Será encerrado amanhã, com saldo positivo, o I Festival do Petisco, realizado no Farol de São Thomé nos dois últimos finais e certamente vai entrar para o calendário de eventos da praia.
Só para informação, o cachê cozinheiro Edu Guedes custou R$ 34.200,00 (NFs 1202 e 1203, emitidas pela 2MB agência de Eventos e Editoria. de R$ 17.100,00 cada).
O show de Ivan Lins, não incluindo a estrutura de som e luz, apenas de cachê, custou R$ 49.582,00 e o de Flávio Venturini, daqui a pouco, R$ 27.500,00.
Enquanto isso, a cantora Joana, que cantou no último final de semana na Festa de São Benedito, recebeu R$ 42.750,00.
sábado, 12 de outubro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
CÂMARA RETIFICA CONTRATO DE PROPAGANDA PARA R$ 1 MILHÃO EM12 MESES
Está no D.O. de hoje, página 23: a Câmara Municipal de Campos republicou o extrato do contrato 029/2013 decorrente da concorrência pública 001/2013. No último dia 2, foi publicado um extrato de contrato no valor de R$ 267 mil por 90 dias. n
na republicação de hoje, o mesmo contrato 029/2013 da concorrência 001/2013 passou para R$ 1.068.000,00 para 12 meses,ou seja, mantendo R$ 89 mil por mês.
A contratada é a BRIENFING MARKETING LTDA ME.
Na prática, os dirigentes da Câmara apenas decidiram gastar R$ 1.068.000,00 como estava previsto na licitação e não apenas R$ 272 mil do contrato assinado e agora retificado por ter sido publicado por um erro de algo em torno de R$ 800 mil.
É. Pode ser.
Publicado em 11/10/2013, digo, "republicado por sair com incorreção".
Veja abaixo, a publicação anterior (aqui), de 02/10/2013, que teria sido "corrigida" pela de sexta-feira, na qual o contrato era de apenas três meses, ou R$ 267.000,00 (R$ 89 mil por mês) e, na nova, e R$ 1.068.000,00 por 12 meses ou, R$ 89.000,00 por mês.
O extrato de contrato está no Diário Oficial de hoje:a Câmara Municipal
de Campos contratou a empresa BRIEFING MARKETING LTDA, para prestação
de serviços de publicidade e propaganda pelo período de 3 meses. Valor :
R$ 267.000,00, ou R$ 89.000,00 por mês. (Confira na ilustração abaixo).
Antes ainda, em 29 de agosto de 2013, o Blog já tinha publicado (aqui), referente à mesma concorrência 001/2013, o termo de homologação e adjudicação (última fase do processo licitatório), mas o texto se referia apenas ao custo mensal do contrato, R$ 89.000,000 por mês e, como tem prazo de 12 meses, soma R$ 1.068.000,00.
na republicação de hoje, o mesmo contrato 029/2013 da concorrência 001/2013 passou para R$ 1.068.000,00 para 12 meses,ou seja, mantendo R$ 89 mil por mês.
A contratada é a BRIENFING MARKETING LTDA ME.
Na prática, os dirigentes da Câmara apenas decidiram gastar R$ 1.068.000,00 como estava previsto na licitação e não apenas R$ 272 mil do contrato assinado e agora retificado por ter sido publicado por um erro de algo em torno de R$ 800 mil.
É. Pode ser.
Publicado em 11/10/2013, digo, "republicado por sair com incorreção".
Veja abaixo, a publicação anterior (aqui), de 02/10/2013, que teria sido "corrigida" pela de sexta-feira, na qual o contrato era de apenas três meses, ou R$ 267.000,00 (R$ 89 mil por mês) e, na nova, e R$ 1.068.000,00 por 12 meses ou, R$ 89.000,00 por mês.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
CÂMARA CONTRATA EMPRESA DE PUBLICIDADE POR R$ 267 MIL POR 90 DIAS
Antes ainda, em 29 de agosto de 2013, o Blog já tinha publicado (aqui), referente à mesma concorrência 001/2013, o termo de homologação e adjudicação (última fase do processo licitatório), mas o texto se referia apenas ao custo mensal do contrato, R$ 89.000,000 por mês e, como tem prazo de 12 meses, soma R$ 1.068.000,00.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
CÂMARA DE CAMPOS VAI GASTAR R$ 89 MIL POR MÊS COM PROPAGANDA
Após processo licitatório, a Câmara Municipal de Campos escolheu a
empresa Briefing Marketing Ltda para cuidar da propaganda da Casa pelos
próximos 12 meses e tendo reservados R$ 89.000,00 para gastar a cada 30
dias. A homologação do resultado da licitação está no Diário Oficial de
hoje (página 12) assinada pelo presidente da Câmara, Edson Batista.
Clique imagem para ampliar.
Atualizada em 13/10/2013 às 20h26 para inserir ilustrações e as informações referentes às publicações anteriores.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
ALGUÉM RESPONDE?
Por que será que as obras de reforma e restauração do Liceu de Humanidades de Campos, um prédio de meados do século XIX vão custar R$ 7.590.728,18...
DILMA ENTRA NA ONDA DE FOTO DE CRIANÇA NO FACEBOOK
Presidente posta imagem de quando era criança
O Globo
Publicado: 9/10/13 - 20h46
Atualizado: 9/10/13 - 21h32
Foto postada por Dilma .
RIO — A presidente Dilma Rousseff trocou sua imagem de perfil do Facebook. Agora ela é identificada por uma fotografia antiga, de quando criança. Seguindo o comportamento de parte dos usuários da rede social — que presta homenagem ao Dia das Crianças — , a presidente começa a interagir de forma mais próxima aos internautas. Também o perfil do PT no Senado postou uma montagem de Lula e Dilma quando eram pequenos.
O Globo
Publicado: 9/10/13 - 20h46
Atualizado: 9/10/13 - 21h32
Foto postada por Dilma .
RIO — A presidente Dilma Rousseff trocou sua imagem de perfil do Facebook. Agora ela é identificada por uma fotografia antiga, de quando criança. Seguindo o comportamento de parte dos usuários da rede social — que presta homenagem ao Dia das Crianças — , a presidente começa a interagir de forma mais próxima aos internautas. Também o perfil do PT no Senado postou uma montagem de Lula e Dilma quando eram pequenos.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
PECULATO E LAVAGEM DE DINHEIRO: GAROTINHO E ROSINHA APRESENTAM DEFESA NO STF
Para quem não se lembra, este é o caso da denúncia de desvio de recursos através ONG´s e que, em 2006, levou Garotinho a fazer greve de fome (aqui).
Relembre o caso também aqui, aqui.
Para acompanhar o inquérito 3519 entre aqui.
JOSÉ DO PATROCÍNIO
Homenagem aos 160 anos de nascimento do campista José do Patrocínio, herói brasileiro:
CONSÓRCIO DA IMBEG GANHA LICITAÇÃO DA PONTE SFI/SJB
Por Christiano, em 09-10-2013 - 16h11
Agora
é oficial. O Consórcio Ponte Paraíba do Sul, formado pelas empresas
Imbeg e Premag, foi declarado formalmente o vencedor da licitação e
construirá a nova ponte sobre o rio Paraíba do Sul, entre São João da
Barra e São Francisco de Itabapoana. A Comissão de Licitação do DER-RJ
se reuniu em sessão hoje às 14h30 e anunciou oficialmente o resultado da
Concorrência Pública nº 001/13.
A ponte terá extensão de de 1.344,30
metros, com 16 metros de largura. O preço proposto é de R$
137.064.521,19 e o prazo previsto para construção é de 12 meses. A
vitória da Imbeg e Premag era dada como certa, pela desclassificação das
concorrentes, e foi antecipada aqui no Blog do Roberto Moraes, sendo oficialmente confirmada agora.
DO BLOG:
Mais informações aqui no Portal Ururau.
DO BLOG:
Mais informações aqui no Portal Ururau.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
CADÊ O HELIPONTO DO FERREIRA MACHADO, ROSINHA?
