O jornalista Mário Sérgio Conti se despediu agora há pouco do programa Roda Viva, que vinha apresentando desde 2011. Seu contrato, que venceria em setembro desde ano, foi antecipado por decisão da direção da Fundação Padre Anchieta, do Governo do Estado de São Paulo, que controla a emissora.
Os últimos entrevistados foram Pablo Capilé e Bruno Torruga, fundadores da Mídia NINJA.
Veja a notícia no Portal Imprensa (aqui) e na coluna de ontem do Élio Gaspari.
Mario Sergio Conti deixa o comando do “Roda Viva”, da TV Cultura
Redação Portal IMPRENSA | 05/08/2013 12:00
Mario Sergio Conti não é mais o apresentador do "Roda Viva", da TV Cultura. Em reunião realizada na última quinta-feira (1/8), a direção decidiu que ele deve deixar o programa como parte da reestruturação do canal, agora sob o comando Marcos Mendonça, novo presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.
Crédito:Divulgação
Reestruturação da emissora é responsável pela saída de Conti do "Roda Viva"
Segundo a Folha de S.Paulo, Augusto Nunes deve ser o novo apresentador do programa.
Conti assumiu o comando em agosto de 2011, com a saída de Marília Gabriela. Os próximos três programas, já gravados, ainda o terão como apresentador.
A Cultura confirma a saída do jornalista, mas não informa quem ocupará o seu lugar no programa. A edição desta segunda-feira (5/8) foi gravada com antecedência e terá Conti como apresentador. O novo âncora deve assumir o cargo na próxima semana.
Coisas que só acontecem no ninho dos tucanos. O jornalista Mario Sergio Conti, que dirige e apresenta o programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura, do governo paulista, foi informado de que seu contrato, vigente até o final de setembro, estará rescindido ao fim deste mês. A lâmina foi passada pelo doutor Marcos Mendonça, que assumiu a direção da emissora em junho.
Pouco depois da posse de Mendonça, Conti havia convidado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ser o entrevistado da semana. Desde 2011, quando João Sayad levou-o para a TV Cultura, o jornalista tinha autonomia para escolher o convidados.
Mendonça é um mandarim do aparelho tucano e já ocupou a Secretaria de Cultura de São Paulo. Sem qualquer discussão interna, ou notícia a Conti, telefonou para o ex-presidente, retirando o convite. No seu melhor estilo, FHC encaixou o golpe. Quando Mendonça comunicou o desconvite a Conti, ele condenou a grosseria com o ex-presidente, lembrou a autonomia que Sayad lhe dera e informou que a exerceria, mantendo a entrevista. Ligou para FHC que, novamente no seu melhor estilo, disse-lhe "lá estarei". E lá esteve, cerimoniosamente recepcionado por Mendonça. A entrevista foi ao ar no dia 1º de julho.
Não há registro de episódio semelhante, com dono de emissora desfazendo um convite aceito por um ex-presidente da República. Quem chegou mais perto foi o comandante do 1º Exército, em 1969, quando mandou passar a tesoura em declarações de d. Yolanda Costa e Silva, mulher do marechal que estava entrevado, no Palácio Laranjeiras.
Em 1978, quando censores quiseram impedir que uma entrevista de Lula à TV Cultura fosse ao ar, o governador Paulo Egydio Martins mexeu-se e o presidente Ernesto Geisel enquadrou-os.
Amanhã, o Roda Viva entrevistará Pablo Capilé, do Mídia Ninja.
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