domingo, 14 de outubro de 2007

Clodovil na IstoÉ


O deputado Clodovil Hernandez, eleito com 493 mil votos pelo PTC e que está ameaçado de cassação por ter se mudado para o PR, é o entrevistado da semana da Revista IstoÉ.

Título da entrevista: "Proibir o troca-troca é burrice".


Confira alguns trechos:


ISTOÉ – O político então não tem que ser fiel ao partido? Clodovil – Mas o que é partido? É uma jogada entre eles. O homem quando faz leis, faz leis para si mesmo.

ISTOÉ – O Clodovil político aprendeu alguma coisa em Brasília?
Clodovil – Não aprendi nada, ao contrário. Brasília é uma cidade feia, sem luz e sem brilho. E é por isso que o Brasil não brilhará tão cedo. Enquanto a capital não brilhar, o País não brilha.
ISTOÉ – O que Brasília precisa para brilhar?
Clodovil – Mudar. Fazer com que pessoas que venham para cá venham com interesses outros, não interesses pessoais. Só gente tonta pensa que tem poder.
ISTOÉ – Mas as pessoas que vão para Brasília vão eleitas com os votos do povo.
Clodovil – Brasília muda no dia em que a população souber quem ela é. O brasileiro não sabe quem é. Eles não deixam. Nós não temos educação, não temos cultura, não temos instrução, não temos nada e fica tudo por isso mesmo.
ISTOÉ – Muita gente pensou que o sr. viria para a Câmara para defender os homossexuais. Clodovil – Eu? Não sou fiscal de bunda. Meu negócio é outro. Ninguém vive disso. A gente vive é em cima de um monte de atitudes, da saúde das pessoas, das dores que as pessoas poderão sentir, da instrução, do direito de as pessoas irem ao teatro.

ISTOÉ – Estas pessoas aqui do Congresso estão representando o povo brasileiro adequadamente?Clodovil – Claro que não. Nós não temos mais teatro, não temos mais artistas, não temos vozes, não temos líderes, não temos um monte de coisas, que se perderam no meio do caminho. Isso aqui é um grande Paraguai. Antes, a gente ia para as ruas, eu fui com a Cacilda Becker reivindicar um direito, pedir que a carteira das atrizes fosse retirada nos cartórios, e não nas delegacias como as prostitutas. Hoje em dia, qualquer vagabunda que seja amante de alguém que tenha poder vira estrela de televisão.
ISTOÉ – O sr., quando vê um desfile com a Gisele Bündchen, o que pensa?
Clodovil – A Gisele Bündchen é um cavalo manco que deu certo.

ISTOÉ – A sua mesa de trabalho é sustentada pela escultura de uma cobra naja. Por que o sr. batizou essa cobra de Marta Suplicy?
Clodovil – A Marta Suplicy é muito chique, alinhada, favorita do governo, quem sabe ela não será presidente? É uma homenagem, uma cobra de raça, uma naja, venenosíssima, perigosíssima. Ela deveria ficar honrada com o apelido.
ISTOÉ – O sr., então, é um admirador da Marta Suplicy?
Clodovil – Não gosto dela por várias coisas. Não me desce. Uma mulher que vai pedir coisas diante de um presídio, com bispo, com arcebispo, com ex-marido, para soltar seqüestradores perigosíssimos, que seqüestraram um grande amigo íntimo dela...
ISTOÉ – O Abílio Diniz.
Clodovil – É. Eu acho isso o fim do mundo.

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