIPAM DE DEBATE TERÇA-FEIRA, DIA 16, EM APARECIDA (SP)


Da Carta Capital:

por Redação — publicado 11/09/2014 11:39, última modificação 11/09/2014 11:54
Diogo Moreira/ GESP
Santuário de Aparecida
Aparecida, onde fica o emblemático santuário, vai sediar o debate de presidenciáveis

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai organizar na terça-feira 16 um debate com os candidatos à Presidência da República em Aparecida, município do interior de São Paulo onde fica o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
O encontro está marcado para o centro de eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, ao lado do santuário nacional, e terá, segundo a assessoria da TV Aparecida, a presença de oito presidenciáveis: Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC).
Em vídeo levado ao ar pela TV Aparecida para promover o debate, o encontro é tratado como "evento histórico". Ao site da emissora, dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), afirmou que um dos motivos do encontro é permitir aos candidatos "responder qual é a posição deles a respeito da defesa da vida, desde o primeiro instante até o seu término natural".
Além da TV Aparecida, outras emissoras de inspiração católica, como as tevês Canção Nova e Rede Vida, vão transmitir o evento, a partir das 21h30. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

COMÍCIO DO PR NESTA SEXTA-FEIRA EM CAMPOS

Foto:Blog do candidato
O deputado Anthony Garotinho, candidato do PR ao Governo do Estado, comanda, daqui a pouco, às 18h na Praça do Santíssimo Salvador, o último comício de sua campanha na cidade antes do primeiro turno. O palanque já está montado na antiga Praça das Quatro Jornadas (ao lado do Chafariz).
São aguardados os principais candidatos do partido na região.
Hoje, na hora do almoço, a prefeita Rosinha, que coordena a campanha do marido na região, esteva na sede da transportadora VSP para falar das propostas do candidato (foto abaixo).

Foto postada no Facebook



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

ROMÁRIO CONSOLIDA LIDERANÇA PARA O SENADO: 43% CONTRA 22% DE CESAR MAIA

Reprodução TV/Globo News

DO G1

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (11) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para o Senado pelo Rio de Janeiro:
Veja os números do Datafolha:
Romário (PSB) – 43%
Cesar Maia (DEM) – 22%
Eduardo Serra (PCB) – 5%
Carlos Lupi (PDT) – 5%
Liliam Sá (PROS) - 1%
Pedro Rosa (PSOL) – 1%
Diplomata Sebastião Neves (PRB) - 0%*
Heitor Fernandes (PSTU) – 0%*
Indecisos – 10%
Brancos e nulos – 13%

*Não atingiram 1%
No levantamento anterior, divulgado no dia 4 de setembro, Romário tinha 38%, Cesar Maia, 25%, e Eduardo Serra, 6%.
O Datafolha entrevistou 1.348 eleitores em 32 municípios do Estado do Rio de Janeiro nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números RJ-00034/2014 e BR-00584/2014.

TRE APREENDE PROPAGANDA DE CANDIDATOS DO PR NA GRÁFICA DE O DIÁRIO

Da Folha on line (aqui):


Campos: apreensão de material de campanha em gráfica de jornal

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Uma denúncia anônima levou fiscais do Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TRE-RJ) à gráfica do jornal O Diário, em Campos, na manhã desta quinta-feira (11). No local, foi apreendido material de campanha com nomes de vários candidatos do PR e da Coligação Aliança Republicana e Trabalhista, desde o candidato ao governo do Estado, Anthony Garotinho, passando por Clarissa Garotinho, Paulo Feijó e Jorge Magal (à Câmara Federal), além de Geraldo Pudim, Bruno Dauaire, Gil Vianna e Eber Silva (candidatos à Assembleia Legislativa). A única não republicana no bolo era a propaganda da candidata ao Senado, Lilian Sá (Pros), mas que pertence à Coligação.

Os fiscais cumpriram mandado de busca e apreensão que partiu do juiz eleitoral, Geraldo Batista Júnior. Inicialmente, a denúncia era de que um caminhão baú estaria sendo carregado com propaganda, o que não teria se confirmado. Ao entrar na gráfica, no Parque Santo Antônio, em Guarus, os fiscais recolheram o material — que até o momento não teve a quantidade divulgada. A gráfica não chegou a ser lacrada, mas os fiscais do TRE ainda estiveram no escritório de contabilidade que presta serviço para O Diário, na área central da cidade. A intenção era recolher notas fiscais, que comprovassem o pagamento do material de propaganda. O caso foi levado para o cartório da 75a Zona Eleitoral, onde a ocorrência está sendo lavrada.

