quarta-feira, 3 de junho de 2015

JUSTIÇA AUTORIZA QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO DE PEZÃO E CABRAL

A informação é da Globonews:
O STJ autorizou a quebra de sigilo telefônico do ex-governador Sérgio Cabral e do governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. Os dois foram citados pelo ex-diretor de Exploração da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seus depoimentos na Operação Lava Jato. Os ex-chefe da Casa Civil do governo do Estado, Regis Fichtner, também teve seu sigilo quebrado.

Mais informações daqui a pouco.
Atualização às 17h37

Do G1:

03/06/2015 17h33 - Atualizado em 03/06/2015 17h34

STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de Pezão e Cabral

Governador e ex-governador do Rio são investigados na Lava Jato.
Operadoras de telefonia terão que enviar ligações entre 2009 e 2010.

Mariana OliveiraDa TV Globo, em Brasília
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do ex-governador do estado Sérgio Cabral e do ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner em inquérito da Operação Lava Jato no qual os três são investigados.
Também houve quebra de sigilo de executivos de empreiteiras suspeitos de participação no esquema de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. O objetivo é analisar as ligações trocadas entre outubro de 2009 e o fim de 2010 entre os políticos do Rio e outros investigados.
 
Em ofícios apresentados ao STJ, Pezão e Tião Viana negaram que suas campanhas tenham sido beneficiadas com dinheiro desviado da Petrobras e pediram arquivamento dos inquéritos abertos contra eles em decorrência da Operação Lava Jato.
O pedido de quebra de sigilo foi feito pela Polícia Federal e endossado pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, responsável pela investigação no STJ contra os governadores - há outro inquérito da Lava Jato no STJ, que investiga o governador do Acre, Tião Viana (PT).
O ministro Luís Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ, deferiu o pedido da PF e determinou que as operadoras de telefonia enviem as informações sobre as ligações trocadas.
Em depoimento dado no acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 do ex-governador Sérgio Cabral. Os recursos teriam beneficiado também o atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Cabral na época. De acordo com o ex-diretor, o operador dos repasses foi o então secretário da Casa Civil de Cabral, Regis Fichtner. Os três negam as suspeitas.
O inquérito no STJ está em fase de coleta de provas e os delatores foram ouvidos novamente, além de testemunhas, como empreiteiros e pessoas que teriam participado das negociações. Os investigados também já prestaram esclarecimentos.
Conforme fontes que atuam no caso, a apuração sobre o envolvimento de Tião Viana, investigado pelo suposto recebimento de R$ 300 mil para campanha, está em fase mais avançada, com mais provas coletadas e depoimentos ouvidos. A expectativa é de que até o segundo semestre deste ano seja concluída a "instrução" do inquérito, ou seja, a coleta de provas.
A partir daí, a Procuradoria Geral da República poderá pedir abertura de ação penal (que, no caso dos governadores, precisa ser autorizada pela Assembleia Legislativa do estado) ou pleitear arquivamento do caso.

Atualização às 18h31:

A assessoria do ex-governador Sérgio Cabral informou que ele "respeita" as decisões do processo judicial. "O ex-governador Sérgio Cabral respeita o processo judicial e reitera o seu repúdio e a sua indignação às mentiras ditas pelo delator Paulo Roberto Costa." Segundo a assessoria do ex-secretário Regis Fichtner, ele não não vai comentar.

Atualização às 19h06:

"Diante das inverdades ditas pelo delator Paulo Roberto Costa, cabe à Justiça investigar os fatos. A quebra de sigilo telefônico, diante disso, é natural e servirá apenas para demonstrar que jamais falei com ele ao telefone sobre qualquer assunto", afirmou Régis Fichtner por meio da assessoria.

Atualização às 22h41 - O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que os sigilos bancário e telefônico estão à disposição e que a acusação é falsa. "Eu já havia me colocado à disposição da Justiça, e assim permaneço. E reafirmo que a acusação é falsa e essa conversa nunca existiu. Meus sigilos telefônico e bancário estão à disposição. Minha declaração de bens é pública e também está disponível", disse, por intermédio da assessoria.

Um comentário:

  1. Com esse posicionamento, Pezão só confirma mais uma vez que essas acusações são incabíveis. Se ele realmente estivesse envolvido com algum esquema na Lava Jato, com certeza não estaria colaborando dessa forma.

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