Do Blog de Erik Schunk (aqui):
Terça-feira, 8 de outubro de 2013
CADÊ O HELIPONTO DO FERREIRA MACHADO, ROSINHA?
Há dois anos, antes da eleição de 2012, a prefeita Rosinha veiculou nas
emissoras locais de televisão uma bonita propaganda onde promete mundos e
fundos para o Hospital Ferreira Machado. Tudo não passou de propaganda.
Prometeram até um novo anexo, com novo prédio de seis andares e uma
unidade para queimados, incluindo um heliponto.
Reeleita, Rosinha, esqueceu a promessa.
Veja o filme e lamente a falta de compromisso da prefeita com a saúde pública.
GOVERNO ROSINHA PAGA MAIS UMA PARCELA A EMPREITEIRAS POR OBRA QUE AINDA NÃO COMEÇOU
No último dia 26 de setembro, a Prefeitura de Campos desembolsou cerca de R$ 350 mil a duas empreiteiras (reveja aqui) como pagamento da primeira parcela das obras de reforma no Shopping Popular Michel Haddad.
Como se sabe, as obras nem começaram, mesmo porque os camelôs ainda nem foram transferidos de local. No entanto, ontem, dia 07/10, a Prefeitura de Campos efetuou dois novos pagamentos, referentes à segunda parcela, às mesmas empreiteiras, desta vez, nos valores de R$ 160.167,42 à Gecoplan Engenharia Ltda (NF 41, processo 20130040113905 - 2013OB19378) e R$ 160.167,43 à Serven Engenharia (NF 84, processo 20130040113912 - 2013OB19380 .
Confira ilustração abaixo, encontra-se no Portal da Transparência da PMCG.
Clique na imagem para ampliar.
Ou seja: as obras de reforma do Shopping Popular Michel Haddad (Camelódromo), orçadas em 9.985.938,34, ainda nem começaram e duas empreiteiras já embolsaram quase 10% do valor total, cerca de R$ 750 mil.
Isso pode, Ministério Público?
Como se sabe, as obras nem começaram, mesmo porque os camelôs ainda nem foram transferidos de local. No entanto, ontem, dia 07/10, a Prefeitura de Campos efetuou dois novos pagamentos, referentes à segunda parcela, às mesmas empreiteiras, desta vez, nos valores de R$ 160.167,42 à Gecoplan Engenharia Ltda (NF 41, processo 20130040113905 - 2013OB19378) e R$ 160.167,43 à Serven Engenharia (NF 84, processo 20130040113912 - 2013OB19380 .
Confira ilustração abaixo, encontra-se no Portal da Transparência da PMCG.
Clique na imagem para ampliar.
Ou seja: as obras de reforma do Shopping Popular Michel Haddad (Camelódromo), orçadas em 9.985.938,34, ainda nem começaram e duas empreiteiras já embolsaram quase 10% do valor total, cerca de R$ 750 mil.
Isso pode, Ministério Público?
MARCÃO QUER INFORMAÇÕES SOBRE CONTRATO ENTRE PMCG E EMPRESA DE SECRETÁRIO
Vereador Marcão (PT), está defendendo, neste momento, requerimento de informações na Câmara Municipal, sobre um contrato entre a PMCG e a empresa WTC para curadoria na 7ª Bienal, realizada no ano passado, no valor de R$ 782 mil.
A nome da empresa são as iniciais de seu proprietário, Wainer Teixeira Castro, que é também o presidente do PHS (Partido Humanista da Solidariedade), aliado da prefeita Rosinha.
Além de tudo, atualmente Wainer Teixeira de Castro é secretário de Desenvolvimento e Turismo da Prefeitura de Campos, cargo que não ocupava, é bom que se diga, na época do contrato (2012).
Marcão já avisou que, se o requerimento for rejeitado pela maioria governista, como é esperado, vai levar a denúncia ao Ministério Público
Atualização às 19h58 - Requerimento rejeitado pela maioria com votos favoráveis apenas dos quatro vereadores da oposição.
Atualização às 20h30 de 10/10/2013 - O Blog do Bastos publicou (aqui), que o secretário de Desenvolvimento e Turismo, Wainer Teixeira de Castro, requereu a ata da sessão da Câmara para conhecer o inteiro teor das declarações do vereador Marcão e tomar as medidas cabíveis".
Wainer disse, segundo o Blog do Bastos: “Solicitei a ata da sessão para ter a exata noção sobre tudo o que foi dito pelo vereador. Preciso saber exatamente o conteúdo para tomar as medidas cabíveis”. E mais: “Quem me conhece sabe que não fujo de debate. Inclusive, o vereador tem conhecimento do trabalho da WTC em 10 Prefeituras. O que não posso é entrar nesse jogo político”, completou.
ÁGUAS DO PARAÍBA VAI DEIXAR DE COBRAR TAXA DE RELIGAÇÃO E DE 2ª VIA DA CONTA
O Grupo Extraordinário de Trabalho da Águas do Paraíba na Câmara Municipal de Campos,está anunciando que a concessionária não vai mais cobrar as taxas de religação (R$ 117,41 no hidrômetro e R$ 234,81 no ramal) e de segunda via da conta (R$ 11,74).
Em reunião com o superintendente da empresa, Mário Fazza, ficou acertado que a isenção passa a valer a partir da próxima segunda-feira(14/10).
— Quem deixa de pagar uma conta é porque está sem dinheiro. Por isso, não é justo ter que pagar a conta e mais uma taxa de religação para ter sua água de volta —, afirma o vereador Tadeu Tô Contigo, relator do grupo.
Informações da assessoria do vereador Tadeu tô Contigo.
Do Blog:
Então a Águas do Paraíba cobrava R$ 11,74 pela segunda via conta? R$ 11,74 por uma folha de papel? Numa cidade séria isso seria chamado de "roubo".
PMCG VAI ATENDER PACIENTE QUE PRECISA DE SERINGAS
Do Blog de Fernando Leite (aqui):
terça-feira, outubro 08, 2013
PREFEITURA DE CAMPOS VAI ATENDER MURILO
Amigos
do Facebook e leitores do meu blog, agora posso afirmar que o caso do
Murilo, de Dores de Macabu, que depende de seringas descartáveis para se
alimentar por uma sonda gástrica, está resolvido.
Recebi esta garantia da vereadora Linda Mara, agora há pouco, pelo telefone.
Ela, por sua vez, tratou do assunto, diretamente, com a prefeita de Campos, ontem à noite, que, ao ser informada, ligou para o secretário de Saúde, com quem se entendeu em favor do Murilo.
Registro a reação do governo em cumprir com sua obrigação. Hora nenhuma tratei dessa questão como um cabo de guerra. Não é o caso, entre nós, de vencedores e vencidos. É o caso de respeito ao que determina a Constituição.
Mas, uma coisa não posso omitir porque me enche de alegria e orgulho: o comportamento solidário da sociedade, que mesmo sem conhecer, pessoalmente, Murilo, empenhou-se por sua causa.
À vocês, cidadãos e cidadãs, obrigado, obrigado, obrigado.
Postado por
Fernando Leite
às
14:42:00
Recebi esta garantia da vereadora Linda Mara, agora há pouco, pelo telefone.
Ela, por sua vez, tratou do assunto, diretamente, com a prefeita de Campos, ontem à noite, que, ao ser informada, ligou para o secretário de Saúde, com quem se entendeu em favor do Murilo.
Registro a reação do governo em cumprir com sua obrigação. Hora nenhuma tratei dessa questão como um cabo de guerra. Não é o caso, entre nós, de vencedores e vencidos. É o caso de respeito ao que determina a Constituição.
Mas, uma coisa não posso omitir porque me enche de alegria e orgulho: o comportamento solidário da sociedade, que mesmo sem conhecer, pessoalmente, Murilo, empenhou-se por sua causa.
À vocês, cidadãos e cidadãs, obrigado, obrigado, obrigado.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
QUANDO O CRIME COMPENSA
Por suzy, em 07-10-2013 - 11h21
Blogs e Colunistas
10:23 \ Brasil
Postes rosas
Rosinha: punição da Justiça Eleitoral
Rosinha Garotinho foi condenada em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral a pagar 80 000 Ufir – o que equivale a cerca de 200 000 reais – por pintar de rosa os postes de Campos dos Goytacazes (RJ).
