segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Dia do abandono 12



Colaboração do jornalista e poeta Antônio Fernando


Árvores e prédios

O Morrinho, berço do samba em Campos, deve ficar mais quente. Nem tanto pelos sambas-enredos de Os Psicodélicos ou da Mocidade Louca. O Motivo para tanto é a perda de mais uma chácara urbana da cidade. No amplo terreno, que pertenceu à família do político Antonio Alexandre, nenhuma mangueira ou outra frutifera ficou de pé depois que as máquinas andaram por ali no final de semana. No local estava funcionando, numa parte do terreno, um estacionamento.
Moradores se dividem nas especulações. Parte acha que vão construir ali mais um condomínio vertical. Outros asseguram que a Universidade Estácio de Sá, que fica na Avenida 28 de Março, nas instalações do antigo Hospital São João, fará uso da área. O endereço é nobre e vai contribuir para essa Campos que muda dos quintais para a verticalização. O prédio que se vê ao fundo é o bem-sucedido aparte-hotel Parque Avenida. O nome original está em inglês, macaquice típica de Campos que este contribuinte do blog se recusa a alimentar.
É o dilema. Ficamos com os quintais, as árvores e o vento nordeste preservado ou aderimos à predialização vertical associada à modernidade e desenvolvimento?

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