Depois da conservadores, festeiros e omissos, enfim um Bispo que tem a coragem de dizer que “nos parece que em Campos o tipo de política segue um viés um tanto quanto fisiológico, nem sempre atrelado a princípios e valores”, conforme matéria publica na Folha e no Blog do Bastos.
(foto emprestada do Blog do Bastos).
Ricardo André,
ResponderExcluirQuando Carlos Alberto Navarro chegou a Campos, foi saudado como um bispo progressista. Lembra-se? Certa feita, quase que todos os bispos do Estado se reuniram para um ato de desagravo. Motivo: artigo meu contra ele e que teve grande repercussão, após ele ter benzido as moendas das usinas e em cavalos dos nossos fazendeiros.
Veio outro de maneira silenciosa e manteve o statu quo. Agora, você acredita, com este será diferente!!
Quanto às declarações dele, você insinua que sejam uma referência ao governo municipal. Se for, o bispo está errado. A prefeita tem tratado com todo respeito as instituições religiosas e os católicos, certamente, nada têm contra ela. O fiosiologismo na política não é um mal apenas de Campos, mas do país. Acontece que Campos é uma cidade muito mais politizada que as demais. Independentemente de ideologias ou interesses diversos, Campos respira política. Muito melhor que a quase totalidade dos municípios, nos quais a população cultua a omissão. Se o bispo entrar no debate político, será interessante. Vamos a ele. Até porque seria hipocrisia dizer que a Igreja, seja ela qual for, não participa da política. Ainda mais as igrejas cristãs, que são autoritárias em sua essência.
Quando você exclama "progressista", como que dá vivas ao novo bispo que emite opinião sobre a política abertamente. Que ele, então, corresponda à sua expectativa. O povo não pode escolher seu bispo, não pode elegê-lo. Só este fato já daria um bom debate, não?
Avelino Ferreira, das muitas coisas que você já disse esta é que mais me identifiquei, pricipalmente a frase:
ResponderExcluirO povo não pode escolher seu bispo, não pode elegê-lo. Só este fato já daria um bom debate, não?
Mas o povo nunca debateria isto, ele não é da Prefeitura....
Avelino, eu tenho 50 anos e conheci, na minha atividade profissional, os quatro últimos bispos de Campos. Aliás, cinco, porque hoje a Diocese tem dois bispos (D. Roberto e D. Rifan) e nunca ouvi de nenhum deles declarações como essa, sobre fisiologismo na política local nos últimos governos.
ResponderExcluirVocê lembrou bem da Igreja que benzia as moendas e eu acrescento: moendas que moíam e ainda moem vidas de trabalhadores explorados em trabalho insalubre e salários vis. Eu continuo achando que usina é usura, como diz um poema de Kapi.
Saúdo com entusiasmo que posições como às de D. Roberto sejam anunciadas por outros setores da sociedade, de outras religiões e de quem mais emitir sua opinião livremente e com objetivo de enriquecer o debate.
Quem viveu em Campos nas duas últimas décadas dificilmente deixará de admitir que as eleições desde 1992 foram ganhas - todas - com o poder da máquina pública. Quando o Chefe local da Igreja Católica toca nessa ferida, para mim, é como um alento. Que seja um sinal para que os demais setores da sociedade também se exponham, não contra este ou aquele governo ou governante, mas para melhorar a qualidade da administração pública e a gestão dos impostos de todos.
Com o abraço respeitoso de sempre,
Ricardo André
Tudo indica que será diferente sim, pois o novo Bispo Dom Roberto Francisco Ferreira Paz traz a experiência que colocou em prática em Porto Alegre-RS por exemplo.
ResponderExcluirTorcemos muito que isto de fato aconteça para arejar o meio político local que anda nojento com práticas nefastas de assistencialismos e fisiologismos da pior espécie.
Talvez demore um pouco, mas a escola de "bons valores éticos" virá trazendo a necessária formação de valores.
Que venha o progresso na ética, mas tradicionalista no sentido em defender os direitos dos cidadãos e valores cristãos!
Oramos diariamente ao Santíssimo Salvador que olhasse por nossa cidade e nos livrasse de todo o mal.
Que os maus políticos coloquem as barbas de molho porque o padroeiro da cidade é o Santíssimo Salvador, não haverá forças do mal que venha prevalecer principalmente agora com o apoio do novo Bispo e evidentemente do povo esclarecido.
Ao Ricardo André, a quem admiro e respeito!
ResponderExcluirO fisiologismo é uma característica não dos políticos brasileiros, mas do povo brasileiro. Estudos sobre o assunto já foram feitos por sociólogos brasileiros e estrangeiros.
O que fez aumentar o fisiologismo foi o orçamento municipal maior e as exigências dos cabos eleitorais. Lembra-se que os panfletadores iam para as ruas gratuitamente? Pois é! A partir de 1992 (creio que ficou visível mesmo nas eleições de 2000) todos cobravam para panfletar. Muito mais por causa dos candidatos a vereador. Infelizmente. Só que não temos coragem de dizer que fisiológico é, de maneia generalizada, o povo, do qual os políticos são um reflexo. Não se ganha mais eleição com idéias e discursos. Aqui e alhures.
Abraços,
Avelino
Avelino,
ResponderExcluirconcordo com você, mas não me conformo que tenha quer ser assim.
Um abraço
Ricardo André