Rosinha alega que os postes não eram rosa, mas sim roxo paixão. Por causa do argumento, o desembargador Abel Gomes aproveitou para tirar sarro da gravata usada por Jonas Lopes, advogado de Rosinha, durante a sessão:
- Afinal, a sua advogada é roxa ou rosa?
Tags: Rosinha Garotinho
Quer saber mais sobre postes rosáceos: Clique aqui.
O MP instaurou inquérito por improbidade administrativa em função dos postes. Veja aqui.
Leia no Lauro Jardim aqui.
Atualização às 11h49: Título e texto.
Obs.: Acredito que Lauro Jardim tenha querido dizer: “A sua, advogado, é roxa ou rosa?”
MASCARADOS ATACAM DE NOVO PARA ESTRAGAR PROTESTO PACÍFICO NO RIO
Um grupo de mascarados está tumultuando, neste momento, um protesto pacífico em defesa dos professores que estão em greve. Cerca de 10 mil manifestantes tinham fechado o trânsito na Avenida Rio Branco e de repente, cerca de 50 encapuzados surgiram jogando paus, pedras no prédio da Câmara Municipal do Rio.
A PM está no local e o confronto parece inevitável.
Foto: reprodução TV
A PM está no local e o confronto parece inevitável.
Foto: reprodução TV
MAIS QUATRO PROFESSORES CEDIDOS A OUTROS ÓRGÃOS DA PMCG
A Prefeitura de Campos justifica a contratação de professores por processo seletivo simplificado sob o argumento de que há muitos professores (cerca de 500) em gozo de licença médica e, por isso, não pode preencher as vagas dos efetivos por concurso e sim por contratos temporários.
Mas então, como é que pode ceder tantos professores do quadro efetivo para outros órgãos municipais? Na semana passada foram quatro e na edição de hoje do Diário Oficial (página 2), tem mais quatro cessões de professores: dois para a Fundação da Infância e Juventude, um para a Secretaria de Saúde e outra para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Portarias 098, 099 e 100/2013, assinadas pelo secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro.
Esses professores não deveriam estar a escola?
E a prefeita, será que lê o Diário Oficial?
Os salários dos professores cedidos contam como gastões com educação?
E o Sepe, sabe e concorda com essas cessões?
OPÇÃO DE MARINA SURPREENDE DILMA REVÊ ESTRATÉGIA
Da Veja on line
Assessores da presidente dizem que ela apostava em um voo solo da ex-senadora pelo PPS e que aliança PSB/Rede dá carisma à chapa
Estratégia: Dilma terá de reforçar imagem para embate com Marina Silva e Eduardo Campos
(Celso Junior/Reuters)
O Palácio do Planalto já reavalia a estratégia para a sucessão presidencial de 2014 após o anúncio, no sábado, da aliança
entre a ex-senadora Marina Silva e governador de Pernambuco, Eduardo
Campos - ambos agora no PSB. Petistas que integram o primeiro escalão da
presidente Dilma Rousseff acreditam que ela terá de reforçar a tática
de construção da imagem de realizadora.
A ideia é se opor ao perfil "sonhático" da ex-ministra do Meio
Ambiente, que deverá integrar a chapa presidencial do PSB com Campos. Um
ministro de Dilma chega a brincar que ela terá de ser apresentada como a
"realizática".
A parceria entre Marina e Campos, dois ex-ministros do governo Luiz
Inácio Lula da Silva, pegou de surpresa integrantes do governo Dilma. Os
assessores do Planalto dizem que a presidente apostava que, sem ter
conseguido registrar a Rede Sustentabilidade na Justiça Eleitoral por falta de assinaturas de apoio, Marina sairia candidata pelo PPS.
No acordo com Campos, ainda não está claro quem será o cabeça da
chapa. Apoiadores tanto de Marina quanto de Campos dizem que a
ex-ministra aceitaria integrar a aliança como vice. No anúncio em
Brasília, Marina afirmou que pretendia "adensar o projeto de uma
candidatura já posta".
TARSO GENRO, NESTA SEGUNDA-FEIRA, NO RODA VIVA
O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (7/10) o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Rumos do seu governo e o de Dilma Rousseff, eleições e julgamento do mensalão estarão entre os assuntos do programa, que vai ao ar às 22h, ao vivo, na TV Cultura.
Nascido em São Borja, Rio Grande do Sul, Tarso Genro assumiu durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva os ministérios da Educação, das Relações Institucionais e da Justiça. Também foi prefeito de Porto Alegre por dois mandatos e, em 2010, foi eleito governador do Rio Grande do Sul.
Sobre a eleição ao governo do RS em 2014, uma recente pesquisa do Ibope afirma que Genro possui 27% das intenções de voto e está tecnicamente empatado, na primeira colocação, com a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que tem 26% das preferências.
Além de advogado, é autor de diversos livros ligados às áreas de direito e política. Suas obras já foram publicadas nos Estados Unidos, México, Uruguai e em alguns países da Europa.
Participam da bancada deste programa, que tem a apresentação do jornalista Augusto Nunes, Rosane de Oliveira (colunista de política do jornal Zero Hora), Cida Damasco (editora-executiva do jornal O Estado de S. Paulo), Sandro Vaia (jornalista e escritor), Luis Nassif (jornalista econômico e blogueiro) e Ricardo Setti (colunista da Veja Online). Há ainda a participação do cartunista Paulo Caruso.
(Texto: TV Cultura)
MOBILIZAÇÃO NAS REDES SOCIAIS PARA SUPRIR OMISSÃO DA PMCG
Do Blog Estou Procurando o que fazer...
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
ENTRE NESSA LUTA! FAÇA O QUE PUDER
Do Blog e do Face de Fernando Leite
O
caso do rapaz de 24 anos, morador em Dores de Macabu, vítima de atrofia
espinhal progressiva, que não consegue da prefeitura de Campos,
seringas de 60 ml para seu tratamento, desafia o governo municipal e à
sociedade também. Põe em cheque nossa cidadania e nos pergunta, no fundo
de nossa alma cristã, "E você fez o que estava ao alcance de seu
coração?
Devo lembrar que na família dele, há mais dois casos, de suas irmãs. São 3 pessoas portadoras de deficiência motora. Sendo que só ele usa sonda gástrica.
Eu já disse que não quero briga com a administração por conta deste caso. Quero que o Poder público Municipal cumpra o que estabelece a Constituição: "Saúde é direito do cidadão e DEVER do Estado"
Imagino que sua excelência não cogite a "benevolência" de me responder. Sem problema. Que preste contas, então, aos que pagam seus salários e alimentam o baú do orçamento.
Ajude a espalhar esta notícia. Segue o apelo indignado do rapaz que aguarda sua vez.
("Boa tarde!
Venho aqui fazer uma reclamação.
Tenho 24 anos, sou portador de uma doença degenerativa (Atrofia Espinhal Progressiva). 10 anos atrás parei de andar, e já tem quase 4 anos que me alimento através de sonda gástrica, só me alimento através desta sonda.
A alimentação é injetada na sonda através de seringa de 60 ml, a qual a prefeitura tem que disponibilizar e há mais de 2 anos que a Prefeitura de Campos não disponibiliza. Quando alguém da minha família vai procurar eles dizem que não tem e que não sabem quando vai chegar. Cada seringa custa R$ 4,00
O certo é usar uma por dia, mas como o custo é muito alto uso uma por semana, sendo que não devo fazer isso porque vai acumulando bactérias, mas infelizmente não há outra solução. Isso é um descaso com o ser humano.. Já sofremos com nossas doenças e ainda ter que passar por este tipo de situação..
Meus gastos já são muitos e não tenho condições de comprar mais seringas. Cadê meus direitos como cidadão desta cidade de é tão rica???!!!
Quero providências já!!! Aqui deixo minha indignação!!!")
Devo lembrar que na família dele, há mais dois casos, de suas irmãs. São 3 pessoas portadoras de deficiência motora. Sendo que só ele usa sonda gástrica.
