terça-feira, 10 de novembro de 2015

GERALDO VENÂNCIO CONFIRMADO NA SECRETARIA DE SAÚDE

Foto:Campos 24 horas


O médico e ex-vereador Geraldo Venâncio é, de novo, secretário de Saúde do Município. Ele substitui Chicão Oliveira, oficialmente, a pedidos.
Conforme o Blog lembrou aqui no último dia 29, Chicão não é o primeiro vice-prefeito a ser exonerado no reino dos Garotinho. Em 1990, o então prefeito Garotinho demitiu seu vice, o médico Adilson Sarmet, que dirigia o Hospital Ferreira Machado.
Aliás, a Secretaria de Saúde já foi excelente catapulta eleitoral. De lá saíram para vitórias nas urnas, Arnaldo Vianna, Alexandre Mocaiber, Alcione Athayde, Edson Batista, Wilson Cabral, entre outros.
Hoje é a missão mais espinhosa do governo e que acaba de enterrar os planos do vice que queria disputar a eleição de titular.
Que Geraldo Venâncio tenha mais sorte e mais autonomia.

Veja mais no Blog de Suzy Monteiro.

domingo, 8 de novembro de 2015

O FUTURO DO MINISTÉRIO PÚBLICO


Artigo do CampiSta claudio henRique da cruZ viana, publicado na página 15 da edição de hoje em o globo:



POR 
Podemos dizer que há dois tipos de instituições com trajetórias marcadamente distintas no Brasil. Há aquelas que se tornaram melhores e mais úteis com a passagem do tempo, e as que gradualmente deixaram de contar com a confiança da sociedade, ao ponto de terem sua real representatividade posta em dúvida em tempos recentes.
O Ministério Público tem conseguido se manter no grupo das instituições mais confiáveis, mesmo frente ao mal-estar e à crise de confiança que se dissemina na sociedade brasileira desde as manifestações de 2013. Existem duas possíveis explicações para tanto: as histórias protagonizadas pelo Ministério Público produzem empatia e identificação com os anseios sociais mais urgentes; o Ministério Público canaliza a aspiração universal de que a Justiça deve ser para todos.
Uma das histórias pelas quais certamente o Ministério Público será lembrado no futuro está sendo contada hoje, no curso da denominada Operação Lava-Jato. Sem a pretensão de antecipar o desfecho desta história, ainda incerto e imprevisível, desde logo é possível vislumbrar um conjunto de inovações importantes que podem ser replicadas e aperfeiçoadas em outras esferas da instituição, em prol de resultados transformadores e sustentáveis.
Fazem parte destas inovações o trabalho em equipe, onde é possível compartilhar talentos, forças e informações. O uso intensivo da tecnologia e da inteligência colaborativa para enxergar o que antes era opaco ou deliberadamente oculto por sofisticadas organizações criminosas. O planejamento estratégico da operação, engenhosamente calculado para confrontar adversários muitas vezes mais poderosos. A transparência solar como vacina contra tenebrosas transações. O interesse público como princípio, meio e fim. A cooperação e a unidade de propósito entre a força tarefa e a liderança institucional.
Sabemos que, ainda assim, será preciso ir além para obtermos sucesso. O resultado efetivo do trabalho do Ministério Público, em grande parte, depende do diálogo com outras instituições. Afinal, do que adianta a propositura de inúmeras ações se tais iniciativas não encontrarem no Judiciário a acolhida que dará concretude às medidas postuladas? Ou se o Poder Executivo se recusar a implementar as políticas públicas necessárias ao pleno cumprimento das decisões judiciais obtidas pelo MP em prol dos cidadãos? E, mais, se a sociedade não estiver concordando e participando de tais iniciativas?
São questões que precisarão ser colocadas e devidamente respondidas. Certamente, as respostas serão complexas como são as perguntas, mas passarão pelo diálogo e absorção das melhores práticas de inovação tecnológica, governança ética e liderança pelo exemplo.
O Ministério Público, ao estabelecer objetivos elevados para si mesmo, construindo histórias que inspirem orgulho e esperança nos cidadãos brasileiros, poderá também influir para a elevação do padrão ético que a sociedade brasileira, em suas mais recentes manifestações, tem deixado claro que deseja.

