Gregório de Matos, um dos poetas mais polêmicos do Brasil nasceu em Salvador, na Bahia, em 1636, e morreu e morreu, aos 60 anos, em 26 de novembro de 1696 no Recife, Pernambuco.
Ficou conhecido como "Boca do inferno" e "Boca de brasa", pela contundência de seus poemas. Quando Gregório de Matos morreu, a Vila de São Salvador de Campos dos Goytacazes mal tinha completado 20 anos de fundação, mas quem lê os trechos iniciais do poema "Epílogos" tem a sensação que o "Boca" é contemporâneo e vive entre nós.
Confira:
Epílogos Gregório de Matos
Ficou conhecido como "Boca do inferno" e "Boca de brasa", pela contundência de seus poemas. Quando Gregório de Matos morreu, a Vila de São Salvador de Campos dos Goytacazes mal tinha completado 20 anos de fundação, mas quem lê os trechos iniciais do poema "Epílogos" tem a sensação que o "Boca" é contemporâneo e vive entre nós.
Confira:
Que falta nesta cidade?...Verdade
Que mais por sua desonra?...HonraFalta mais que se lhe ponha...Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?...Negócio
Quem causa tal perdição?...Ambição
E o maior desta loucura?...Usura.
3 comentários:
Conheço esse poema e realmente parece um retrato falado da nossa cidade(pobre menina rica). A primeira vez que tive o prazer de ouví-lo foi em uma palestra acontecida na FDC, cujo o palestrante era o ilustre Juíz Federal, Drº Fabrício Antônio Soares, que ficou conhecido como o Juíz do Telhado de vidro. Na ocasião o respeitável magistrado usou este poema, como ilustração, para encerrar a brilhante palestra.Todavia, me parece que o poema é mais extenso e está faltando algumas partes, pois me lembro que era mais incisivo e abragente...
Obrigada pela atenão!
Tenha um bom FDS!
Digamos, caro Ricardo, que Gregório de Matos fosse um Poeta com dons de Profeta e, escrevesse poesias premonitórias...
Aliás essa poesia me remeteu, por tabela, á letra da música de Cazuza, Brasil, cujo CD, colocareia agora para ouvir.
Um ótimo fim-de-semana à todos e em especial para você, Ricardo.
A CADA CANTO UM GRANDE CONSELHEIRO
Gregorio de Mattos Guerra
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
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