sexta-feira, 1 de março de 2013

O CENTRO DA CIDADE AMADA


Trinta minutos flanando pelo Centro antigo para passar o escasso tempo entre uma atividade e outra, são suficientes para flagrantes do cotidiano que revelam a quantas anda a alma da cidade amada. Foi o que o blogueiro fez na tarde de ontem entre 14h e 14h:30 acompanhado de uma máquina fotográfica amadora e um restinho de faro de repórter. Vejam no que deu:  







 1 - É possível constatar que, depois de alguns meses paralisada, a obra da chamada "revitalização" do Centro está a todo vapor. Cerca de 20 homens tocavam, ao mesmo tempo, a colocação de pedras na extensão do Calçadão (aquele feito em 1979 pelo então prefeito Raul Linhares); cuidavam dos fios elétricos que agora serão tubulados por baixo da rua e ainda davam seguimento às intervenções nas galerias de esgotos de águas pluviais.
Pelo visto, as empreiteiras que andavam à míngua depois da ressaca pós-eleitoral, voltaram a ver a cor do dinheiro e, por conseguinte, de seus investimentos nos vitoriosos.





2 - No entanto, nota-se que o projeto apresen-tado aos comerciantes locais e à população, andou recebendo alguns penduricalhos. Veja no projeto, que o histórico Chá Chá Chá (que já foi ponto de ponto de ônibus antes de ser um bar da moda), está cercando por belas pedras portuguesas e bem no centro da praca, mas...



3 - na execução da obra apareceu essa espécie de container mal-ajambrado que, ao que parece vai abrigar os indispensáveis banheiros públicos.



4 - Em compensação, no quarteirão seguinte, na esquina das Ruas Carlos Lacerda (não confundir o abolicionista do século 19 com quase-homônimo Carlos de Lacerda, que derrubou três presidentes da República) com Sete de Setembro, uma boa notícia: um dos casarões daquele trecho está sendo recuperado.




 5 - Mas, o prédio ao lado, o tradicional Edifício Brasil, tem aparência de que está prestes a ruir. Veja abaixo o prédio também pelo ângulo da Rua dos Andradas e o detalhe da entrada do velho edifício.





6 - Quase em frente tem o que já foi o corredor cultural Tiradentes e Zumbi dos Palmares, erguido no comecinho dos anos 90 (primeiro governo Garotinho) e depois demolido para voltar a privilegiar os carros, motos, vans e outros, só sobrou a mal conservada estátua do mártir da inconfidência.  Aliás sempre achei a estátua mal feita e de feição pouco distante dos Tiradentes dos quadros (especialmente o de Pedro Américo, que pode e deve ser visto na Pinacoteca do Estado, em São Paulo).





7 - A poucos metros do arremedo de Tiradentes (feio, mas melhor do que nenhum para lembrar o primeiro dos nossos heróis nacionais), tem outro edifício, outrora palco de grandes encontros políticos, que tem um encontro agora marcado com o chão: o Novo Hotel Flávio. Nos anos 90, funcionou ali um restaurante que tinha a melhor empadinha do mundo.


8 - No próximo quarteirão, já na 21 de abril, ao lado do bom restaurante Opção 21, encontrei esta pequena pérola do início dos anos 20. Uma casa que era colada à antiga Casa Terra, que ruiu anos antes atrás e hoje só restou a fachada imponente e uma bela escada que a vegetação esconde.


Um comentário:

Gustavo Alejandro disse...

A rua 7 de Setembro, de fato, conserva muitos prédios antigos que, devidamente restaurados, deixariam o centro bem mais bonito, especialmente no quarteirão entre a r. dos Andradas e Ouvidor .