domingo, 11 de agosto de 2013

MÍDIA NINJA. FRENTE E VERSO.

UM LADO:



MÍDIA NINJA

Uma ruptura na indústria cultural

Por Luciano Martins Costa em 09/08/2013 na edição 758

A mídia tradicional descobriu o fenômeno da Mídia Ninja durante o período em que as manifestações de protesto que ocuparam grandes cidades brasileiras degeneraram em depredações e ações violentas da Polícia Militar. Muito rapidamente, a partir de dois artigos da jornalista e escritora Elizabeth Lorenzotti, publicados neste Observatório (ver aqui e aqui), o instigante coletivo de comunicadores ganhou intensa notoriedade, com seus integrantes sendo convidados a fazer palestras e participar de programas de debates na televisão.
Não demorou para que o grupo se tornasse também alvo de queixas e denúncias.
Nos últimos dias, manifestações isoladas, surgidas de experiências negativas com o consórcio de produtores culturais denominado Fora do Eixo, começam a se transformar num esquema organizado com o objetivo de demonizar a Mídia Ninja, apartir de problemas com a rede de ativismo cultural do qual nasceu a experiência da “massa de mídias”.
Nesta semana, o assunto chegou à revista Veja, com o tratamento rasteiro e preconceituoso que há alguns anos caracteriza a publicação semanal brasileira de maior circulação. A partir daí, como acontece com os temas onde é inoculado o veneno do antijornalismo de Veja, o debate se transformou em bate-boca.
A manifestação original que deu partida às críticas contra o Fora do Eixo, que por extensão buscam desmoralizar a Mídia Ninja, pode ser lida na página do Facebook sob responsabilidade da produtora de cinema Beatriz Seigner, de 29 anos, que ganhou certa notoriedade há dois anos ao participar da primeira coprodução entre o Brasil e a Índia (ver aqui). Em seguida, também a jornalista Laís Bellini (ver aqui) postou um relato sobre sua experiência negativa com o Fora do Eixo.

Texto na Íntegra (aqui).

OUTRO LADO:

11/08/2013 - 08:27

Em VEJA desta semana

Conheça Pablo Capilé, o líder por trás da Mídia Ninja

Ele vive entre dois mundos, com um pé fora do eixo e o outro dentro do governo.

Helena Borges
Pablo Capilé e Dilma Rousseff
Pablo Capilé e Dilma Rousseff
Pablo Santiago Capilé Mendes, de 34 anos, vive em dois mundos. No circuito Fora do Eixo (FdE), nome da comunidade que fundou e da qual é líder com status de guru, ele diz ser politicamente apartidário e defende a independência financeira do grupo a ponto de, dentro dele, fazer circular um dinheiro de mentirinha, o card. A “moeda” serve para “remunerar” o trabalho de cerca de centenas de jovens que moram nas 25 casas do FdE, espécie de repúblicas de muros grafitados onde tudo é de todo mundo -- incluindo as roupas, guardadas em um armário único e à disposição do primeiro que chegar.
Já no outro mundo em que vive, Capilé é um “companheiro”, como se referiu a ele o presidente do PT, Rui Falcão, e o dinheiro com que lida não só é de verdade como vem, em boa parte, dos cofres públicos.
O mais recente empreendimento do Fora do Eixo, por exemplo -- uma casa inaugurada em Brasília no mês de junho para hospedar convidados estrangeiros e a cúpula da organização --, foi montado com dinheiro da Fundação Banco do Brasil. A título de convênio, a fundação repassou à turma de Capilé 204.000 reais destinados, segundo sua assessoria, a “estruturação do local, salários de educadores e implementação de uma estação digital”. O Fora do Eixo tem outras duas dezenas de casas espalhadas pelo Brasil em lugares como Fortaleza, Porto Alegre e Belém do Pará. Não tão chiques nem tão bem aparelhadas quanto a de Brasília, elas abrigam, no mesmo esquema da casa de São Paulo, jovens que trabalham voluntariamente para a.
Texto na íntegra aqui.


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