O juiz Glaucenir Oliveira, atualmente respondendo pela 100ª ZE, que determinou a prisão do ex-governador, denunciou tentativa de suborno por parte de intermediários de Garotinho e do filho Waldimir |
Se estava complicada, a situação do ex-governador e (ainda) secretário de Governo da Prefeitura de Campos, Anthony Garotinho (PR), ficou ainda pior com a denúncia, feita pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral, Glaucenir de Oliveira, de que teriam sido oferecidos a ele de R$ 1,5 milhão a R$ 5 milhões para evitar a prisão de Garotinho. A denúncia, narrada pelo juiz à Procuradoria Geral de Justiça do Estado já resultou em duas investigações, no Ministério Público e na Polícia Federal, por determinação do procurador geral da Justiça Eleitoral do RJ, Sidney Madruga (ver matéria no site do MPRJ aqui e abaixo).
Segundo a denúncia o ex-governador e o filho, Waldimir Matheus, teriam oferecido, por intermédio de terceiros “quantias milionárias” a pessoas conhecidas pelo juiz, com o objetivo de influenciar suas decisões, inclusive para evitar a prisão de ambos.
Internado no Hospital Quinta D´Or, no Rio de Janeiro, depois de tumultuada e dramática transferência do Hospital Souza Aguiar para o Complexo de Bangu, Garotinho foi preso na quarta-feira por determinação do juiz Glaucenir no processo que apura o uso do cheque-cidadão na compra de votos na eleição em Campos este ano. Segundo o Jornal Hoje, da Rede Globo, os advogados de Garotinho e Wladimir anunciaram que vão representar judicialmente contra o juiz, por "denunciação caluniosa".
Pelo visto, essa história vai longe e, enquanto isso, a Prefeitura de Campos continua sem comando, porque, aliás, a prefeita (ainda) Rosinha está já há 30 dias sem vir à cidade, dando a dimensão da falta que faz.
PRE/RJ quer inquérito urgente contra Garotinho e um de seus filhos
Pedidos à PF e MP-RJ se baseiam em fatos mencionados por juiz em Campos
A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) requereu à Polícia Federal que instaure um inquérito para apurar recentes condutas do ex-governador Anthony Garotinho e de seu filho Wladimir Matheus. A PRE quer que a Delegacia de Defesa Institucional da PF-RJ investigue fatos narrados pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, segundo o qual eles teriam oferecido, por intermédio de terceiros, “quantias milionárias” a pessoas conhecidas pelo juiz, com o objetivo de influenciar suas decisões, inclusive para evitar a prisão de ambos.
Em ofício encaminhado na noite de ontem (18/11) à chefia da Delinst, o procurador regional eleitoral Sidney Madruga ressalta a gravidade dos fatos apontados, que configurariam um caso explícito de corrupção. Expedido dentro de investigação de possíveis crimes eleitorais do grupo político liderado por Garotinho, o mandado de prisão do ex-governador foi cumprido no último dia 16 em decorrência de investigações do Ministério Público Eleitoral e da PF.
“Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministerio Publico e Policia Federal, pois a situação retratada pelo Magistrado é extremamente grave", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga, que menciona que as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões em troca de decisões judiciais favoráveis aos investigados.
Na noite desta 6ª feira, a PRE também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ). No ofício ao procurador-geral de Justiça Marfan Vieira, o procurador eleitoral pede que a Promotoria em Campos tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos por pai e filho. No ofício ao presidente do TRE, a PRE dá ciência da abertura iminente de um inquérito da Polícia Federal para apurar os fatos narrados pelo juiz em Campos.
Em ofício encaminhado na noite de ontem (18/11) à chefia da Delinst, o procurador regional eleitoral Sidney Madruga ressalta a gravidade dos fatos apontados, que configurariam um caso explícito de corrupção. Expedido dentro de investigação de possíveis crimes eleitorais do grupo político liderado por Garotinho, o mandado de prisão do ex-governador foi cumprido no último dia 16 em decorrência de investigações do Ministério Público Eleitoral e da PF.
“Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministerio Publico e Policia Federal, pois a situação retratada pelo Magistrado é extremamente grave", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga, que menciona que as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões em troca de decisões judiciais favoráveis aos investigados.
Na noite desta 6ª feira, a PRE também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ). No ofício ao procurador-geral de Justiça Marfan Vieira, o procurador eleitoral pede que a Promotoria em Campos tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos por pai e filho. No ofício ao presidente do TRE, a PRE dá ciência da abertura iminente de um inquérito da Polícia Federal para apurar os fatos narrados pelo juiz em Campos.
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