Folha entrou em contato com a assessoria do TRE para buscar mais informações e ainda aguarda resposta.

Outras — O candidato Garotinho, só na sua terra natal administrada pela sua mulher, a prefeita Rosinha Garotinho, desde o dia 1o de agosto, conta outras três operações da fiscalização eleitoral com apreensão de material. A primeira foi no Centro Cultural Anthony Garotinho, onde foram apreendidas 100 fraldas e farto material de propaganda, além de solicitações para tratamento de saúde à prefeitura de Campos. Outra ocorreu na UBS de Saturnino Braga, na Baixada Campista quando foram apreendidos 22 panfletos de Garotinho na sala de depósito de materiais da unidade de saúde. Também foram encontrados seis adesivos do vereador Gil Vianna, candidato a deputado estadual e de Lilian Sá, dentro de um táxi no pátio do posto de saúde. Além disso, cerca de 60 mil santinhos, dezenas de adesivos e cartazes de campanha do PR e Pros foram apreendidos no galpão da empreiteira Plano Construção e Terraplanagem, no Parque Rosário em Campos. Recibos de obras realizadas pela construtora para a Prefeitura, quatro computadores, um notebook e um pen drive também foram recolhidos pela equipe de fiscalização do TRE, no município. (D.P.P.)
11/09/2014 16:45

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DATAFOLHA: PEZÃO EMPATA COM GAROTINHO COM 25%



Do G1:

10/09/2014 19h02 - Atualizado em 10/09/2014 19h02

No RJ, Pezão e Garotinho estão empatados com 25%, diz Datafolha

Pesquisa mostra Marcelo Crivella com 19% e Lindberg Farias com 12%.
Margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Do G1 Rio
Pesquisa Datafolha sobre a eleição para governador do Rio de Janeiro, divulgada nesta quarta-feira (10), mostra os candidatos Anthony Garotinho (PR) e Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta a reeleição, empatados com 25% das intenções de voto. Marcelo Crivella (PRB) tem 19% e o petista Lindberg Farias tem 12%.

Na pesquisa anterior do instituto, realizada entre os dias 12 e 13 de agosto, Garotinho tinha 28% dos votos, Pezão 23%, Crivella 18%, e Lindberg tinha 11%.

Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada:
Anthony Garotinho (PR) - 25%
Luiz Fernando Pezão (PMDB) - 25%
Marcelo Crivella (PRB) - 19%
Lindberg Farias (PT) - 12%
Tarcísio Motta (PSOL) - 2%
Dayse Oliveira (PSTU) - 1%
Ney Nunes (PCB) 0%
Brancos e nulos - 10%
Não sabem - 6%

A pesquisa do Datafolha foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo" e realizada entre os dias 8 e 9 de setembro com 1.348  eleitores em 32 cidades do Estado do Rio. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de três pontos prevista.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com os números  RJ-00034/2014 e BR-00584/2014.

Rejeição
Anthony Garotinho  permanece o candidato com maior rejeição entre os eleitores, com 46% - na pesquisa anterior estava com 44%. Na sequência aparece Lindberg Farias com 25% - tinha 20% na na última. A de Marcelo Crivella aumentou 14% para 20% na atual pesquisa. A rejeição a Pezão também subiu, de 17% na semana passada para 19% nesta pesquisa. Também aumentou a rejeição à candidata Dayse Oliveira, que tinha 14% e agora 16%. A deNey Nunes (PCB) diminuiu de 15% para 14% na atual pesquisa. A de Tarcísio Mottamanteve-se em 15%.

Segundo turno
Na simulação de um segundo turno, o candidato Anthony Garotinho perderia paraLuiz Fernando Pezão. Garotinho teria 35% dos votos (tinha 36%) enquanto Pezão teria 47% (tinha 45%). Votos nulos ou em branco chegam a 16% (mesmo índice anterior) e indecisos somam 2% (era 3%).

