sexta-feira, 17 de maio de 2013

CAMPOS TEVE 600 CASOS DE PEDOFILIA ENTRE 2011 E 2012

Do G1 (aqui):


17/05/2013 18h33 - Atualizado em 17/05/2013 18h50

Audiência cobra agilidade no caso 

'Meninas de Guarus', em Campos, RJ

Conselho Tutelar diz que foram 600 casos de pedofilia entre 2011 e 2012.
Deputados pedem agilidade para conclusão do inquérito iniciado em 2009.


Letícia Buckerdo G1 Norte Fluminense



Audiência Pública  (Foto: Letícia Bucker/ G1)Audiência Pública contou com a participação do deputado Marcelo Freixo (Foto: Letícia Bucker/ G1)
Uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, marcou a tarde desta sexta-feira (17). A lentidão do caso conhecido como "As meninas de Guarus", motivou o pedido da audiência por parte do deputado estadual Roberto Henriques (PSD).

O caso, que ocorreu no ano de 2009, envolvia menores de idade em um esquema de exploração sexual. Leílson Rocha da Silva, foi preso em flagrante na época, acusado de ser quem comandava o aliciamento de menores, considerado o maior já visto em Campos. Em março de 2012, numa decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), através da relatora Maria Thereza de Assis Moura, Leílson foi inocentado da acusação. Entre os motivos, a presunção de que a violência no crime de estupro poderia ser afastada diante de algumas circunstâncias, entre elas o fato das meninas se prostituirem anteriormente.
Audiência Pública "Meninas de Guarus" (Foto: Letícia Bucker/ G1)Audiência Pública "Meninas de Guarus"
(Foto: Letícia Bucker/ G1)
Na tarde desta sexat-feira, durante a audiência, o Conselho Tutelar informou que aproximadamente 600 casos de pedofilia foram registrados na cidade, entre os anos de 2011 e 2012. O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Marcelo Freixo (PSOL), disse que a intenção dessa reunião é pedir a aceleração das investigações a respeito do caso.

“Infelizmente no momento em que acontece esta audiência, temos muito mais perguntas do que respostas”, lamentou Marcelo Freixo.

Delegados envolvidos na investigação, em 2009, estiveram presentes, a fim de esclarecer as duvidas dos representantes e dar prosseguimento, nesse, que é um caso que chocou a população campista e que até hoje não foi solucionado.

“ É inadmissível que não se consiga punir quem comete este tipo de crime, com essas proporções. Não é descartada a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, enfatizou Roberto Henriques.

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