quarta-feira, 24 de setembro de 2014

"MERA COINCIDÊNCIA" HOJE NO CINECLUBE GOITACÁ

Da Folha on line (aqui):

Cineclube Goitacá inicia ciclo “Eleições” com o filme “Mera coincidência”

Talita Barros
Foto: Silésio Corrêa
O Cineclube Goitacá exibe nesta quarta-feira (24) o filme “Mera coincidência” (“Wag the dog”, 1997), que será apresentado pelo advogado e publicitário Gustavo Alejandro Oviedo, abrindo o ciclo “Eleições”. O Cineclube funciona na sala 507 do prédio Medical Center, no cruzamento das ruas Treze de Maio e Conselheiro Otaviano. As sessões são gratuitas e acontecem todas as quartas-feiras a partir das 19h.
O filme é dirigido por Barry Levinson, com atuação de Dustin Hoffman, Robert De Niro, Anne Heche, Dennis Leary, Willie Nelson, William H. Macy, Woody Harrelson, Kirsten Dunst e Craig T. Nelson. No filme, o presidente dos EUA é envolvido em um escândalo sexual a onze dias das eleições (das quais já era considerado o vencedor).
Para reverter a situação, Brean (interpretado por Robert De Niro) é convocado. Com o objetivo de distrair a mídia até o dia das eleições, Brean resolve criar uma situação de guerra contra a Albânia. Para simular a guerra, ele convoca um produtor de Hollywood, Samuel Motss (Dustin Hoffman), que resolve se empenhar neste que será o trabalho mais ambicioso e árduo de sua carreira.
Hoffman, em especial, faz um tipo quase histérico, que, em sua ansiedade por conseguir o que deseja, atropela as próprias palavras ou as repete ininterruptamente. Suas motivações não são de ordem política, como poderia se pensar. Ele prioriza o sucesso em sua produção. Para ele, é apenas show business.
Para dar veracidade às imagens, o diretor Barry Levinson utiliza alguns artifícios, como o movimento de câmera, aproximando-se de um documentário, e as imagens aparecem granuladas em alguns momentos, como em uma matéria para a TV. Gustavo Oviedo destaca alguns aspectos do filme:
— “Mera Coincidência” é uma comédia bastante cínica e tem a direção de Barry Levinson, mesmo diretor de “Rain Man”, que teve Hoffman interpretando um autista, e “Good Morning, Vietnam”. Levinson é um diretor muito reconhecido. É um grande filme e garante o entretenimento do público — salientou, acrescentando que o longa é “interessante porque mostra uma suposta manipulação da opinião pública diante do possível fracasso na reeleição do presidente”.
Nas próximas sessões, serão exibidos os seguintes filmes: “Bob Roberts” (idem, 1992), com apresentação do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, no dia 1º de outubro; “Eleição: o submundo do poder” (“Hak se wui”, 2005), com o professor Gustavo Soffiati (8 de outubro); e o pesquisador de cultura popular Marcelo Sampaio encerrará o ciclo com a apresentação do filme “Tudo pelo poder” (“The ides of march”, 2011), no dia 15 de outubro.
Último ciclo — Integrando a mostra que teve como temática “Golpe”, foram exibidos os filmes: “Garage Olimpo” (idem, 1999), do diretor Marco Bechis, apresentado no dia 27 de agosto pelo advogado e publicitário Gustavo Alejandro Oviedo. Já no dia 3 de setembro, foi a vez de a produtora cultural Luciana Portinho apresentar “Pra frente, Brasil” (idem, 1982), de Roberto Farias. No dia 10 deste mês, quem apresentou mais um filme do ciclo foi o ator e psicanalista Luiz Fernando Sardinha. O filme escolhido foi o clássico “O grande ditador” (“The great dictator”, 1940), dirigido e estrelado por Charles Chaplin. O último filme do ciclo foi apresentado no último dia 17 pelo jornalista Marcos Curvello intitulado “No” (idem, 2012), dirigido por Pablo Larraín e estrelado por Gael García Bernal.

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