Eu já disse que não quero briga com a administração por conta deste caso. Quero que o Poder público Municipal cumpra o que estabelece a Constituição: "Saúde é direito do cidadão e DEVER do Estado"
Imagino que sua excelência não cogite a "benevolência" de me responder. Sem problema. Que preste contas, então, aos que pagam seus salários e alimentam o baú do orçamento.
Ajude a espalhar esta notícia. Segue o apelo indignado do rapaz que aguarda sua vez.
("Boa tarde!
Venho aqui fazer uma reclamação.
Tenho 24 anos, sou portador de uma doença degenerativa (Atrofia Espinhal Progressiva). 10 anos atrás parei de andar, e já tem quase 4 anos que me alimento através de sonda gástrica, só me alimento através desta sonda.
A alimentação é injetada na sonda através de seringa de 60 ml, a qual a prefeitura tem que disponibilizar e há mais de 2 anos que a Prefeitura de Campos não disponibiliza. Quando alguém da minha família vai procurar eles dizem que não tem e que não sabem quando vai chegar. Cada seringa custa R$ 4,00
O certo é usar uma por dia, mas como o custo é muito alto uso uma por semana, sendo que não devo fazer isso porque vai acumulando bactérias, mas infelizmente não há outra solução. Isso é um descaso com o ser humano.. Já sofremos com nossas doenças e ainda ter que passar por este tipo de situação..
Meus gastos já são muitos e não tenho condições de comprar mais seringas. Cadê meus direitos como cidadão desta cidade de é tão rica???!!!
Quero providências já!!! Aqui deixo minha indignação!!!")
INTERNAUTAS SE JUNTAM PARA AJUDAR CADEIRANTE
Fiquei
ausente por um tempo e fui avisado, pelo telefone, que o pessoal do
Facebook, comentaristas do post sobre o Murilo, de Dores, decidiram
montar um mutirão de emergência para ajudá-lo. Entendo a angústia das
pessoas, concordo com o mutirão, vou participar dele, mas quero
avisá-los que ainda hoje, no final do dia, não havendo retorno oficial
para solução definitiva da situação, vou buscar contatos com as
produções dos Programas do Huck e do Fantástico, na Globo e do Celso
Portiolli, no SBT. Óbvio que antes, vou pedir autorização da família.
As respostas do Poder se dão de duas formas, ou pelo amor, ou pela dor. Somos as nossas escolhas.
As respostas do Poder se dão de duas formas, ou pelo amor, ou pela dor. Somos as nossas escolhas.
- Fernando Leite O telefone da mãe de Murilo, de Dores, é 9813-1324. Cada seringa custa 4 reais e ela deve ser de 60 ml. abraços e obrigado!
- Fernando Leite Eu ofereço minha casa como ponto de entrega das seringas. Moro, relativamente, longe do Centro, mas quem quiser colaborar é Rua Amaro Silveira, 34, conjunto Damas Ortiz, Pq Califórnia. Solicito aos doadores que tragam as seringas, ao invés de dinheiro. abraços e obrigado. Se alguém tiver um endereço mais no centro e que quiser sediar a coleta, fiqueà vontade.
MARINA E EDUARDO QUINTA-FEIRA NA TV
Foto: arquivo/reprodução TV 05/10/13
A ex-senadora Marina Silva vai dividir com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o protagonismo do programa que o PSB exibe nesta quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão. Vai ser o primeiro programa do partido após a filiação de Marina, que teve o registro de seu partido, Rede Sustentabilidade, barrada pela Justiça Eleitoral.
Marina pode dividir também a chapa com Campos para disputar a sucessão de Dilma em 2014.
Ainda não se sabe se a família Bornhausen (arg!!!!!), a mesma da Arena, PDS, PFL e DEM de Santa Catarina, que anda unha-e-carne com Eduardo Campos, também vai dar as caras na TV.
LICITAÇÃO PARA TRANSPORTES TEM QUATRO CONCORRENTES E DEVE DURAR UMA SEMANA
aqui
Após adiamentos, licitação de transporte público teve início
Marcado para 9h30, no auditório do Centro Administrativo José Alves de Azevedo, sede da prefeitura de Campos, apenas quatro companhias entregaram os envelopes para concorrer ao processo, sendo duas empresas - Rogil Transportes LTDA e a BK Transportes e Serviços LTDA - e dois consórcios – Goitacazes, que agrega as empresas Autoviação Cordeiro, Brasil, São Salvador e Turisguá; e Planície, que agrega as empresas São João e Viação Jacarandá.
Apesar de rumores sobre possível boicote, não houve problemas no primeiro dia de processo, que deve durar sete dias, até que todos os documentos sejam analisados para enfim nomear a empresa ganhadora, que receberá a concessão de 25 anos.
Com a nova frota, a prefeitura tem a previsão de criar 5 terminais de integração, a passagem continuará no valor de R$ 1 e também será implantado em cada terminal uma Central de Controle Operacional (CCO), que vai funcionar de modo que os usuários tenham um controle dos horários e serviços. A partir da entrada da empresa responsável pelo transporte público, o governo terá o prazo dos dois primeiros anos para que todo o sistema seja implantado.
Para o presidente do Sindicado dos Rodoviários, Roberto Virgilio, que acompanhou o primeiro dia de licitação, mesmo com o processo a situação do transporte público deve continuar a mesma. “Eu estava otimista pensando que fosse melhorar, mas acredito que a situação vai continuar a mesma, pois mesmo com todas as propostas não ouve interesse de outras empresas” disse Virgilio.
Amaro Júnior
Foto: Hellen Souza
MISSA DE SÉTIMO DIA DE FELIPE, FILHO DE CARLOS CAFÉ, AMANHÃ NA IGREJA SANTO ANTÔNIO
Da página de Carlos Café no Facebook:
A
Família de Felipe Costa Soares Faria, representada pelo seu pai Carlos
Faria Café, sua mãe Cristina Faria, os irmãos Igor Faria e Carolina
Faria, o sobrinho Leonardo Faria, agradecem as manifestações de pesar,
carinho e solidariedade recebidos durante os últimos dias e aproveitam a
oportunidade para convidar os familiares e amigos para a missa de
sétimo dia que acontecerá, às 19 horas, dia 08/10/2013, terça-feira, na
Igreja de Santo Antônio, no bairro Jardim Carioca em Guarús.
domingo, 6 de outubro de 2013
BLOG MEMÓRIA: PONTE DA DELTA UNE ROSINHA E CABRAL. LITERALMENTE
Do Blog do professor Pedlowiski (aqui) e replicado no Estou Procurando o que Fazer (aqui) e que tem tudo a ver com a postagem anterior:
Postado por Jane Nunes às 20:41
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Uma ponte une Rosinha Garotinho, Cabral e a Delta Construtora
Rosinha Garotinho e Cabral inaugurando a ponte foto O Diário |
A Construtora Delta, do
empreiteiro Fernando Cavendish, tornou-se uma tremenda fonte de
problemas para o governador Sérgio Cabral. Tanto isto é verdade que o
deputado federal Anthony Garotinho vem usando as relações de Sérgio
Cabral com a Delta como uma catapulta para lançar artefatos rochosos
contra as vidraças da mansão que o atual governador possui no Resort
Portobello no município de Mangaratiba.
Mas
uma obra na cidade de Campos dos Goytacazes é a maior prova que a
Construtora Delta já fincou havia fincado suas estacas no berço político
do ex-governador Garotinho e, justamente, durante o governo de sua
esposa, a Prefeita Rosinha Garotinho, antes de mesmo de Sérgio Cabral
chegar ao Palácio Guanabara, apoiado que foi por Anthony Garotinho.
Para
quem não se lembra, foi a Construtora Delta, em parceria com a Oriente
Construção Civil, e sob o codinome Consórcio Paraíba do Sul, quem
construiu uma polêmica ponte no centro da cidade de Campos.
