domingo, 3 de maio de 2015

POPULARIDADE DO GOVERNO ROSINHA EM QUEDA

Da Folha on line (aqui) e edição impressa da Folha da Manhã de hoje:

Popularidade de Rosinha cai e ameaça sucessão do grupo em 2016

Info Pro4 1
(Infográfico de Eliabe de Souza, o Cássio Jr. — clique na imagem para ampliá-la)

Se a pesquisa do instituto Pappel divulgada na última semana constatou queda na popularidade da prefeita Rosinha Garotinho (PR), a mesma avaliação, embora com números diferentes, foi registrada na consulta feita pela Pro4. O instituto ouviu 426 pessoas em abril deste ano, com margem de erro de 4,7 pontos percentuais para mais ou menos, para constatar que Rosinha perdeu popularidade, acumulou rejeição e hoje teria sérias dificuldades para fazer seu sucessor, junto a um eleitorado que claramente quer mudanças. Comandado pelo empresário e colunista da Folha Murillo Dieguez, o Pro4 registrou que o governo Rosinha hoje é considerado ótimo para apenas 3,5% da população, enquanto 22,8% acham bom, 31,9% consideram regular, 13,4% acreditam ser ruim e 26,3% classificam como péssimo.
Comparadas as quatro últimas pesquisa da Pro4, os 49% da população que em outubro de 2013 avaliavam o governo municipal de Campos entre ótimo (19%) e bom (30%), caíram para 43% (9% de ótimo e 34% de bom) em agosto de 2014, para 34% (5% de ótimo e 29% de bom) em novembro do mesmo ano, enquanto hoje são apenas 26,3%: só 3,5% de ótimo e 22,8 de bom. Em contrapartida, se em outubro de 2013 só 20% consideravam a administração Rosinha como ruim (8%) ou péssima (12%), esse número cresceu para 21% em agosto de 2014 (8% de ruim e 13% de péssimo), subiu a 27% em novembro do mesmo ano, para agora atingir perigosos 39,7% (13,4% de ruim e 26,3% de péssimo), ultrapassando a faixa dos 35% que os especialistas indicam ser o máximo para um governante que pretenda se reeleger.
Como, tendo sido reeleita ao cargo, Rosinha não pode concorrer novamente, outra resposta da população à outra questão posta na rua pela pesquisa da Pro4, é preocupante para qualquer pré-candidato governista a suceder a prefeita. Hoje, só 34,5% dos campistas votaria num candidato a prefeito apoiado por Rosinha, enquanto 65,5% declararam que votariam em outro candidato.

Ruim e péssimo muito à frente de ótimo e bom
Geralmente abarcados entre aqueles que aprovam um governo, quem o considera razoável numa pesquisa está tão próximo dos que o julgam bom, quanto daqueles que o classificam como ruim. Esta ressalva é feita por todos os especialistas em pesquisas. Para se ter uma ideia da real popularidade de um governante, quem entende aconselha a soma do ótimo e bom, assim como do ruim e péssimo, na comparação dos dois resultados.
Assim, se todos 31,9% que consideraram o governo Rosinha regular forem contabilizados junto com os 3,5% de bom e 22,8% de ótimo, a prefeita chegaria a confortáveis 58,2% de popularidade. Todavia, esses 26,3% de bom e ótimo daqueles que certamente gostam do governo de Campos ficam mais de 10 pontos percentuais atrás dos 39,7% que comprovadamente não gostam, ao considerá-lo ruim (13,4%) e péssimo (26,3%).

(Infográfico de Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
(Infográfico de Eliabe de Souza, o Cássio Jr. — clique na imagem para ampliá-la)


Quem ganha e estuda mais não vota nos Garotinho
Na avaliação do governo municipal e na consulta para saber se o eleitor votaria, ou não, num candidato a prefeito de Campos apoiado por Rosinha, o raio-x mais detalhado da nova pesquisa Pro4 traça o perfil tanto do eleitor dos Garotinho, quanto daqueles que se opõem ao grupo que comanda o município há 26 anos. Os que apoiam Rosinha são em sua maioria mulheres, mais velho(a)s, têm baixa escolaridade e renda até 1 salário mínimo.
Na ponta oposta, quem mais desaprova o modelo de governo implantado pelos Garotinho e busca alternância tem maioria composta por homens, mais jovens, com maiores renda e escolaridade. Para se ter uma ideia, 90% dos eleitores com curso superior declaram que votarão em 2016 num candidato de oposição, índice que cai para 50% entre os campistas que só foram até a 4ª série do ensino fundamental.

Publicado hoje na Folha da Manhã

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