domingo, 13 de abril de 2008

A escolha de RH


O PMDB, como já se sabe, descartou qualquer possibilidade de o prefeito em exercício, Roberto Henriques, ser o cabeça da chapa que vai disputar a Prefeitura de Campos pelo partido. O cacicão do partido, o ex-governador Garotinho, teria feito duas propostas:

1 - RH seria o candidato a vice ou

2 - Ficaria fora da chapa agora, mas com a garantia de ser o candidato do grupo à Câmara Federal em 2010.


Sabendo que Garotinho tem tradição de só cumprir acordos quando lhe convêm, RH poderia aceitar a primeira opção, mas vai ter que botar a máquina da PMCG a serviço da campanha, mesmo que discretamente.

O preço é alto demais.

Roberto Henriques tem ainda uma terceira opção: fazer um governo independente e, nos oito meses que tem pela frente criar mecanismos que garantam que as próximas administrações sejam transparentes e que dificultem a roubalheira.

Mais que isso, ficando restrito à administração e fora da sucessão, o prefeito em exercício deixaria a máquina pública livre das pressões. Seria esta a primeira eleição, em décadas, que a máquina da Prefeitura de Campos não seria utilizada em favor de nenhum candidato.

Quem sabe se, agindo assim, a população reconheça seu valor político e o eleja deputado federal em 2010 sem precisar das benções de Garotinho e sua turma.

Um comentário:

  1. Essa alternativa, certamente daria ao Roberto Henriques a credencial para ser um digno representante federal para a cidade de Campos. As eleições municipais retornariam a um patamar democrático permitindo a verdadeira alternância do poder, premiando aquele que tivesse a melhor proposta e o melhor currículo. Sem a ajuda da máquina diminuiriam, em muito as possibilidades não só do grupo do Garotinho, hoje bastante prestigiado na administração municipal como do próprio Arnaldo, que ainda tem muitos seguidores, incluindo os com poder de mando que também continuam no governo.

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