E
mais um aspecto ainda mais singular nesta transcendência temporal da
Delta em diferentes administrações estaduais é o fato pitoresco de que
no dia 01 de Maio de 2007, a bordo de um Ford de 1929, o governador
Sérgio Cabral e a prefeita Rosinha Garotinho inauguraram a obra que ela
começou e ele terminou. De quebra, Cabral ainda batizou, ilegalmente é
verdade, a dita ponte com o nome da prefeita.
Em
suma, a Ponte Rosinha simboliza perfeitamente a ponte (desculpem-me mas
não resisti ao trocadilho) da continuidade da Construtora Delta nos
governos da família Garotinho e de Sérgio Cabral!
Postado por Jane Nunes às 20:41
O PASSADO MANDA LEMBRANÇAS: DELTA DOOU R$ 300 MIL PARA CAMPANHA DE PUDIM EM 2004
Foto: Arquivo do Blog
Quem lê e ouve o deputado Anthony Garotinho denunciar as
relações suspeitíssimas entre o governador Sérgio Cabral e o empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta Construções,
não imagina que eles já foram unha-e-carne. Ele, o deputado, e o atual governador,
todos já sabiam. Mas a excelente convivência entre Garotinho e a Delta, nos oito anos
em que ele e a mulher Rosinha governaram o estado, muita gente já esqueceu.
Que ingratidão!
Cavendish, e sua Delta, era tão agradecido, que doou para a campanha do afilhado
do casal à Prefeitura de Campos em 2004, Geraldo Pudim, nada menos que R$ 300
mil. A informação, que desapareceu da memória ingrata de Garotinho está nos implacáveis
arquivos eletrônicos do Tribunal Regional Eleitoral (T.R.E.).
Veja abaixo a relação de candidatos para os quais a Delta
fez doações nas eleições de 2004 (ilustração 1) e confira o CNPJ da empreiteira
(ilustração 2) para confirmar que não há dúvida.
A pergunta que fica no ar é: por que será que a Delta foi
tão generosa com o candidato do casal em 2004, quando o casal governava o RJ?
E, Confira duas notas da Coluna Radar, de Lauro Jardim, na VEJA, sobre as relações Garotinho/Cavendish:
domingo, 6 de maio de 2012
7:49 \ Brasil
A hora do troco
sábado, 16 de junho de 2012
6:44 \ Brasil
Sem licitação
Anthony Garotinho bateu pesado em Sérgio Cabral por suas relações com Fernando Cavendish. Beleza. Mas esqueceu-se de que em abril de 1999, apenas quatro meses depois de virar governador do Rio de Janeiro, contratou, sem licitação, a Delta para obras de saneamento.
Pagou 10,4 milhões de reais pelo serviço. O contrato foi assinado por Rosinha Garotinho, na ocasião presidente da Vida, um órgão de obras sociais do estado.
Observação do Blog: As notas acima não foram contestadas pelos citados e podem ser acessadas aqui e aqui.
Mais sobre o assunto em postagem do Sociedade Blog (aqui) e Estou Procurando o que fazer (aqui).
VITOR MENEZES E A CULTURA DA ERA "DOS ROYALTIES"
Do Blog Opiniões (aqui) e edição impressa da Folha da Manhã de hoje (Folha 2):
Folha Dois – Qual sua opinião sobre a cultura de Campos e as discussões que sobre ela têm se dado?
Vitor Menezes - Tenho acompanhado à distância, mas considero muito produtivo que este debate se dê. Campos por vezes se assemelha a um deserto, uma província conservadora com cada um cuidando dos seus mexericos e interesses menores, satisfeitos com as suas fotos nas colunas sociais, e então vez por outra algo significativo se move na paisagem. E aí a gente se anima de novo. Parece até que este é o sentido de ficar por aqui: estar a postos para quando se dá alguma oportunidade de oxigenação. No entanto, há um dado desalentador quando se percebe que uma discussão tão séria e necessária como esta sempre se torna vítima da polaridade crônica que as prefeituras de cidades médias e pequenas exercem no cenário local, com a consequente partidarização e “fulanização” dos temas. Como presidente da AIC, creio que seja minha obrigação lembrar, por exemplo, que o maior crime contra a cultura de Campos cometida nos últimos anos foi o assassinato do jornal Monitor Campista, empreendida no âmbito dos interesses privados, como ocorreu com o antigo Trianon, e sob inexplicável omissão do poder público. Não houve situação, oposição ou qualquer outra força social que percebesse a gravidade do que estava ocorrendo. Permitimos que uma publicação de quase duzentos anos se perdesse. Uma cidade assim vai demorar a poder falar seriamente sobre cultura.
Folha – Em comentário nas redes sociais, você afirmou assinar embaixo de tudo do que disse o também jornalista Ricardo André Vasconcelos, na entrevista dele (aqui) sobre a cultural local. Tudo não é muita coisa?
Vitor - Embora, claro, eu tenha lido a entrevista, em se tratando de Ricardo André a gente poderia concordar até sem ler. Ele é um dos mais íntegros jornalistas que conheço e seu espírito público é o que falta em muitos políticos. Creio até que seria um bom vereador, se ainda houvesse ambiente político na cidade para eleger gente como ele. Uma das maiores satisfações profissionais que tenho foi ter dividido com ele a, digamos, bancada do programa “Mercearia Campista”, que fazíamos na Mult TV.
Folha – O lead daquela entrevista foi definido numa declaração forte do Ricardo: “Cultura no governo Rosinha, só o da gastança”. Ainda que, diferente dele, você não se mostre, enquanto blogueiro, afeito à conferência das despesas municipais publicadas em Diário Oficial, o que pensa sobre essa sentença?
Vitor - De fato não tenho a paciência que o Ricardo tem para os números municipais, o que é apenas uma das minhas muitas falhas profissionais. Mas não é difícil concordar e fazer apenas um adendo: essa também foi a cultura de todos os governos que antecederam ao atual, se tomarmos o período da Era dos Royalties do Petróleo. Ou alguém pode se esquecer do que foi o governo Arnaldo, ou o governo Mocaiber? Mais uma vez, reduzir a questão ao simulado duelo entre oposição e situação em Campos é improdutivo sob o ponto de vista analítico. Padecemos há décadas de um ambiente transparente.
Folha – Outra denúncia forte do Ricardo foi afirmar que a política de shows da Prefeitura é pensada e executada no sentido de se levar pessoas às ruas para criar um clima permanente de campanha. Vê da mesma maneira?
Vitor - É engraçado como o óbvio em Campos às vezes soa como “denúncia forte”. O Ricardo só falou o que todos sabemos. Só que, infelizmente, torna-se mais uma vez necessário o adendo de que essa não é uma exclusividade de Campos e nem mesmo do atual governo, o que de forma alguma abona a cidade e a sua gestão do momento, mas abre a perspectiva para pensarmos porque as coisas funcionam deste modo e o que temos feito ou deixado de fazer para reagirmos.
Folha – Ricardo também afirmou ser necessário “despatricizar” a discussão da cultura goitacá. Em sua visão, qual o limite entre a política cultural do governo Rosinha e seu cumprimento por quem foi tornado único poder central da cultura municipal, a partir da última reforma administrativa?
Vitor - Se há tanta insistência em focar a análise no governo Rosinha, o que é até compreensível em virtude dele ser o que está em curso, prefiro então outra ferramenta: a análise do Plano de Governo apresentado pela então candidata ainda para o seu primeiro mandato. Há, nele, 20 itens na área da Cultura. Sugiro à Folha, como pauta, verificar o que dali foi feito, o que não foi feito e o que foi feito parcialmente. Há, de fato, itens onde houve avanço, como a “reestruturação do Carnaval” e a conclusão do restauro do Museu de Campos, ainda que se possa fazer críticas a aspectos que envolvam a ambos. Mas há outros que não, como a “reedição de obras antológicas” de Lamego e outros autores, ou o aproveitamento das antigas estações ferroviárias. E há ainda os que poderiam ficar na categoria do “parcialmente”, como a Bienal do Livro, que tem o mérito de continuar a ser realizada, o que em si mesmo é uma conquista, dado o histórico de rupturas de projetos entre governos, mas que ainda precisa melhorar para atingir níveis propostos pelo próprio plano de governo apresentado.
