Outro trecho:
Folha – Você falou, há pouco, em Garotinho. No período de maior tensão da queda de braço com Cordeiro, chegou a ser especulado que você teria mantido contato com o grupo político do ex-governador. Isso ocorreu de fato? Há a possibilidade de você, que sempre enfrentou Garotinho, desde 1989, quando ele se elegeu prefeito e você vereador, ambos pela primeira vez, vir agora ser seu aliado?
Feijó – Eu tive um encontro com Pudim, que foi na minha residência. E é bom que se diga que eu sempre tive uma excelente relação com Pudim...
Folha – Excelente relação? Com Pudim? (Risos)
Feijó – É, eu sempre tive uma boa relação. Tivemos, ali, aqueles atritos de campanha, mas eu sempre tive uma boa relação. E ele esteve comigo, tivemos uma conversa sobre o quadro de Campos, ele expôs as suas preocupações, mas não passou disso. Eu não estive com Garotinho, não fui procurado por Garotinho. Eu, ao longo de 20 anos, realmente sempre divergi com Garotinho, mas hoje, Aluysio, eu também não posso fazer política olhando para trás. Nem eu e nem ninguém. Eu reconheço que Garotinho tem hoje uma rejeição muito grande. Garotinho perdeu oportunidades maravilhosas de ter feito mais por Campos. Mas eu tenho que reconhecer que Garotinho está se articulando para a eleição de 2008. Eu tenho que reconhecer que Garotinho, hoje, tem partidos importantes compondo a sua aliança. Ele tem o DEM, o PTB, tem o apoio da Igreja Universal. Temos que reconhecer também que Rosinha é uma candidata que não segura a rejeição de Garotinho. Ela se descola um pouquinho desses problemas. Então, não vou me negar de conversar, não. Se for procurado, eu vou conversar, como vou conversar com o próprio Arnaldo Vianna, com todos os políticos que queiram conversar. Essa questão do político radicalizar, eu estou revendo esse meu conceito.
Folha – Como acha que o eleitor de Campos encararia você e Garotinho no mesmo palanque?
Feijó – César Maia, que sempre foi radicalmente contra Garotinho, está aliado a ele. Muitos políticos de Campos cresceram nas costas de Garotinho, e de maneira oportunista.
Folha – Quem, por exemplo?
Feijó – Olha a história da maioria dos aliados de Garotinho, que hoje são adversários. Todos eles cresceram nas costas de Garotinho. Eu falo, aqui, 30 nomes sem dificuldade nenhuma.
Folha – Se não há dificuldade, pode enumerá-los?
Feijó – Vou falar um, para representar 30: Arnaldo França Vianna. Arnaldo só chegou à Prefeitura, em função do apoio de Garotinho. Sérgio Mendes só chegou à Prefeitura com o apoio de Garotinho.
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