Neste cenário, Pezão tem mais vantagens, sobretudo, entre os eleitores de Lindberg (o peemedebista teria 51% enquanto Garotinho 25% destes votos). Pezão também teria a maioria de votos entre os católicos (56% a 29% que votariam em Garotinho), entre os mais escolarizados (60% a 17% dos eleitores de Garotinho), entre os mais ricos (59% a 23% que direcionam voto ao Garotinho), entre os moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (50% a 30% dos que votariam em Garotinho), entre os moradores da capital (55% a 25% dos votos apontados para Garotinho). Garotinho obteria vantagens entre os evangélicos pentecostais (49% a 37% dos que votariam em Pezão) e entre os evangélicos não pentecostais (46% a 34% dos eleitores de Pezão)
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Atualização para correção de título;

RECIPROCIDADE OU "EU ORO POR VOCÊ..."


Em matéria publicada hoje em sua versão on line (aqui), a Veja aponta a IMBEG como uma das mais generosas doadoras para a campanha do candidato ao PR ao Governo do Estado, Anthony Garotinho, marido da prefeita de Campos dos Goytacazes que tem a empreiteira como uma das favoritas para obras no município.
De acordo com a revista, a IMBEG teve um "contrato elevado para  R$ 23.519.044.81 em 22 de julho deste ano". Errado: o valor é referente ao aditamento do contrato inicial, no valor de R$ 56.642.979,58,  ou seja, só para esta obra (que ainda não está pronta), a IMBEG já levou quase R$ 80 milhões (reveja aqui) . Perto disso, os R$ 500 mil que a empreiteira doou para campanha de Garotinho é merreca.
Aliás, a empreiteira é a mesma responsável pelas obras da urbanização da  Beira-Valão.Veja abaixo.

Contrato inicial para duplicação de parte da Campos-Farol (até Goitacazes): R$ 56.642.979,58

Quinto adivivo aumentou a obra em mais R$ 23.519.044,84 assinado em 22/7/2014 e publicado em 14/08/2014
Obra da Beira Valão depois foi aditada para pelo menos mais R$ 3 milhões  (aqui)

Aditivo da obra da Beira Valão publicado em 24/04/2013 meses após a obra ser inaugurada (aqui)


Sobre o assunto veja também no Blog do Bastos (aqui).


terça-feira, 9 de setembro de 2014

IBOPE:PEZÃO CHEGA A 25% E ENCOSTA EM GAROTINHO, ESTAGNADO EM 26%

09/09/2014 19h02 - Atualizado em 09/09/2014 19h22

Garotinho tem 26%, Pezão, 25%, e Crivella, 17%, aponta Ibope

Margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Instituto entrevistou 1.806 eleitores entre os dias 5 e 8.

Do G1 Rio
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (9) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para o governo de Rio de Janeiro:
Anthony Garotinho (PR) – 26%
Luiz Fernando Pezão (PMDB) – 25%
Marcelo Crivella (PRB) – 17%
Lindberg Farias (PT) – 9%
Dayse Oliveira (PSTU) - 0%*
Ney Nunes (PCB) – 0%*
Brancos e nulos: 14%
Não sabe: 6%

* Cada um dos sete indicados com 0% não atingiu 1% das intenções de voto; somados, eles têm 2%
No levantamento anterior, realizado pelo instituto nos dias entre os dias 30 de agosto e 1 de setembro, Garotinho tinha 27%, Pezão 19% e Crivella 17%. 
A pesquisa foi contratada pela TV Globo e realizada entre os dias 5 e 8 de setembro. Foram entrevistados 1.806 eleitores em 56 municípios do estado.  A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
A pesquisa está registrada registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sob registro nº RJ-00033/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo nº BR-00567/2014.

- Não sabe - 28%
Pesquisa espontânea

Na parte da pesquisa em que os entrevistadores do Ibope perguntaram ao eleitor em quem votará (sem apresentar a ele a relação de candidatos), 28% deles não sabem ou preferem não
dizer em quem votariam para governador
. Veja abaixo:
- Garotinho: 18%
- Pezão: 18%
- Crivella: 10%
- Lindberg Farias: 5%
Segundo turno
O Ibope fez uma simulação de segundo turno entre Anthony Garotinho e Luiz Fernando Pezão. Os resultados são os seguintes:

- Pezão: 40-
-Garotinho: 33%
Rejeição
O Ibope também apontou a rejeição dos candidatos. A maior rejeição é de Anthony Garotinho, que tem 39%. Na sequência aparecem Pezão (18%), Lindberg (19%), Crivella (15%).