Por Sandra Brito
Eu não poderia me furtar de escrever sobre os últimos acontecimentos no Município. Talvez eu vá escrever uma enormidade de besteiras, mas essas são as perguntas que me fiz : depois da insitutucionalização da desobediência civil no Município, como ficará a Procuradoria e os Procuradores (de carreira) que representam judicial e extrajudicialmente o Município, qual a nossa credibilidade ao contestarmos uma ação, ao firmarmos um TAC ( porque ainda que precise de autorização do chefe do executivo são os Procuradores que firmam os Termos junto ao Ministério Público)? As contestações são verdadeiras? ; os TAC serão cumpridos? o judciário perguntará, enquanto estivermos sob a espada do executivo desobediente teremos êxito em nossas ações? Relativamente aos processos administrativos, que movimentam a máquina administrativa e cuida das questões relativas a servidores (esta a minha área)´, pergunto : o servidor que não aceitar um parecer da Procuradoria estaria, a partir de semana passada, autorizado a não acatá-lo e, quem sabe acampar na sede do executivo até que outra decisão lhe seja favorável? Nós servidores, entre eles me incluo teremos que acatar ordens superiores? O chefe do Excutivo entende que não deve acatar decisão do Judiciário e o faz, e ainda tenta obrigar o chefe do legislativo a apoiar sua desobediência, qual a autoridade dessa Adminsitração Pública para com seus servidores agora?
É com tristeza que constato que nos Procuradores passamos à condição de zero a esquerda, eu tenho mais uma centena de questões, mas fui aconselhada a me calar porque o governo do ódio pode retaliar, ou seja, além de zero a esquerda tenho que me calar. Mas como servidora pública concursada e cumpridora de seus deveres, vou continuar me indignando e trabalhando muito mais do que sempre trabalhei porque esse é o compromisso que tenho comigo.
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