Enganam-se retundamente quem
pensa que a reforma em gestação no gabinete da prefeita visa reduzir o
tamanho da máquina administrativa da Prefeitura de Campos. Ao contrário, deve
criar mais novos cargos para atender à demanda fisiológica dos novos
vereadores. E, como a tal reforma precisa ser aprovada pelo Legislativo, onde
21 dos 25 vereadores são aliados do governo e os beneficiários diretos, a
homologação é líquida e certa.
Então, mesmo que o STF decida que
o dinheiro dos royalties vai continuar irrigando — pelo menos até o final de
2015 — generosamente os cofres municipais, seria de esperar-se prudência dos
governantes e parcimônia com os gastos públicos. Neste aspecto é evidente que há
excesso de cargos de confiança na estrutura administrativa, inclusive com
superposições de secretarias, fundações e coordenadorias.
É certo que as demandas cresceram
na mesma (ou maior) proporção do aumento de receita, mas compare:
Em 1990, no primeiro governo Garotinho,
o primeiro escalão, incluindo prefeito e vice, era tinha 21 integrantes. Oito
anos depois, já no 2º governo Garotinho, pulou para 28 conforme telas abaixo.
Em 2013 são 45, como pode ser conferido aqui no portal da PMCG e na ilustração abaixo.
A reforma, que inclusive está sendo debatida (?) num seminário de governo este final de semana no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, pode até resultar na fusão de alguns órgãos do primeiro escalão mas, com certeza, vai aumentar o volume de cargos de escalões inferiores. A conferir.
Contracapa da revista de Prestação de Contas do governo em 1990:
Contracapa da revista de Prestação de Contas do governo em 1997:
Lista de órgãos municipais segundo o Portal da PMCG (aqui):
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