domingo, 13 de abril de 2008

Arnaldo na Folha

Alguns trechos da entrevista de Arnaldo Vianna publicada na página 5 da edição de hoje da Folha da Manhã:

Folha — Voltando à questão das denúncias, elas podem chegar até o senhor?
Arnaldo — Chegar até mim? Você tocou em um ponto importante. Se tivesse que chegar até mim, já teriam chegado. Porque, não tenho dúvida que, quando o ex-governador, ex-prefeito, ex-amigo, ex-tudo começou essa operação ele tinha um alvo. E o alvo não era apenas afastar Alexandre da Prefeitura. Ele queria chegar a Arnaldo. Hoje, acho que ele dorme pensando no Arnaldo, sonha com Arnaldo e acorda com o pesadelo de ver que Arnaldo conseguiu uma popularidade maior do que a dele. A esse cidadão, eu até me ofereço. Ele está precisando de tratamento. Ele não está precisando de um tratamento apenas político. Ele está precisando de um tratamento médico. E se um neurologista não der jeito, eu peço que ele procure um psiquiatra urgentemente.
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Folha — O senhor já se encontrou ou falou com o prefeito Mocaiber depois de seu afastamento? Arnaldo — Pessoalmente não, por telefone. Prestei minha solidariedade a ele. Eu e Mocaiber temos uma amizade de muitos anos. Vejo, às vezes, até um outro jornal aqui em Campos, com algumas maldades, tentando colocar palavras na boca de Mocaiber, tentar ver se provoca uma inimizade entre Arnaldo e Mocaiber. Mas vejo também que esse próprio jornal publica gravações, adulteradas. E depois, uma outra publicação em Campos, de pessoas não ligadas ao ex-governador, mostra que a gravação não era aquela, estava totalmente adulterada. Eles têm essa prática. Gostam de plantar a semente da discórdia. Provocar o afastamento dos amigos. Eles não têm limites. Eles vão ao nível pessoal, familiar. Acho que já passou da hora da justiça como um todo tomar providência para coibir esse tipo de prática em Campos e que agora já passou para o Estado. Espero que aquele que teve a oportunidade de ser prefeito de Campos, de governar o Estado do Rio, tenha um pouco de maturidade e deixe de ser garotinho.
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Folha — Por falar em Bacellar, além do senhor, ele tem sido outro foco de resistência ao denuncismo criminoso de Garotinho. Como enxerga a atuação do presidente da Câmara?
Arnaldo — Quero parabenizar Bacellar. Por que hoje eles também atacam Bacellar? Um pouco antes desses ataques a Bacellar, Garotinho mandou um emissário procurar Bacellar. Um vereador de Campos, ligado a Garotinho, foi procurar Bacellar. Isso já foi noticiado. Nesse dia, inclusive, eu estava na casa de Bacellar conversando sobre Campos e eu disse: Não vou ficar porque não aceito mais conviver com essas pessoas debaixo do mesmo teto. E o senhor, como presidente do Legislativo, tem que receber o vereador, mesmo sendo de oposição. E, por isso, vou lhe deixar com total liberdade para conversar com esse vereador. E saí.
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Folha — Se Roberto Henriques tentar impor sua candidatura à Prefeitura e Garotinho, um outro nome do PMDB, ou o dele próprio. Qual poderá ser o resultado? O senhor acha que Garotinho pode vir candidato?
Arnaldo — É difícil eu avaliar uma questão de outro partido. mas, se Roberto Henriques ainda estivesse no PDT, eu, como presidente do diretório, eu poderia dizer o que acho dessa posição. Mas, no PMDB, acho muito difícil. Acho muito difícil Garotinho dar essa oportunidade a Henriques. Pelas características de Garotinho e pelas características de Roberto, acho difícil que esse entendimento ocorra. Mas tenho dito há muito tempo: gostaria muito de disputar uma eleição contra Garotinho.

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