Cláudio Henrique da Cruz Viana é procurador de Justiça

CAMPOS 2016: PESQUISA MOSTRA "INELEGÍVEL" NA FRENTE E GAROTISTAS MAL NA FITA

Arnaldo Vianna, PDT, ex-prefeito e que concorreu as últimas eleições com pendências judiciais, lidera a pesquisa divulgada hoje na edição impressa da Folha da Manhã (veja abaixo) e realizada nos entre os dias 22 e 24 de outubro pelo Instituto PRO4. Na pesquisa estimulada, quando é apresentado uma lista com os nomes dos candidatos, Arnaldo teve 42,5% das intenções de votos, o que mais que a soma de todos os outros juntos, o que significaria ganhar o pleito no primeiro turno.Mas o próprio ex-prefeito tem admitido que só concorreria se não tivesse mais nenhuma pendência judicial, o que a esta altura, parece impossível e, portanto, pode-se considerar Arnaldo inelegível. Mas será que ele transfere votos?
Com Arnaldo ou sem Arnaldo, um dado que chama atenção na pesquisa é a baixíssima citação dos dois candidatos do grupo garotista: Na estimulada, o atual vice-prefeito Chicão Oliveira (PP), teve 4% das intenções e o vereador Mauro Silva (PT do B), 0,7%. Na espontânea, o resultado foi ainda pior para a grupo que está no poder.
Na oposição, por sua vez, a pesquisa mostra uma realidade que se vê no dia-a-dia: indefinição.

Da Folha da Manhã deste domingo (aqui)

