O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promoveu nesta quarta-feira a terceira alta consecutiva da taxa básica de juros. A Selic teve elevação de 0,5 ponto porcentual, para 8,5% ao ano. Com isso, a taxa brasileira volta ao mesmo nível de maio do ano passado. Em comunicado, o BC repetiu que a decisão, que foi unânime, contribuirá para colocar a inflação em declínio.
Apesar do fraco crescimento econômico do País, a decisão já era amplamente esperada pelos analistas. Isso porque o BC está de olho nas expectativas de inflação e preocupado com a atual volatilidade do câmbio - que tem transmissão para os preços. No ano, a moeda já acumula elevação de 11%.
O temor com as estimativas se dá porque o IPCA (índice oficial de inflação) acumulado em 12 meses até junho está em 6,7%, furando o teto da meta do governo (6,5%).
Por mais que o presidente do BC, Alexandre Tombini, garanta que a inflação deste ano será menor do que os 5,84% de 2012, há uma preocupação do mercado de que a promessa não se cumpra.
Na última segunda-feira, a pesquisa Focus mostrou que o grupo de economistas que mais acertam as projeções de inflação no médio prazo, denominado de Top 5, mudou bruscamente sua projeção para a inflação em 2014, de 6,05% para 6,30%. Isso mostra que as pressões sobre os preços deverão prosseguir no próximo ano.
Veja a íntegra do comunicado:
Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário