quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MP DIVULGA NOTA SOBRE AUDIÊNCIA DO CASO "MENINAS DE GUARUS"

Do portal do MPRJ (aqui):

19/08/2015 15:59

MPRJ participa de audiência de instrução do caso ‘Meninas de Guarus’ em Campos

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Promotoria de Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Campos participaram, nesta segunda e terça-feiras (17/08 e 18/08), de audiência de instrução e julgamento dos 20 acusados de exploração sexual infantil e outros crimes no caso denominado “Meninas de Guarus”. A sessão ocorreu no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Testemunhas de acusação e sete de defesa já foram ouvidas. Na terça, exceto o réu Renato Duarte, que será ouvido posteriormente, todos os acusados foram interrogados, dentre eles: Leilson Rocha da Silva, Thiago Machado Calil, Fabrício Trindade Calil, Ronaldo de Souza Santos, Robson Silva de Barros Costa, Nelson Nahim Matheus de Oliveira, José Siqueira de Azevedom, Marcus Alexandre dos Santos, Jayme Cesar de Siqueira e Dovany Salvador Lopes, todos acusados de envolvimento com exploração sexual de adolescentes.
De acordo com a denúncia, parte dos acusados mantinha e explorava crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos em cativeiro em uma casa em Guarus, distrito de Campos, para fins de prostituição e exploração sexual. O lugar era mantido com as portas e janelas trancadas, com correntes e cadeados, sempre sob vigília armada. As vítimas eram obrigadas a consumir drogas, como cocaína, haxixe, crack, ecstasy e maconha, sem que pudessem oferecer resistência.
Após negociação, as vítimas eram levadas de carro até os “clientes”, para realizar programas sexuais em diversos motéis e alguns hotéis da cidade. As crianças e adolescentes eram submetidas a sexo oral, vaginal e anal e, ainda, às demais vontades, caprichos e fantasias dos “contratantes”. Pelos programas realizados, recebiam comida e drogas e, em alguns casos, uma parte do valor pago pelo "cliente". O bando também firmou convênios com proprietários de hotéis e motéis locais, onde parte dos encontros era realizada. As vítimas chegavam a fazer 30 programas por dia e, em alguns casos, com o nariz sangrando por conta do consumo de cocaína.
As próximas fases do processo são a apresentação de documentos, alegações finais e prolação de sentença.

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