GAROTINHO: "GURGEL E GLOBO É QUE DEVEM EXPLICAÇÕES"
DO PORTAL 247 (aqui)
9 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 22:10
247 – O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, reagiu com indignação ao pedido de investigação formulado contra ele e contra sua esposa, Rosinha Garotinho, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Ele decidiu retaliar porque assinei o pedido de CPI sobre a compra de tablets sem licitação pela procuradoria", disse o parlamentar. "Hoje, quem deve explicações é o Dr. Gurgel".
Apresentado pelo deputado Protógenes Queiroz (PC do B), o pedido de CPI diz respeito a uma compra sem licitação de iPads, determinada por Gurgel, que já vinha sendo denunciada pelo senador Fernando Collor (PTB/AL). Em sua denúncia apresentada hoje ao STF, Gurgel acusa Garotinho e Rosinha de peculato. "A uma semana de deixar o cargo, ele denuncia um caso de dez anos atrás, já arquivado, com claro viés eleitoral", diz o deputado. Garotinho também disparou contra a Globo, uma vez que a denúncia vem sendo destacada pela revista Época (leia aqui). "Eles me atacam porque defendo a investigação da sonegação fiscal dos Marinho", afirma, referindo-se ao caso de sonegação relacionado à compra dos direitos da Copa de 2002.
Leia, abaixo, a reportagem da Agência Brasil sobre o caso:
Gurgel denuncia Anthony e Rosinha Garotinho por desvio de dinheiro público
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) e sua mulher, a prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho, também do PR, por peculato e lavagem de dinheiro. Eles são acusados de desviar pelo menos R$ 650 mil do estado do Rio de Janeiro para financiar a campanha de Garotinho à Presidência da República em 2006.
De acordo com a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal, o dinheiro foi desviado em um esquema criado por Rosinha quando governava o estado do Rio de Janeiro. Por meio de decreto assinado por ela em 2003, o governo contratou a Fundação Escola de Serviço Público, que subcontratava diversas organizações não governamentais porque não tinha pessoal suficiente para prestar serviços.
O dinheiro, então, era repassado a empresas que depois colaboraram com a campanha de Garotinho, o que Gurgel classificou de verdadeira operação de lavagem de dinheiro”. Segundo o procurador, Garotinho não era apenas o beneficiário da verba, mas também tinha influência nas operações de desvio, pois ocupava o cargo de secretário de Estado do Rio de Janeiro na época dos fatos.
O dinheiro, então, era repassado a empresas que depois colaboraram com a campanha de Garotinho, o que Gurgel classificou de verdadeira operação de lavagem de dinheiro”. Segundo o procurador, Garotinho não era apenas o beneficiário da verba, mas também tinha influência nas operações de desvio, pois ocupava o cargo de secretário de Estado do Rio de Janeiro na época dos fatos.
De acordo com Roberto Gurgel, informações apuradas pelo Ministério Público local na ação civil relativa ao caso apontam desvio de mais de R$ 63 milhões dos cofres públicos, sendo que R$ 650 mil foram rastreados até as contas de campanha do político.
O advogado dos acusados, Nelio Machado, disse que ainda não teve acesso à acusação, mas que vai preparar a defesa para apresentar dentro do prazo. “Tenho fundada convicção de que tem que ser rejeitada, porque não me soa como absolutamente razoável, uma acusação surgir dez anos depois dos fatos, no ano que se avizinha um novo procedimento eleitoral”, afrmou.
Anthony e Rosinha Garotinho foram denunciados por peculato, que é apropriação de dinheiro público em razão do cargo, crime punido com pena é de dois a 12 anos de prisão e multa. Também são acusados de lavagem de dinheiro, cuja pena varia entre três e dez anos de prisão, além de multa.
O relator do caso é o ministro Antonio Dias Toffoli.
Leia, ainda, resposta postada por Garotinho em seu blog:
Resposta a mais um ataque das Organizações Globo
As Organizações Globo são vingativas. Bastou que na quarta-feira eu assinasse o pedido da CPI para investigar o rombo fiscal praticado pela TV Globo contra a Receita Federal, avaliado em mais de R$ 650 mil. Mais uma vez usaram a revista Época para me atacar.
O ministro Dias Toffoli, numa decisão meramente administrativa, sem sequer instaurar inquérito, mediante uma denúncia que envolve 89 pessoas, disse que pelo fato de eu ser deputado federal, o meu caso, conforme determina a lei, será analisado pelo STF.
Para que vocês tenham uma idéia da irresponsabilidade do repórter Hudson Corrêa, o mesmo que vem escrevendo há dois meses matérias contra mim, por orientação da assessoria FSB contratada por Cabral, o ministro Dias Toffoli disse no desmembramento do processo, que eu tenho 15 dias para apresentar minhas alegações, só então ele decidirá se haverá abertura de inquérito. Portanto não há inquérito nenhum contra mim como induz a matéria da Época. Mas para fazer alarde e confundir as pessoas, o repórter dá a entender que eu estou respondendo a processo, quando não há nem inquérito.
Ao longo da minha vida pública, esse tipo de perseguição tem trazido grande prejuízo a minha imagem como político; pessoas que não conhecem o mundo jurídico e suas filigranas, lendo uma matéria como essa da Época, acham que eu fiz alguma coisa errada. Quem responde a processo é a Globo, e não eu.
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