segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CONSÓRCIO ÚNICO GANHA LEILÃO DE LIBRA COM ÁGIO ZERO

 (Christophe Simon/AFP)



O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC arrematou nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União.
Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital.
Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União.
O leilão, realizado no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, foi marcado ainda pelos protestos do lado de fora e que deixaram pelo menos cinco pessoas feridas. Para conter os manifestantes, homens da Força Nacional de Segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
No total, 11 empresas foram habilitadas para participar da rodada. Entretanto, na manhã desta segunda, poucas horas antes da sessão, a espanhola Repsol, uma das maiores empresas do setor de petróleo no mundo, anunciou que, apesar de habilitada, não faria oferta por Libra.
A previsão inicial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP) era que até 40 empresas poderiam participar do leilão de Libra – gigantes do setor como as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG nem chegaram a se inscrever.
No dia 10 de outubro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que esperava entre dois e quatro consórcios na disputa, envolvendo as 11 empresas habilitadas.

Do G1

Um comentário:

Hugo Siqueira disse...

“LEILÃO PORTUGUÊS” ÀS AVESSAS
Foi uma réplica do “leilão português” às avessas: pagou mais bônus e leva menos óleo ao contrário do “leilão Português em que o lusitano paga menos para fazer o serviço (carregar o piano)**. No caso o único consórcio vencedor, que esperou o último instante para apresentar proposta, evitando assim a chegada de outro concorrente inesperado.
Quem mais perdeu foi o leiloeiro: a Petrobras teve que pagar mais 10% de bônus para que as grandes empresas europeias – SHELL E TOTAL– fizessem a finesa de fazer parte do consórcio solitário. Ruim desse jeito até Stalin faria.
** Presta o serviço aquele que ofertar o menor preço daí o nome “leilão português”.
EXPLORAÇÃO a PRAZO DO PRÉ-SAL
A melhor forma de explorar petróleo é como faz Cuba: durante décadas da guerra fria “extraía” petróleo da antiga URSS. Com a perda do fornecedor, depois da queda do ‘muro’ passou “extrair” petróleo da Venezuela em troca de médicos. E o Brasil talvez possa substituir a Venezuela – agora em dificuldades – com fornecimento de petróleo do Pré-sal em troca de médicos. Não só médicos como mecânicos e funileiros, atividade na qual os cubanos são especialistas.