sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fechamento do Monitor repercute no Comunique-se

Com 175 anos, Monitor Campista será fechado

Izabela Vasconcelos, de São Paulo


A primeira redação da América do Sul a contar com
luz elétrica, que dos 200 anos da imprensa brasileira,
fez parte de 175, tem data e hora para encerrar suas
atividades. O Monitor Campista, de Campos dos
Goytacazes - RJ, terceiro jornal mais antigo do Brasil,
será fechado no próximo domingo (15/11).
Os Diários Associados anunciaram o fechamento do
veículo, fundado em 04/01/1834, em carta enviada
aos funcionários. Segundo jornalistas do Monitor
Campista, a alegação da empresa é que o jornal
tinha mais despesas que receitas, o que impossibilita
a continuidade do negócio. A notícia veio logo depois que a prefeitura da cidade deixou de publicar o Diário
Oficial nas edições do jornal, o que já acontecia
há 100 anos.
Apesar dos argumentos da empresa, os profissionais
discordam que esse seja o motivo do fechamento do jornal. "Sempre falaram de crise, mas nunca tivemos problemas com nossos salários, e comercialmente o jornal ia bem, crescendo
a carteira de publicidade”, rebateu Jane Nunes
, editora do veículo, que disse que muitos contratos terão que ser cancelados a partir de agora.
Movimento “Viva Monitor”
O fechamento do jornal mobilizou os jornalista
s e a comunidade, que organizam manifestações contra a medida. Nesta sexta-feira (13/11) mais de 100 pessoas
protestaram em frente ao prédio do veículo. A
Associação Imprensa Campista (AIC) emitiu uma carta pública aos Diários Associados e fez um abaixo-assinado
online contra o fim do jornal. Além disso, leitores e amigos do veículo lançaram o movimento Viva Monitor, que pretende aquecer as manifestações a favor do jornal.
A AIC promete mais movimentos. “Amanhã vamos
organizar uma reunião para tentar resolver essa questão, que é um problema muito grave, não se pode matar essa memória cultural”, declarou Orávio de Campos Soares, presidente
da AIC. O dirigente também disse que convidou os Diários Associados para participar da reunião, mas ainda não houve confirmação por parte da empresa.
Segundo uma fonte do jornal, as negociações que
envolvem o fechamento do principal veículo da
cidade são um mistério. “Alguma coisa muito nebulosa aconteceu, é muito estranho tudo isso”.
Na segunda-feira (16/11), os 45 funcionários
do jornal terão que apresentar suas carteiras profissionais à empresa, já que as atividades encerram no próximo
domingo. “Sabemos que será a última edição. Estamos
trabalhando nela, mas é como assassinar um filho para nós”, desabafou Jane.
A editora do Monitor Campista contou que o clima
na redação é de muito baixo astral, mas existe uma resistência para que o jornal não morra.”Pretendemos fazer uma cooperativa para manter o Monitor. Todos estão com muita garra e determinação para levar o jornal em frente”, disse.

Procurada pelo Comunique-se, a direção dos Diários
Associados não se manifestou até o fechamento desta matéria.


13/11/2009

Aos aparentemente vencedores...

"Ninguém cospe para cima sem que lhe caia na cara"

Monitor no Extra


Pudim no Blog do Noblat

O deputado Geraldo Pudim (PR),quem diria, acabou sendo notícia num dos Blogs mais lidos e respeitados do país, o do Ricardo Noblat. Veja aqui.

Marcelo Canellas



Dono de um dos melhores textos do telejornalismo brasileiro, o jornalista Marcelo Canellas, da Rede Globo, vai falar na próxima quinta-feira, dia 19, às 16h, no Centro de Convenções da Uenf. A palestra é uma prévia do Simpósio de Jornalismo Científico que será realizado na Universidade nos dias 25 e 26.

Do craque Walter Júnior


Charge emprestada do blog do Walter Jr

Olho vivo

Das três avaliações feitas da sede do Monitor Campista, a melhor delas aponta que o prédio de dois andares onde funciona o jornal (Rua João Pessoa, 202) vale cerca de R$ 900 mil reais.
Qualquer conversa acima dessa patamar merece atenção.

Cláudio Zoli no Sesi


O circuito cultural do Sesi apresenta na próxima quinta-feira, dia 19, às 20h, o cantor Cláudio Zoli.
O ingresso custa R$ 15,00  e a meia entrada R$ 7,50. A limitação do auditório é para 200 pessoas.

Carla e Beto na Itália

Os prefeitos de São Francisco de Itabapoana, Beto Azevedo e Carla Machado, de São João da Barra,embarcam amanhã para a Itália onde ficam até o dia 20. Eles integram uma comitiva do programa Lidera Rio, do Sebrae.

Monitor Campista


Terminou agora há pouco a manifestação de diversos setores da comunidade em defesa do Monitor Campista, que vai às bancas pela última vez no domingo. Participaram dezenas de pessoas que, por unanimidade, condenaram a decisão da direção dos Diários Associados de suspender a publicação do jornal a partir de segunda-feira. A manifestação fechou a Rua João Pessoa, em frente ao jornal, por mais de uma hora.
Apesar de sua importância histórica — 175 anos de existência —, nenhum, repito, nenhum integrante do governo Rosinha Garotinho compareceu ao ato, nem mesmo os que frequentavam regularmente a Redação do jornal em busca de espaço.

