Ricardo Stuckert/Instituto Lula | ||
O ex-presidente Lula dá entrevista no Rio de Janeiro, ao lado do governador Pezão |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (3) que a "insanidade" e "loucura" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não podem prevalecer no debate sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Após reunião com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, o ex-presidente se disse "indignado" com o acolhimento do pedido de afastamento da presidente decidido por Cunha.
"Me sinto indignado com o que estão fazendo com o país. A presidente está fazendo um esforço incomensurável para fazer reformas. Mas o presidente da Câmara me parece que tomou a decisão de não se preocupar com o Brasil. As reformas estão demorando demais. O brasileiro está ansioso para que a economia volte a crescer", disse Lula, em entrevista coletiva ao lado de Pezão.
Lula atacou o presidente da Câmara. Afirmou que Cunha tomou sua decisão para se vingar do governo, após o PT decidir votar a favor da abertura do processo no Conselho de Ética contra o peemedebista.
"O impeachment não tem nenhuma sustentação legal. Parecia que o país estava andando para a normalidade. No dia em que a presidente aprova a meta fiscal, ela recebe como prêmio um gesto de insanidade como esse. Não podemos permitir que a insanidade de Cunha prevaleça. [...] Não podemos subordinar o país inteiro a uma visão corporativa, pessoal e de vingança do presidente da Câmara", disse o petista.
O ex-presidente disse não crer que Dilma tenha negociado com o presidente da Câmara votos em favor dele no Conselho de Ética em troca de apoio à criação da CPMF. A versão foi divulgada nesta quinta pelo peemedebista.
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