quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

CÂMARA DEVOLVE MANDATO A DEPUTADOS CASSADOS


A Câmara dos Deputados realizou, hoje à tarde sessão solene para devolver, simbolicamente, os mandatos de 173 deputados federais cassados ao longo de quatro legislaturas entre 1964 e 1977, durante o regime militar (1964-1985). A sessão foi realizada no Plenário Ulyssses Guimarães.
O ato, considerado histórico por homenageados e historiadores, é uma iniciativa da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, criada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Dos parlamentares cassados, 28 estão vivos – Marcelo Gato, que seria o 29º, morreu na semana passada – e são esperados para receber pessoalmente a homenagem. Os demais serão representados pelas famílias.
Plinio de Arruda Sampaio, cassado em 68, foi um dos 173 deputados cassados que recebeu simbolicamente o mandato de volta


Os 173 homenageados, que eram titulares ou suplentes, estavam no exercício dos mandatos quando foram cassados. “A cassação é uma violência não só contra o detentor do mandato, mas contra o eleitor, que é soberano em uma democracia”, declarou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que preside a comissão parlamentar.
“A devolução dos 173 mandatos tem um simbolismo muito forte, um sentido de reparação neste momento em que o Brasil está mobilizado na conclusão do processo de redemocratização, para trazer luz aos fatos e personagens do período”, acrescentou.
Três deputados federais eleitos pro Campos e que foram cassados pela ditadura, estão na lista: Adão Pereira Nunes (já falecido), Antônio Carlos Pereira Pinto e Sadi Coube Bogado. Sadi, de 84 anos, que encontra-se internado no Hospital da Unimed, foi representado pelo filho, Henrique, que mora em Brasília,
Adão Pereira Nunes, foi eleito pelo PSP-RJ com 19.856 votos foi cassado pelo Ato Instititucional nº 01, junto com o então presidente da República, João Goulart e Leonel Brizola.
Pereira Pinto, eleito pelo MDB-RJ com 14.568 e foi cassado peço decreto de 07/12/1969.
Sadi Bogado, foi eleito com 15.146 votos pelo MDB-RJ e cassado pelo AI-5.

Com informações do portal da Câmara (aqui)

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