Mais fotos da manifestação no Blog Viva Monitor

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pobre cidade rica

O encerramento das atividades do Monitor Campista — a última edição deve ir às bancas nos próximos dias, depois de 175 anos — não surpreende numa cidade que despreza sua história como se dela tivesse vergonha. Vergonha de um passado construído com base na exploração da miséria e boa-fé de um povo outrora pioneiro e guerreiro.
Nada mais previsível para uma cidade que derrubou o Trianon — um dos mais belos teatros do Brasil — e pôs abaixo o Cine Don Marcelo e o Coliseu. O que esperar de uma gente que entrega aos cupins os belíssimos solares dos Ayrises e Visconde de Araruama, a Lira de Apollo e o Hotel Amazonas, apenas para citar alguns?
O fechamento do Monitor Campista está cercado de nebulosas transações e só o tempo poderá clarear uma eventual negociata urdida nas promíscuas relações público-privadas. Oficialmente o jornal está deixando de circular porque suas despesas superam as receitas, estas últimas combalidas com a retirada do Diário Oficial da Municipalidade após um século de publicação. Se houve insensibilidade dos atores envolvidos no processo que resultou neste desfecho, ou desinteresse dos donos do jornal (Diários Associados) em garantir o funcionamento a despeito dos prejuízos, são temas que não discuto. O que me move é a indignação com a passividade e conivência de uma cidade que caminha para o abismo. E se sabe disso, pouco se importa.
Fecha o Monitor Campista porque governantes, empresários, representantes classistas, enfim, a sociedade optou por prescindir de uma mais voz, de mais um canal de expressão. Essa gente, que se convencionou chamar de “elite campista” é herdeira dos barões do café e do açúcar, aqueles que exploravam as riquezas e as gentes da planície para gozar dos prazeres da antiga capital do Império ou da Europa. Nada de novo sob o sol. A elite remoçada substituiu a carruagem pelas caminhonetes cabines duplas e outros carros importados. Sofisticaram a exploração mas, pouco criativos, gozam, dos prazeres nas mesmas plagas, além da paradisíaca Búzios, enquanto continuam exaurindo as riquezas e as gentes que sustentam suas futilidades. Aliás, não é à toa que é nas colunas sociais abundantes que se sentem “importantes” de verdade.
Fechar um jornal é mais do que calar uma voz ou um canal de expressão — por menos expressivo que ele possa parecer —, porque reduz as opções de diversidade de informações, opiniões, visões de mundo. Isso é mais grave numa cidade bipolarizada e onde as principais forças de mídia representam segmentos políticos distintos, mas são antagônicos apenas nos interesses de ocasião.
É um momento grave para a democracia. Sem exagero, o fechamento do Monitor Campista não representa apenas o desemprego de 45 profissionais. É mais que isso: sinaliza que a sociedade está se lixando para a coletividade e que cada um mira o próprio umbigo como se fosse o centro do mundo, sem nenhuma responsabilidade com os graves e antigos problemas sociais da comunidade. Fingem não perceber que corremos o risco de virar reféns permanentes das quadrilhas que se revezam na tarefa criminosa de privatizar os bens públicos para repartí-los entre aliados recrutados nos mais diferentes setores que dirigem a cidade.
Campos fica mais pobre na mesma proporção em que a minoria de sua elite enriquece materialmente e talvez até por isso mesmo. Muito dinheiro aumenta a tentação desde os primórdios tempos e poucos, muito poucos à ela resistem. Mas é cômodo culpar apenas os grupos políticos siameses e momentaneamente em campos opostos. Eles são fruto do meio, são o resultado da química maldita de uma sociedade que fecha jornais, teatros, cinemas e renega a própria história por um inconfessável complexo de culpa. E quanto mais se esconde, mas afunda no massapê dos canaviais também em extinção.
Uma sociedade que fecha jornais é como aquela que começa queimando livros e acaba levando pessoas às fogueiras.
Atualização às 18h12 para correção de erros ortográficos encontrados até o momento.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mudou

A prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB), já não esconde mais seu distanciamento do antigo aconchego garotista. Hoje ela acompanhou Ilsan Viana na cerimômia de diplomação na 100ª Zona Eleitoral e na frustrada tentativa de posse na Câmara Municipal.



No Rio

Desde ontem a prefeita Rosinha Garotinho está sendo representada em atos oficiais pelo secretário de Governo, Roberto Henriques ou pelo vice-prefeito Chicão Oliveira. A prefeita está no Rio de Janeiro.

Quem tem medo de Ilsan Vianna?

Os aliados da prefeita Rosinha (leia-se ex-governador Garotinho) estão movendo mundos e muitos fundos para evitar a posse de Ilsan Vianna, eleita vereadora com mais de 7 mil votos, diplomada pela Justiça Eleitoral e impedida de tomar posse na Câmara Municipal por uma medida cautelar muita estranha e de última hora.
Isso lembra o que Carlos Lacerda dizia sobre a candidatura de Getúlio Vargas, em 1950:
"Getúlio não pode ser candidato, se for não pode vencer. Se vencer não pode tomar posse e se tomar posse não pode governar".