Folha – Fica mais difícil atender essa “despatricização” quando a presidente da FCJOL concede uma entrevista em outro jornal (aqui), em resposta clara a esta série de entrevistas da Folha Dois, e já abre dizendo: “Eu não estou aqui para me defender, não preciso disso e nem o governo”?
Vitor - É uma frase lamentável. Infeliz mesmo. Talvez ela mesma repense isso em algum outro momento. Mas o fato é que a cultura política que temos é essa: o gestor público brasileiro, de modo geral, se considera em condição de mando, não na condição de subalterno dos interesses maiores da cidadania. Então cunha expressões como essas, como se não precisasse prestar contas, demonstrando um fastio em relação às cobranças e sempre utilizando a estratégia de tentar desqualificar quem o questiona. E em Campos, terra onde a herança escravocrata se faz tão presente, não haveremos de nos surpreender com arroubos autoritários, tanto no poder público quanto nas empresas, nos condomínios, nas relações domésticas.
Folha – Numa outra entrevista da presidente da FCJOL, dada anteriormente a um site local (aqui), ela havia afirmado que “todas as vertentes da cultura têm sido atendidas”, ao que outro entrevistado da Folha Dois, o diretor de teatro Antonio Roberto Kapi, respondeu com veemência (aqui): “É mentira!”. Como saber quem está mais próximo à verdade?
Vitor - O problema é o conceito de “atendida”, que é parente próximo do conceito de “clientela”. O governante, até por razões eleitorais, pode ser tentado a acreditar que seu papel é “atender” às demandas que lhe são apresentadas, sofregamente, de mo-do a deixar o máximo de setores contemplados, sem que se tenha uma noção de conjunto e um planejamento democrático e plural, que é fruto do debate republicano, não dos pedidos de gabinete. Por isso, uma das propostas que a Associação de Imprensa Campista fez na audiência da Lei Orgânica do Município foi justamente a dos editais da Cultura, para tornar impessoais essas relações e não tratarmos mais de “atendimentos”. Agora mesmo, na ausência de uma política de editais, a própria AIC e a Academia Campista de Letras se vêem na condição de proponentes de um projeto, feito à Secretaria de Desenvolvimento e Turismo, de criação do que estamos chamando de “FDP!”, Festival Doces Palavras, uma feira nos anos ímpares que misture a cultura do doce com a produção literária, em um local aberto e de modo mais informal que uma Bienal, que seria mantida nos anos pares. Não gostaríamos que uma sugestão como esta, que é para toda a cidade e para as futuras gerações, fosse reduzida ao “atendimento” de uma clientela. Tenho muita esperança que esta ideia dê certo e que sobreviva a qualquer falso debate entre oposição e situação, como de forma positiva ocorreu com a Bienal.
Folha – Um ponto unânime não só entre Ricardo e Kapi, mas também para os professores Artur Gomes (aqui), Adriano Moura (aqui), Deneval de Azevedo Filho (aqui), Arthur Soffiati (aqui), Cristina Lima (aqui) e Cristiano Pluhar (aqui), além do diretor teatral José Sisneiro (aqui), é a crítica à centralização administrativa de toda a política cultural de Campos na presidência da FCJOL. Para você, essa concentração de poder merece ser revista?
Vitor - Sim, precisa ser revista. Pelos evidentes perigos anti-democráticos que qualquer centralização oferece. Mais que isso: não foi devidamente explicado o esvaziamento das funções da natimorta secretaria de Cultura, que manteve o professor Orávio de Campos, uma referência a quem respeito e a quem a cidade deve muito, extremamente limitado em suas possibilidades de ação, até a extinção relâmpago da pasta.
Folha – Como encarou não só a negação, pelo rolo compressor governista, do pedido de audiência pública para debater a cultura de Campos (aqui), como a retirada da assinatura do seu pedido, na última hora, pela vereadora da situação Auxiliadora Freitas (PHS), em sequência ao esvaziamento da sessão do dia anterior, comandado (aqui) pela vereadora Linda Mara (PRTB), personagem também atuante nos corredores do Palácio da Cultura?
Vitor - Compreensível sob o ponto de vista do jogo menor da política, como estratégia para não legitimar um movimento feito pelo oponente, ao assumir uma agenda ditada por ele. Acontece todo dia, em todas as esferas de poder. E lamentável sob o ponto de vista da oportunidade que se perde para que se faça um debate democrático, no caso, sobre a cultura local. Foi mais um sintoma da má apropriação da questão pela armadilha da disputa entre oposição e situação.
Folha – Como a presidente da FCJOL propôs, em sua última entrevista, dá para resumir toda a discussão sobre a cultura com a exibição de um vídeo na Câmara, mas só “quando ficar pronto”, com as realizações do governo Rosinha no setor?
Vitor - Isso não seria debate. Seria propaganda. Não creio que a presidente da Fundação Cultural tenha realmente pretendido dizer isso. Deve ter se expressado mal.
Folha – Como a experiência do Cine Jornalismo da Aic, na exibição e debate de filmes com temas pertinentes à categoria, ao longo dos últimos cinco anos, tem contribuído com a atividade cultural da cidade? Acredita que essa experiência, como a de outros cineclubes, poderia servir de exemplo para as políticas públicas de cultura do município?
Vitor - O Cine Jornalismo AIC é muito específico e contribui pouco, mas é algo que fazemos com nossas parcas possibilidades, em cumprimento da nossa vocação institucional de promover o debate permanente sobre o papel do jornalismo e da comunicação. Tem sido um espaço mensal muito rico em discussões sobre a nossa realidade, inclusive cultural. Mas esperamos que nossa contribuição maior, junto com a Academia Campista de Letras, outras instituições e o próprio poder público, venha mesmo a ser o Festival Doces Palavras. Esta é uma grande aposta nossa. Sua pergunta também me dá oportunidade para ponderar sobre o que podem fazer outros agentes na área da cultura, para não ficarmos apenas nesta eterna lamentação sobre as ausências da Prefeitura. Na área do audiovisual, que você cita, por exemplo, a nossa realização é baixíssima, mesmo com instituições como a Uenf, que nos deve até hoje uma Escola de Cinema, e a UFF, que tem um curso de Cinema em Niterói. Na área privada, o que fazem os bancos no município além de nos cobrarem tarifas? Onde está a Caixa Cultural? Por que não temos um Centro Cultural Banco do Brasil? Ou um Itaú Cultural? E as empresas de telefonia? Quando houve aqui uma mostra do OI Futuro? Uma exceção recente ocorreu com a Ampla, ainda assim com o seu evento episódico, e não com uma política de investimento local permanente na área. Pegue qualquer política cultural pública bem sucedida e verá que ela se deu em uma ambiência privada favorável. Ainda estamos por fazer isso aqui.
Folha – Pergunta de Soffiati agregada (aqui) à pauta geral: se você fosse convidado a organizar o setor cultural de Campos, quais seriam as suas ações?
Vitor - Gostaria mesmo é de um dia ver um Soffiati organizando o setor cultural de Campos. Mas para não fugir da pergunta, creio que experimentaria uma democracia radical. Todo fim de tarde o Palácio da Cultura seria uma audiência pública. A Câmara de Vereadores nem precisaria convocar uma. Tenho maior vocação assembleística, herança dos meus tempos de movimento estudantil. Ia gostar mais de estar com os Cabruncos Livres no Jardim São Benedito discutindo os rumos da cultura do que engravatado buscando recursos em Brasília, até mesmo porque buscaria recursos com projetos consistentes e em relações institucionais. Falando um pouco mais sério, há também um certo cacoete autoritário na noção de que cultura se “organiza”. Há, no máximo, a criação de uma plataforma de ações que estimulam a criação, a pluralidade, a preservação da memória, a inclusão, o espírito artístico, a produção, a livre manifestação. E isso deve perpassar todas as áreas de um governo, porque cultura é algo grande demais para caber em uma pasta de cultura. Se o burocrata da área de finanças não entender a importância que a cultura tem para uma cidade, não vai funcionar, e assim também com outras secretarias. Cabe então ao governante ter essa sensibilidade maior, de tocar o governo neste sentido. Um belo exemplo é Berlim, que está desbancando Paris e Londres como nova referência cultural da Europa, justamente porque uma geração identificou que a cultura os redimiria e entendeu o valor de cada músico de esquina, de cada bar, de cada figuraça, de cada alma criativa, e adotou como slogan a admissão de ser uma cidade pobre, mas sexy, o que anda tão distante de Campos, uma cidade careta com sucessivos governos caretas.
