Abandonada pelos cinco companheiros da oposição, a vereadora Odisséia Carvalho (PT) busca apoio junto à bancada governista para conseguir as assinaturas necessárias para instalação de uma CPI para investigar os gastos com recursos dos royalties nos últimos vinte anos.
O artigo 32 da Lei Orgânica diz que "As comissões parlamentares de inquérito terão poderes de investigação, além de outros previstos no Regimento Interno da Câmara Municipal, e serão criadas mediante requerimento de 1/3 (um terço) dos membros do Legislativo, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores".
Rosinha deveria liberar a sua bancada para instalação da CPI. Como são necessárias seis assinaturas, se cinco aliados da prefeita assinarem o requerimento, eles é que indicarão os integrantes da CPI, e mesmo se a presidência ficar com a vereadora-autora do requerimento, eles terão maioria na comissão e poderão devassar os governos adversários, de Mocaiber e Arnaldo Vianna, e "fechar os olhos" para os gastos nos últimos 14 meses e meio, desde a posse da prefeita.
Já mostrei aqui, com dados do site
Info Royaties e arte emprestada do Blog do
Herval Júnior,que dos R$ 6,3 bilhões que Campos recebeu de royalties e participação especial nos últimos 10 anos, R$ 3,4 bilhões foram recebidos e torrados nos três anos e meio do (des)governo Mocaiber e outros R$ 1,7 bilhão nos sete anos da dupla Arnaldo/Ilsan. Garotinho, Sérgio Mendes e Carlos Alberto Campista (este último ficou pouco mais de 100 dias no cargo) administraram uma ninharia perto dos dois outros ex-prefeitos.
Portanto, Rosinha pode até ficar bem na fita se liberar sua bancada para assinar o requerimento da CPI. Daria uma satisfação à sociedade local e até nacional e ainda teria o controle da comissão em suas mãos para só desenterrar o que interessa.