Posse adiada

Foto: Silvana Rust


A Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal acaba de divulgar nota informando que recebeu intimação do judiciário eleitoral sentido de que a posse seria "sobrestada até ulterior determinação do juízo, tendo em vista análise quanto a apreciação do pedido de antecipação de tutela requerido nos autos da Ação de Impugnação de Mandato eletivo ingressado pelo Ministério Público Eleitoral".




A nota, na íntegra:

NOTA DE IMPRENSA

O Presidente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, tomando conhecimento da diplomação da candidata Ilsan Vianna como vereadora eleita, determinou que chegando a Câmara a comunicação do juízo, de imediato fosse processado na forma legal e designada a posse para a primeira sessão plenária, que ocorreria na terça-feira, dia 17/11/2009, as 16:00 horas. No entanto, a intimação do judiciário eleitoral foi no sentido de que a posse seria sobrestada até ulterior determinação do juízo, tendo em vista análise quanto a apreciação do pedido de antecipação de tutela requerido nos autos da Ação de Impugnação de Mandato eletivo ingressado pelo Ministério Público Eleitoral.
Tendo em vista que decisão judicial não se discute, cumpre-se, foi determinado pela Presidência do Legislativo que a posse da candidata ficasse sobrestada até que outra decisão judicial, a ratificasse ou modificasse.

Assessoria de Comunicação

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nota de falecimento

Morreu no final da tarde de hoje D. Eni Vieira, mãe das professores Beth Araújo e Marilda Vieira de Azevedo.
O corpo está sendo velado no Campo da Paz e o sepultamento será amanhã no Cemitério do Caju.

Mais caixa 1

E São João da Barra vai abocanhar, amanhã, mais R$ 26.762.563,96 de Participação Especial da ANP e já acumula, de janeiro a novembro R$ 144 milhões.
Enquanto isso, falta o município continua sem um hospital.

Mais caixa

A Prefeitura de Campos vai receber amanhã mais R$ 134.694.575,51 referentes à Participação Especial pela produção de óleo e gás nos poços de alta rentabilidade na Bacia de Campos. A produção é referente ao terceiro trimestre de 2009.
Este ano o total de repasses é de aproximadamente R$ 765 milhões, sendo R$ 340 milhões de royalties mensais e R$ 425 milhões de Participação Especial.
Para este ano estão previstos mais dois repasses(20/11 e 20/12) de aproximadamente R$ 50 milhões cada. E, com isso, a prefeitura fecharia o ano com cerca de R$ 900 milhões, ou seja, menos R$ 300 milhões que Mocaiber teve em 2008.

Câmara

Pauta da sessão de hoje na Câmara Municipal de Campos. aqui.

Suplente quer vaga de Rita Camata


Do TSE

Marcelino Ayub Fraga, eleito suplente de deputado federal no Espírito Santo pelo PMDB em 2006, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a decretação da perda do cargo da deputada Rita Camata por infidelidade partidária. O processo está sob relatoria do ministro Marcelo Ribeiro
De acordo com o suplente, no último 30 de setembro, a deputada teria comunicado a sua saída do PMDB, partido pelo qual ela e o suplente foram eleitos, sem apresentar justa causa para abandonar a legenda. O suplente informa ainda que a deputada já teria se filiado ao PSDB.
O suplente alega que tem legitimidade para pedir a perda do cargo, pois o PMDB não questionou a saída da parlamentar dentro do prazo estipulado pela resolução 22.610/07, do TSE, que é de 30 dias após a desfiliação.
A resolução 22.610/07 disciplina que o partido político pode pedir a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. Caso o partido não formule o pedido dentro de 30 dias após a desfiliação, o Ministério Público ou quem tenha interesse jurídico pode pedir a decretação da perda do mandato.

Cabral já está em casa



Para alegria de seus amigos, entre os quais me incluo, o jornalista Moacir Cabral, está convalescendo, em sua casa, em Cabo Frio, depois de quase 15 dias na UTI por conta de problemas cardíacos. Fidelense de nascimento, Cabral atuou em vários jornais de Campos e atualmente é o diretor-presidente da Folha dos Lagos, jornal que fundou em Cabo Frio.
Um abraço e saúde!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Estamos no século XVII?

A Usina Coagro (antiga São José) foi flagrada por uma equipe de fiscalização móvel conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal por manter 38 trabalhadores rurais. A fiscalização ocorreu na última semana de outubro quando duas frentes de corte de cana foram interditados. Foram emitidos 26 autos de infração e a Coagro foi obrigada a pagar cerca de R$ 260 mil na última quarta-feira e assinar a carteira dos trabalhadores.
Entre os trabalhadores no corte de cana estava uma menor grávida de três meses.
E o que o poeta Kapi diz em um de seus poemas; "Usina é usura".

A matéria completa pode ser lida aqui no site do Ministério Público do Trabalho.