Falando em bebida alcoólica (nota abaixo), veja que pérola encontrei no nas páginas 77 e 78 do excelente livro "O Sapo e o Príncipe", do jornalista Paulo Markun. O trecho, incluindo um declaração entre aspas feita pelo próprio Lula, relata o momento em que então jovem metalúrgico descreve como conquistou a primeira mulher, Maria de Lourdes Ribeiro, que morreria anos depois.
"Com a tecelã Maria de Loudes Ribeiro, o caso era mais sério. Ele se conheciam desde 1964, quando Lula foi morar ao lado da casa onde viviam ela e três irmãos _ Jacinto, Toninho e Zezinho. Juntos, passaram a dançar ao som de Ray Coniff e Roberto Carlos nos bailinhos de final de semana. Quando não tinham programa, ficavam na casa de dona Ermínia e seu João, os pais de Lourdes. Um dia, Lula percebeu que estava gostando da moça e aconselhou-se com seu melhor amigo _ o irmão dela:
"Ô Jacinto, eu estou gostando da Lourdes, mas não sei como é que eu faço".
Ah, fala com ela pô". Ah, mas eu tenho vergonha, e teu pai e tua mãe?"
"Que nada, fala com ela". Um dia fomos para um baile e eu falei: "Vou falar". Toca a primeira seleção, tirei ela para dançar, não tive coragem. Toca a segunda seleção, tiro a segunda vez, e não tenho coragem. Cada vez que eu não tinha coragem, parava a seleção, eu ia no bar e tomava um conhaque. Naquele tempo não era nem Dreher, era conhaque Palinha, conhaque de alcatrão de São João da Barra. Eu acho que na quarta seleção, já no quarto conhaque, eu tive coragem de falar. Aí falei, namorei, casei.
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