Foto da arte publicada na capa da Folha da Manhã deste domingo, 08/11/2015

Arnaldo levaria no 1º turno se sucessão de Rosinha fosse hoje

Aluysio Abreu Barbosa
Se a sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR) fosse hoje e seu antecessor Arnaldo Vianna (PDT) tivesse condições jurídicas de concorrer, ele teria uma diferença na intenção dos votos válidos tão superior aos demais pré-candidatos, que levaria a eleição ainda no primeiro turno. Foi o que apontou a última pesquisa do Pro4, feita entre 22 e 24 de outubro, ouvindo 981 pessoas das sete zonas eleitorais do município, primeira consulta do instituto sobre a eleição de prefeito de Campos em 2016. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou menos.
Na espontânea, Arnaldo lidera com 19,2%, seguido de longe pela própria Rosinha, com 3,2%, que não pode ser candidata pela terceira vez, nem ter nenhum parente concorrendo à sua sucessão. Em terceiro lugar, aparece o vereador de oposição Rafael Diniz (PPS), com 1,8%; acompanhado do vereador “independente” Alexandre Tadeu (PRB), o “Tô Contigo”, com 1,6%. Pré-candidato governista a prefeito mais bem colocado, o atual vice, além de secretário municipal de Saúde, Dr. Chicão de Oliveira (PP), surge em quinto, com 1,2%. Ex-governista, o deputado estadual Geraldo Pudim (PMDB) vem em sexto, com 1,1%, à frente do vereador “independente” Gil Vianna (PSB), do deputado estadual João Peixoto (PSDC) e do vereador de oposição Nildo Cardoso (PMDB), os três com 0,9%.
Marido da prefeita e seu secretário de Governo, Anthony Garotinho (PR) também foi citado na espontânea, mesmo que, como ela, não possa concorrer. O ex-governador, ex-prefeito e ex-deputado federal e estadual ficou com 0,2% das intenções de voto em sua cidade natal, exato 0,1 ponto percentual à frente de Beto Cabeludo, candidato a vereador derrotado no último pleito municipal, e da presidente Dilma Rousseff (PT), que enfrenta muitas dificuldades para continuar no comando do Brasil, mas ainda assim é lembrada para governar Campos. Fungando no cangote de Garotinho, Cabeludo e Dilma tiveram 0,1%.
Mas é na pesquisa estimulada que a vantagem de Arnaldo permite apontar sua vitória em primeiro turno único, caso a eleição fosse hoje. Com 42,5% de intenções de voto, se excetuados os 9,3% de brancos e nulos e os 13,8% que não souberam ou não responderam, o ex-prefeito de Campos chegaria a impressionantes 55,2% dos votos válidos, liquidando a fatura sem necessidade de segundo turno.
Com menos votos, assim como menos problemas na Justiça Eleitoral, o segundo colocado na consulta estimulada, com Arnaldo no páreo, foi Tadeu Tô Contigo, com 8,3%; seguido de Pudim (5,7%), Rafael (4,5%), Peixoto (4,1%), Chicão (4%), Gil (3%), o deputado estadual Papinha (2,2%), Nildo (1,9%) e do líder da bancada rosácea, vereador Mauro Silva (1%). A soma de 5% dos dois principais pré-candidatos governistas, além de Arnaldo, é também inferior aos percentuais de intenção de voto individuais de Tô Contigo e Pudim.
Sem Arnaldo na disputa, foi montado um cenário B na pesquisa estimulada. Nele, além do vereador do PRB e do novo deputado estadual do PMDB, Rafael Diniz também aparece puxando a disputa. Líder da corrida sucessória com boa vantagem, Tô Contigo surge com 14,6%, seguido por Pudim e Rafael, juntos no empate exato de 8,2%. Depois deles, surge João Peixoto (7,1%), Gil Vianna (6,3%), Dr. Chicão (4,9%), Papinha (3,7%), Nildo Cardoso (3,5%) e Mauro Silva (1,5%). Sem Arnaldo, a soma das intenções de voto de Chicão e Mauro (6,4%) é inferior ao alcançado individualmente não só por Tô Contigo e Pudim, como também por Rafael e João Peixoto.
Se Arnaldo não puder participar e a sucessão de Rosinha não for definida em turno único, a rejeição é sempre considerada fator principal para quem chegar ao segundo com chances de vencê-lo. Neste quesito negativo, quem lidera com folga é Pudim (24,7%), seguido do próprio Arnaldo (10,3%), Chicão (8,6%), Papinha (6%), Clodomir Crespo (4,8%), Peixoto (4,5%), Gil (4%), Tô Contigo (3,1%), Nildo (2,5%) e Mauro (2,2%). Entre os citados, a menor rejeição e consequente maior possibilidade de vitória num eventual segundo turno é de Rafael Diniz. Apenas 0,9% dos campistas não votariam nele.
Rafael e Papinha menos conhecidos 
Além da rejeição, que impede o crescimento do candidato durante a campanha, podendo definir sua sorte, como foi o caso de Anthony Garotinho na eleição a governador de 2014, quando não conseguiu nem chegar ao segundo turno, outro fator fundamental à conquista de novos eleitores é o conhecimento que o eleitorado tem do candidato. Em tese, quanto menos conhecido, maior a chance de crescimento durante o processo eleitoral, à medida em que a campanha for massificando a imagem de cada político, suas ideias e propostas junto ao eleitor.
Na medição desse quesito, o instituo Pro4 saiu mais uma vez na frente nas pesquisas em Campos. Líder inconteste da consulta, tanto espontânea, quanto estimulada, e prefeito duas vezes de Campos, Arnaldo Vianna é bem conhecido por 79,3% do eleitorado goitacá, não muito por 0,7%, dele ouviram falar 17,4%, enquanto apenas 2,5% afirmaram não conhecê-lo.
Por sua vez, Tadeu Tô Contigo, popular apresentador de TV, além de vereador, é bem conhecido por 54,6% da população. Candidato a prefeito de Campos duas vezes, 47,3% dos eleitores conhecem bem Gerado Pudim, percentual que cai para 35,9% em relação a João Peixoto, mesmo deputado estadual cinco vezes; e para 30,9% quanto a Gil Vianna, vereador em segundo mandato.
Entre os governistas, Dr. Chicão de Oliveira, que compôs por duas vezes a chapa vencedora com a prefeita Rosinha, é bem conhecido por 31,1% dos campistas. Já quanto a Mauro Silva, vereador de primeiro mandato, só 20,2% do eleitorado disseram conhecê-lo bem.
Se o baixo percentual de conhecimento de Mauro dá chance ao crescimento de sua eventual candidatura, as possibilidades neste sentido são ainda maiores para Rafael Diniz e Papinha. Apenas 17,3% do eleitorado afirmaram conhecem bem o jovem vereador de oposição em primeiro mandato, percentual que cai para 15,6% quanto ao ex-vereador rosáceo, mas atual deputado estadual do bloco antigarotista.
08/11/2015 11:13