Folha – Tendo como tema o atual cenário da cultura goitacá, se tivesse que traduzi-lo num conto, como seriam o início e o final?
Vitor - Seria difícil escapar do realismo mágico, especialmente na terra de José Cândido. Para caber numa resposta, prefiro então arriscar um mini-conto:
Presidente da AIC analisa a cultura da “Era dos Royalties”
Por Aluysio, em 06-10-2013 - 14h03
Jornalista, escritor e presidente da Associação de Imprensa
Campista (AIC), Vitor Menezes acredita que a política pública de cultura
do governo Rosinha Matheus é a mesma das gestões Arnaldo Vianna e
Alexandre Mocaiber, no que denominou como “Era dos Royalties”. Embora
concorde com as críticas mais fortes feitas pelo colega Ricardo André
Vasconcelos, em outra entrevista na Folha Dois com foco cultural, e
tenha considerado “infelizes” algumas declarações da presidente da
Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Patrícia Cordeiro,
numa entrevista recente em outro jornal, Vitor não considera o
comportamento dos gestores públicos locais uma exceção. No entanto,
criticou esse comportamento, cobrou promessas e propôs mudanças, entre
elas a descentralização administrativa da cultura goitacá. Para ele, o
maior crime cultural cometido nos últimos anos em Campos, “empreendido
no âmbito dos interesses privados”, foi o “assassinato do jornal Monitor
Campista”, no qual era articulista aos domingos.Folha Dois – Qual sua opinião sobre a cultura de Campos e as discussões que sobre ela têm se dado?
Vitor Menezes - Tenho acompanhado à distância, mas considero muito produtivo que este debate se dê. Campos por vezes se assemelha a um deserto, uma província conservadora com cada um cuidando dos seus mexericos e interesses menores, satisfeitos com as suas fotos nas colunas sociais, e então vez por outra algo significativo se move na paisagem. E aí a gente se anima de novo. Parece até que este é o sentido de ficar por aqui: estar a postos para quando se dá alguma oportunidade de oxigenação. No entanto, há um dado desalentador quando se percebe que uma discussão tão séria e necessária como esta sempre se torna vítima da polaridade crônica que as prefeituras de cidades médias e pequenas exercem no cenário local, com a consequente partidarização e “fulanização” dos temas. Como presidente da AIC, creio que seja minha obrigação lembrar, por exemplo, que o maior crime contra a cultura de Campos cometida nos últimos anos foi o assassinato do jornal Monitor Campista, empreendida no âmbito dos interesses privados, como ocorreu com o antigo Trianon, e sob inexplicável omissão do poder público. Não houve situação, oposição ou qualquer outra força social que percebesse a gravidade do que estava ocorrendo. Permitimos que uma publicação de quase duzentos anos se perdesse. Uma cidade assim vai demorar a poder falar seriamente sobre cultura.
Folha – Em comentário nas redes sociais, você afirmou assinar embaixo de tudo do que disse o também jornalista Ricardo André Vasconcelos, na entrevista dele (aqui) sobre a cultural local. Tudo não é muita coisa?
Vitor - Embora, claro, eu tenha lido a entrevista, em se tratando de Ricardo André a gente poderia concordar até sem ler. Ele é um dos mais íntegros jornalistas que conheço e seu espírito público é o que falta em muitos políticos. Creio até que seria um bom vereador, se ainda houvesse ambiente político na cidade para eleger gente como ele. Uma das maiores satisfações profissionais que tenho foi ter dividido com ele a, digamos, bancada do programa “Mercearia Campista”, que fazíamos na Mult TV.
Folha – O lead daquela entrevista foi definido numa declaração forte do Ricardo: “Cultura no governo Rosinha, só o da gastança”. Ainda que, diferente dele, você não se mostre, enquanto blogueiro, afeito à conferência das despesas municipais publicadas em Diário Oficial, o que pensa sobre essa sentença?
Vitor - De fato não tenho a paciência que o Ricardo tem para os números municipais, o que é apenas uma das minhas muitas falhas profissionais. Mas não é difícil concordar e fazer apenas um adendo: essa também foi a cultura de todos os governos que antecederam ao atual, se tomarmos o período da Era dos Royalties do Petróleo. Ou alguém pode se esquecer do que foi o governo Arnaldo, ou o governo Mocaiber? Mais uma vez, reduzir a questão ao simulado duelo entre oposição e situação em Campos é improdutivo sob o ponto de vista analítico. Padecemos há décadas de um ambiente transparente.
Folha – Outra denúncia forte do Ricardo foi afirmar que a política de shows da Prefeitura é pensada e executada no sentido de se levar pessoas às ruas para criar um clima permanente de campanha. Vê da mesma maneira?
Vitor - É engraçado como o óbvio em Campos às vezes soa como “denúncia forte”. O Ricardo só falou o que todos sabemos. Só que, infelizmente, torna-se mais uma vez necessário o adendo de que essa não é uma exclusividade de Campos e nem mesmo do atual governo, o que de forma alguma abona a cidade e a sua gestão do momento, mas abre a perspectiva para pensarmos porque as coisas funcionam deste modo e o que temos feito ou deixado de fazer para reagirmos.
Folha – Ricardo também afirmou ser necessário “despatricizar” a discussão da cultura goitacá. Em sua visão, qual o limite entre a política cultural do governo Rosinha e seu cumprimento por quem foi tornado único poder central da cultura municipal, a partir da última reforma administrativa?
Vitor - Se há tanta insistência em focar a análise no governo Rosinha, o que é até compreensível em virtude dele ser o que está em curso, prefiro então outra ferramenta: a análise do Plano de Governo apresentado pela então candidata ainda para o seu primeiro mandato. Há, nele, 20 itens na área da Cultura. Sugiro à Folha, como pauta, verificar o que dali foi feito, o que não foi feito e o que foi feito parcialmente. Há, de fato, itens onde houve avanço, como a “reestruturação do Carnaval” e a conclusão do restauro do Museu de Campos, ainda que se possa fazer críticas a aspectos que envolvam a ambos. Mas há outros que não, como a “reedição de obras antológicas” de Lamego e outros autores, ou o aproveitamento das antigas estações ferroviárias. E há ainda os que poderiam ficar na categoria do “parcialmente”, como a Bienal do Livro, que tem o mérito de continuar a ser realizada, o que em si mesmo é uma conquista, dado o histórico de rupturas de projetos entre governos, mas que ainda precisa melhorar para atingir níveis propostos pelo próprio plano de governo apresentado.
Folha – Fica mais difícil atender essa “despatricização” quando a presidente da FCJOL concede uma entrevista em outro jornal (aqui), em resposta clara a esta série de entrevistas da Folha Dois, e já abre dizendo: “Eu não estou aqui para me defender, não preciso disso e nem o governo”?
Vitor - É uma frase lamentável. Infeliz mesmo. Talvez ela mesma repense isso em algum outro momento. Mas o fato é que a cultura política que temos é essa: o gestor público brasileiro, de modo geral, se considera em condição de mando, não na condição de subalterno dos interesses maiores da cidadania. Então cunha expressões como essas, como se não precisasse prestar contas, demonstrando um fastio em relação às cobranças e sempre utilizando a estratégia de tentar desqualificar quem o questiona. E em Campos, terra onde a herança escravocrata se faz tão presente, não haveremos de nos surpreender com arroubos autoritários, tanto no poder público quanto nas empresas, nos condomínios, nas relações domésticas.
Folha – Numa outra entrevista da presidente da FCJOL, dada anteriormente a um site local (aqui), ela havia afirmado que “todas as vertentes da cultura têm sido atendidas”, ao que outro entrevistado da Folha Dois, o diretor de teatro Antonio Roberto Kapi, respondeu com veemência (aqui): “É mentira!”. Como saber quem está mais próximo à verdade?
