Cerca de 15 mil pessoas em manifestação na Praça São Salvador
O ato em defesa dos royalties na Praça São Salvador uniu políticos da oposição e da situação. Porém, quando os ataques foram maiores do que a defesa dos royalties, os quatro vereadores da oposição optaram por descer do palanque. “Os discursos ficaram muito políticos. Culparam o PT, o governador e, sinceramente, não era esse o espírito da manifestação”, disse o vereador Marcão (PT), que estava ao lado dos três companheiros de oposição, Fred Machado (PSD), Rafael Diniz (PPS) e Nildo Cardoso (PMDB).
Já a prefeita Rosinha (PR) fez questão de frisar que não havia uma única cor. “Nosso palanque não é cor de rosa. Políticos dos mais variados partidos foram convidados. Não estamos aqui pensando em votos”, afirmou a prefeita. O discurso mais duro foi o do deputado federal Paulo Feijó (PR), que disparou: "O primeiro inimigo de Campos é o PT de Lula e o segundo inimigo é o governador Sérgio Cabral", enfatizou.
De acordo com o Comandante do 8° BPM, tenente-coronel Jonei Sardenberg Pestana, cerca de 15 mil pessoas compareceram na Praça São Salvador para manifestar a redistribuição.
Além da prefeita de Campos, o ato contou com os deputados federais Paulo Feijó (PR) e Anthony Matheus (PR), os deputados estaduais Geraldo Pudim (PR) e João Peixoto (PSDC) e a deputada Clarissa (PR).
Vereadores e secretários de municípios da região também participaram do evento, assim como representantes da sociedade civil organizada. “Nossas armas são nosso voz, o povo e a Constituição”, disse a deputada Clarissa.
O encontro reuniu prestadores de serviço contratados e conveniados, sociedade civil organizada, músicos, dançarinos, estudantes, entre outros cidadãos, que ouviram atentamente das autoridades presentes que a Constituição deve ser respeitada.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos, (Acic), Getúlio Almeida, a assinatura dos royalties foi realizada na Praça São Salvador há muitos anos e essa conquista não pode ser retirada. “A nossa luta é grande, mas temos aqui representantes políticos que estão lutando por nós, mas a união do povo como hoje aqui é muito importante”, disse Getúlio.
O presidente da Carjopa, Eduardo Chacur, disse que o momento é histórico. “Com esse movimento e com toda essa mobilização vamos ganhar no STF”, declarou.
O presidente do Sindicato dos Ceramistas, Amaro da Conceição também esteve presente e reforçou que royalties é um direito constitucional e com a nova distribuição dos royalties, municípios produtores ficarão comprometidos. “Estamos no caminho certo. O Brasil inteiro precisa saber que estamos mobilizados e não vamos deixar que nos tire o que é nosso de direito”, disse ele.
Alexandre Bastos e Jane Ribeiro