segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Partido do eu sozinho

Mais um trecho:
Folha – Falando sobre diretrizes partidárias se impondo sobre interesses individuais, uma das críticas que sempre lhe foram feitas é a falta de comando sobre seu grupo político. Mesmo em seu auge, eleito deputado federal pela terceira vez, com mais de 100 mil votos, quando era apontado como franco favorito para vencer as eleições municipais de 2004, você nunca conseguiu se impor sobre os vereadores do PSDB, como o próprio Nildo e, à época, também Sérgio Diniz. Na legislatura seguinte, a atual, ajudou a eleger Otávio Cabral vereador pelo PSDB, mas não conseguiu mantê-lo no partido. Mais recentemente, rompeu com Cordeiro, a quem indicou. Como exercer uma liderança de maneira mais determinante? A nova regra de fidelidade partidária será uma aliada nesse sentido?
Feijó – Aluysio, eu concordo que eu nunca fui um homem de partido. Eu nunca trabalhei visando fortalecer o PSDB. Eu sempre trabalhei muito no sentido mais pessoal, e com o meu trabalho, os resultados eleitorais iam aparecendo naturalmente. Tanto é, que a minha ascendência política aconteceu, praticamente, até 2004. Até então, as minhas votações sempre dobraram a cada eleição. Mas, hoje, eu reconheço que eu tenho que rever esse conceito, reconheço que errei. Tenho que trabalhar mais a favor do partido, tenho que valorizar mais o meu diretório municipal, seguir as orientações da regional, da nacional. Agora, em relação aos vereadores que se elegeram e que saíram do meu partido, isso aconteceu, acredito eu, que por oportunismo desses vereadores e porque também não tinha a decisão do Supremo...
Folha – Você está falando de Otávio Cabral?
Feijó – E do próprio Nildo Cardoso. Nildo, em 2004, acabou a eleição, achou melhor apoiar Garotinho. O que eu iria fazer? Obrigar ele a ficar no PSDB? Eu não tinha ascendência.

Nenhum comentário: