Aos poucos, porém com firmeza, parte da sociedade civil está acordando da longa noite em que mergulhou na confortável conformidade ou na cooptação tácita patrocinada com os generosos recursos dos royalties do petróleo. Ontem à noite, o Observatório de Controle Social do Setor Público (OCSP) realizou a primeira parte de sua 2ª Conferência, com objetivo de debater o futuro dos royalties. Cerca de 120 pessoas participaram do evento na Câmara Municipal de Campos.
O Observatório é o primeiro fruto do Movimento Nossa Campos (MNC), lançado no último dia 28 de março e já tem prevista para junho a segunda parte da Conferência, ocasião em serão apresentadas propostas de trabalho.
O evento foi coordenado pelo diretor geral do Observatório, Aurélio Lorenz e contou com a participação de painéis apresentados pela reitora do Instituto Federal Fluminense (IFF), Cibele Daeir, pelo deputado estadual Rodrigo Neves (PT), além de Geraldo Coutinho, presidente regional da Firjan, da coordenadora do Centro de Pesquisas da Universidade Cândido Mendes (Cepecam), Denise Terra e o pró-reitor de relações institucionais do IFF, Roberto Moares.
Pela primeira vez, em muitos anos, teve-se conhecimento, em Campos, de pessoas e instituições preocupadas em fiscalizar os gastos com os recursos finitos dos royalties. E não só acompanhar as prioridades na escolha dos setores que vão receber os recursos, mas também os preços e qualidade das obras.
É um bom começo para uma cidade que parecia estar dormindo em berço esplêndido pago pelos milhões que compram o silêncio explícito dos coniventes e a resignação tácida dos que se acham puros de mais para envolver-se.
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