Gustavo Lima / Câmara dos Deputados |
O 13 de outubro decididamente não está sendo um bom dia para o (ainda) presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que desde o início do ano vem protagonizando a cena política nacional, mesmo todo mundo sabendo quem e o que ele é. No STF,m três liminares suspendem o rito de um eventual processo de impeachment da presidente Dilma, que tinha sido decidido por Cunha na semana passada. Hoje também, uma representação do PSOL e da Rede, endossada por 45 parlamentares de sete partidos foi protocolada na Comissão de Ética da Câmara pedindo a cassação de Cunha.
Eduardo Cunha, eleito pelo PMDB do Rio de Janeiro, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na operação lava jato. O Supremo Tribunal Federal deverá decidir, até o final do mês, se aceita a denúncia e aí o deputado vira réu ou arquiva. Além da denúncia, a partir da citação de um dos delatores da Operação Lava Jato de que teria pago a Cunha US$ 5 milhões para intermediar uma transação na Petrobras, Cunha é apontado como dono de várias contas na Suíça, além de outras em nome de sua mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz.
Além das derrotas de hoje no STF e do requerimento na Comissão de Ética, Eduardo Cunha também sofreu um revés junto aos partidos de oposição ao governo, especialmente o PSDB, que divulgaram uma nota pedindo seu afastamento da presidência da Casa. Esses partidos até hoje mantinham a sustentação política de Cunha na expectativa de que ele conseguisse aprovar o início do processo de impedimento de Dilma.
Veja a nota:Da Folha de S. Paulo |
Com informações da Agência Brasil, STF e Folha de S.Paulo