segunda-feira, 12 de novembro de 2012
JOSÉ DIRCEU: LIVRE NA DITADURA E PRESO NA DEMOCRACIA
Como o mundo dá voltas. Em 1969, José
Dirceu de Oliveira e Silva era um dos mais destacados líderes da juventude que
enfrentava o regime militar. Foi preso no fracassado congresso da UNE em Ibiuna
(SP). Era a época dos sequestros dos embaixadores e Dirceu e mais 14
prisioneiros foram trocados por Charles Elbrick, dos Estados Unidos. O
sequestro foi arquitetado, entre outros, pelos jornalistas Franklin Martins e
Fernando Gabeira. Na foto acima, José Dirceu se destaca entre os libertados ao
mostrar orgulhosamente as algemas.
Em Cuba, Dirceu passou por uma plástica que lhe alterou as feições, mas não tardou a voltar ao Brasil com nome falso: Carlos Henrique, que se estabeleceu no interior do Paraná onde viveu cerca de 10 anos como um pacato comerciante. Num dia 1979, quando saiu a anistia aos presos políticos, Carlos Henrique contou a mulher que era, na verdade, José Dirceu e partiu para São Paulo onde retomou a luta política.
Poucos anos depois foi um dos pilares da fundação do PT, um dos mais combativos deputados na oposição aos governos Sarney, Collor e nas CPIs daqueles anos. Foi ele, também, o principal articulador da transição do PT intransigente, que perdera três eleições para o Planalto para o PT aberto a coligações que acabou levando Lula ao poder em 2002.
Dirceu caiu em desgraça tendo usufruído apenas pouco mais de dois anos do poder que tanto buscou. Hoje ele foi condenado pelo STF a 10 anos e 10 meses por chefiar a quadrilha do mensalão. Justo ou injusto o resultado deste imblóglio deixa um gosto amargo na boca de minha geração que aprendeu a admirar José Dirceu e José Genoíno.
Será que a política tem que, necessariamente feita assim?
Em Cuba, Dirceu passou por uma plástica que lhe alterou as feições, mas não tardou a voltar ao Brasil com nome falso: Carlos Henrique, que se estabeleceu no interior do Paraná onde viveu cerca de 10 anos como um pacato comerciante. Num dia 1979, quando saiu a anistia aos presos políticos, Carlos Henrique contou a mulher que era, na verdade, José Dirceu e partiu para São Paulo onde retomou a luta política.
Poucos anos depois foi um dos pilares da fundação do PT, um dos mais combativos deputados na oposição aos governos Sarney, Collor e nas CPIs daqueles anos. Foi ele, também, o principal articulador da transição do PT intransigente, que perdera três eleições para o Planalto para o PT aberto a coligações que acabou levando Lula ao poder em 2002.
Dirceu caiu em desgraça tendo usufruído apenas pouco mais de dois anos do poder que tanto buscou. Hoje ele foi condenado pelo STF a 10 anos e 10 meses por chefiar a quadrilha do mensalão. Justo ou injusto o resultado deste imblóglio deixa um gosto amargo na boca de minha geração que aprendeu a admirar José Dirceu e José Genoíno.
Será que a política tem que, necessariamente feita assim?
(Com informações da memória da leitura de livros como "A didatura
envergonhada" e " A ditadura Escancarada" de Élio Gáspari e
"Notícias do Planalto". de Mário Sérgio Conti, entre outros.
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