PAIVA BRASIL
Na infância em Campos, Paiva Brasil era louco por um circo que de tempos em tempos era erguido no terreno vizinho à sua casa em Saturnino Braga. Ele não perdia uma apresentação e acabou aprendendo todos os movimentos de acrobacia. Aos 12 anos, quando se mudou com a família para o Rio, tirava onda de acrobata na Praia do Leme. Hoje, aos 81 anos (e corpinho de 61), suas acrobacias são referência para obras como as da série de objetos “Bialado”, iniciada este ano.
- As cores e formas do circo influenciaram meu trabalho de uma forma natural – diz Paiva, enquanto manuseia um “Bialado” para lá e para cá em cima da mesa de seu ateliê, em Botafogo.
Em acrílico colorido, a novíssima série integra uma exposição do artista em cartaz na Tramas Galeria de Arte, no Cassino Atlântico, em Copacabana, ao lado de telas produzidas na década de 80. Em comum, o eterno fascínio de Paiva pelas formas geométricas.
- Gosto de transportar o símbolo de um elemento frio, matemático, para o universo lúdico. Minha preocupação é humanizar a geometria – afirma Paiva, que teve mestres como Santa Rosa e Sanson Flexor.
Embora trabalhe em casa. Paiva conta que jamais dorme depois do almoço para não ganhar barriga. Além de vaidoso, é disciplinado e todos os dias passa horas no ateliê.
- Como grande parte de sua geração. Paiva não tem assistentes. É ele quem põe a mão na massa – observa Mônica Xexéo, diretora do Museu Nacional de Belas Artes. Antes, onde houve uma retrospectiva dele em 2010.
- Parece um garoto.
Da Revista de Domingo (O Globo, 11/09/2011)
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