Vitor - O problema é o conceito de “atendida”, que é parente próximo do conceito de “clientela”. O governante, até por razões eleitorais, pode ser tentado a acreditar que seu papel é “atender” às demandas que lhe são apresentadas, sofregamente, de mo-do a deixar o máximo de setores contemplados, sem que se tenha uma noção de conjunto e um planejamento democrático e plural, que é fruto do debate republicano, não dos pedidos de gabinete. Por isso, uma das propostas que a Associação de Imprensa Campista fez na audiência da Lei Orgânica do Município foi justamente a dos editais da Cultura, para tornar impessoais essas relações e não tratarmos mais de “atendimentos”. Agora mesmo, na ausência de uma política de editais, a própria AIC e a Academia Campista de Letras se vêem na condição de proponentes de um projeto, feito à Secretaria de Desenvolvimento e Turismo, de criação do que estamos chamando de “FDP!”, Festival Doces Palavras, uma feira nos anos ímpares que misture a cultura do doce com a produção literária, em um local aberto e de modo mais informal que uma Bienal, que seria mantida nos anos pares. Não gostaríamos que uma sugestão como esta, que é para toda a cidade e para as futuras gerações, fosse reduzida ao “atendimento” de uma clientela. Tenho muita esperança que esta ideia dê certo e que sobreviva a qualquer falso debate entre oposição e situação, como de forma positiva ocorreu com a Bienal.
Folha – Um ponto unânime não só entre Ricardo e Kapi, mas também para os professores Artur Gomes (aqui), Adriano Moura (aqui), Deneval de Azevedo Filho (aqui), Arthur Soffiati (aqui), Cristina Lima (aqui) e Cristiano Pluhar (aqui), além do diretor teatral José Sisneiro (aqui), é a crítica à centralização administrativa de toda a política cultural de Campos na presidência da FCJOL. Para você, essa concentração de poder merece ser revista?
Vitor - Sim, precisa ser revista. Pelos evidentes perigos anti-democráticos que qualquer centralização oferece. Mais que isso: não foi devidamente explicado o esvaziamento das funções da natimorta secretaria de Cultura, que manteve o professor Orávio de Campos, uma referência a quem respeito e a quem a cidade deve muito, extremamente limitado em suas possibilidades de ação, até a extinção relâmpago da pasta.
Folha – Como encarou não só a negação, pelo rolo compressor governista, do pedido de audiência pública para debater a cultura de Campos (aqui), como a retirada da assinatura do seu pedido, na última hora, pela vereadora da situação Auxiliadora Freitas (PHS), em sequência ao esvaziamento da sessão do dia anterior, comandado (aqui) pela vereadora Linda Mara (PRTB), personagem também atuante nos corredores do Palácio da Cultura?
Vitor - Compreensível sob o ponto de vista do jogo menor da política, como estratégia para não legitimar um movimento feito pelo oponente, ao assumir uma agenda ditada por ele. Acontece todo dia, em todas as esferas de poder. E lamentável sob o ponto de vista da oportunidade que se perde para que se faça um debate democrático, no caso, sobre a cultura local. Foi mais um sintoma da má apropriação da questão pela armadilha da disputa entre oposição e situação.
Folha – Como a presidente da FCJOL propôs, em sua última entrevista, dá para resumir toda a discussão sobre a cultura com a exibição de um vídeo na Câmara, mas só “quando ficar pronto”, com as realizações do governo Rosinha no setor?
Vitor - Isso não seria debate. Seria propaganda. Não creio que a presidente da Fundação Cultural tenha realmente pretendido dizer isso. Deve ter se expressado mal.
Folha – Como a experiência do Cine Jornalismo da Aic, na exibição e debate de filmes com temas pertinentes à categoria, ao longo dos últimos cinco anos, tem contribuído com a atividade cultural da cidade? Acredita que essa experiência, como a de outros cineclubes, poderia servir de exemplo para as políticas públicas de cultura do município?
Vitor - O Cine Jornalismo AIC é muito específico e contribui pouco, mas é algo que fazemos com nossas parcas possibilidades, em cumprimento da nossa vocação institucional de promover o debate permanente sobre o papel do jornalismo e da comunicação. Tem sido um espaço mensal muito rico em discussões sobre a nossa realidade, inclusive cultural. Mas esperamos que nossa contribuição maior, junto com a Academia Campista de Letras, outras instituições e o próprio poder público, venha mesmo a ser o Festival Doces Palavras. Esta é uma grande aposta nossa. Sua pergunta também me dá oportunidade para ponderar sobre o que podem fazer outros agentes na área da cultura, para não ficarmos apenas nesta eterna lamentação sobre as ausências da Prefeitura. Na área do audiovisual, que você cita, por exemplo, a nossa realização é baixíssima, mesmo com instituições como a Uenf, que nos deve até hoje uma Escola de Cinema, e a UFF, que tem um curso de Cinema em Niterói. Na área privada, o que fazem os bancos no município além de nos cobrarem tarifas? Onde está a Caixa Cultural? Por que não temos um Centro Cultural Banco do Brasil? Ou um Itaú Cultural? E as empresas de telefonia? Quando houve aqui uma mostra do OI Futuro? Uma exceção recente ocorreu com a Ampla, ainda assim com o seu evento episódico, e não com uma política de investimento local permanente na área. Pegue qualquer política cultural pública bem sucedida e verá que ela se deu em uma ambiência privada favorável. Ainda estamos por fazer isso aqui.
Folha – Pergunta de Soffiati agregada (aqui) à pauta geral: se você fosse convidado a organizar o setor cultural de Campos, quais seriam as suas ações?
Vitor - Gostaria mesmo é de um dia ver um Soffiati organizando o setor cultural de Campos. Mas para não fugir da pergunta, creio que experimentaria uma democracia radical. Todo fim de tarde o Palácio da Cultura seria uma audiência pública. A Câmara de Vereadores nem precisaria convocar uma. Tenho maior vocação assembleística, herança dos meus tempos de movimento estudantil. Ia gostar mais de estar com os Cabruncos Livres no Jardim São Benedito discutindo os rumos da cultura do que engravatado buscando recursos em Brasília, até mesmo porque buscaria recursos com projetos consistentes e em relações institucionais. Falando um pouco mais sério, há também um certo cacoete autoritário na noção de que cultura se “organiza”. Há, no máximo, a criação de uma plataforma de ações que estimulam a criação, a pluralidade, a preservação da memória, a inclusão, o espírito artístico, a produção, a livre manifestação. E isso deve perpassar todas as áreas de um governo, porque cultura é algo grande demais para caber em uma pasta de cultura. Se o burocrata da área de finanças não entender a importância que a cultura tem para uma cidade, não vai funcionar, e assim também com outras secretarias. Cabe então ao governante ter essa sensibilidade maior, de tocar o governo neste sentido. Um belo exemplo é Berlim, que está desbancando Paris e Londres como nova referência cultural da Europa, justamente porque uma geração identificou que a cultura os redimiria e entendeu o valor de cada músico de esquina, de cada bar, de cada figuraça, de cada alma criativa, e adotou como slogan a admissão de ser uma cidade pobre, mas sexy, o que anda tão distante de Campos, uma cidade careta com sucessivos governos caretas.
Folha – Tendo como tema o atual cenário da cultura goitacá, se tivesse que traduzi-lo num conto, como seriam o início e o final?
Vitor - Seria difícil escapar do realismo mágico, especialmente na terra de José Cândido. Para caber numa resposta, prefiro então arriscar um mini-conto:
Escolha inevitável
Caminhando sobre o dique do rio Paraíba,
braços abertos na aerodinâmica do vento nordeste, ele oscilava entre se
atirar na água, e ganhar o Atlântico, ou se jogar no asfalto da XV de
Novembro, e morrer atropelado por uma van Centro-Nova Brasília sob a
Ponte Rosinha. Tomou a sua decisão quando passou pelo Teatro de Bolso. E
você, que estava lá, sabe qual foi.
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