O Diário - 30/01/2007 - pág. 5
Pacientes acionam MP pela volta do atendimento ao SUS
A crise da saúde em Campos começou a afetar a população. Ontem, a recepcionista Rita de Cássia Ferreira, 48 anos, encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) por não ter conseguido atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tio, Carlos Rubens Alves, 75 anos, que descobriu há 10 dias um câncer na laringe. Segundo ela, o tio foi encaminhado para tratamento no Hospital Dr. Beda, mas o mesmo não pode ser atendido. Rita disse que ter ido ao hospital já sabendo da suspensão pelo Grupo Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia (IMNE) do atendimento a novos pacientes de oncologia e nefrologia pelo SUS.
Pacientes acionam MP pela volta do atendimento ao SUS
A crise da saúde em Campos começou a afetar a população. Ontem, a recepcionista Rita de Cássia Ferreira, 48 anos, encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) por não ter conseguido atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tio, Carlos Rubens Alves, 75 anos, que descobriu há 10 dias um câncer na laringe. Segundo ela, o tio foi encaminhado para tratamento no Hospital Dr. Beda, mas o mesmo não pode ser atendido. Rita disse que ter ido ao hospital já sabendo da suspensão pelo Grupo Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia (IMNE) do atendimento a novos pacientes de oncologia e nefrologia pelo SUS.
“Estive no Oncobeda, mas na porta já havia um comunicado informando da suspensão. Decidi, então, procurar pelo secretário de Saúde, antes de ir ao Ministério Público”. Rita contou ter sido bem recebida pelo secretário, Rodrigo Quitete, que lhe pediu calma, pois o problema seria resolvido. Na sua opinião, as famílias que estão enfrentando a mesma dificuldade, devem procurar pelo MPE, que tem aberto, desde 2004, um inquérito civil público para apurar denúncia da suspensão do atendimento, na época, por falta de medicamentos.
“Acredito que quanto mais denúncias, mais rápido o Ministério Público vai agir”. Ela disse que a doença do tio está em estágio avançado. “O médico nos informou que ele não agüentaria uma cirurgia e nem sessões de quimioterapia, tendo que ser submetido, exclusivamente, à radioterapia”. Como o IMNE havia avisado há dois meses, o atendimento foi suspenso por falta de pagamento da dívida de R$ 1,8 milhão, referente a serviços prestados desde 2004.
O secretário de Saúde, Rodrigo Quitete, informou a reportagem que a notícia da suspensão dos serviços o deixou surpreso, já que ficou acordado em reunião entre a direção do IMNE, Conselho Municipal de Saúde e representantes dos pacientes oncológicos, que o serviço não seria interrompido. Segundo Quitete, a solicitação do IMNE foi atendida e a secretaria de estado de Saúde reconheceu a dívida e já encaminhou para pagamento. Enquanto isso, a secretaria municipal de Saúde está buscando junto a Procuradoria Geral do Município e a secretaria de estado uma solução para que os pacientes não deixem de ser atendidos.
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