A nota abaixo foi publicada ontem no Blog Urgente! e assinada pelo precavido jornalista Vitor Menezes. Portanto, merece crédito.
Eu, como um dos editores do jornal, fiquei lá até às 19h de sexta-feira e não ouvi nem boato de corredor sobre o polêmico assunto. Portanto, a opinião que emitir será baseada, fundamentalmente, na informação do Urgente!:
Se autoridades municipais estão imbuídas numa espécie de operação na tentativa de "salvar o Monitor Campista", não é comprando o prédio e mantendo o título ao mesmo tempo em que transforma o jornal em Diário Oficial, que vai obter êxito. Segundo o Urgente, não estaria definido ainda se seria mantida "uma redação para o “Monitor Campista – Diário Oficial”, com a publicação de conteúdo jornalístico.
Isso já foi feito durante décadas. Era assim: O jornal publicava os atos oficiais e nas páginas de notícias, os releases da Prefeitura.E justamente quando passou, nos últimos oito, dez anos, a ensair uma linha informativa, crítica até, despertou a atenção de quem pensava que o "velho órgão" já era patrimônio privativo dos ocupantes do poder (quem quer que fosse") e passou a disputar o mercado, nas bancas, anunciantes e assinantes.
Isso desagradou não só concorrência, como também aos políticos que só pensam nas próximas eleições e que, das próximas décadas só esperam bonança e se lixam para a história.
A solução para o Monitor não pode estar nas mãos só da Prefeitura ( ou melhor, do grupo político que a detém), e sim da sociedade campista e de suas instituições representativas, seja de classes ou comunitárias ou clubes de serviço. O jornal só continuará de pé se interessar à sociedade ter uma terceiro veículo, uma terceira opinião, uma terceira visão do que acontece na cidade.
Resta saber se as instituições que "representam" Campos, entorpecidas e sequestradas pelos milhões dos royalties, querem discutir o futuro, querem ficar frente-a-frente com o presente sem se envergonharem de suas ações ou omissões.
Municipalizar o Monitor é o mesmo que assassiná-lo. Não estou defendendo só o emprego de dezenas de colegas, muitos que há décadas levaram o jornal nas costas, mesmo antes dos últimos tempos, que foram de bonança.
A nota publicada no Urgente! abre o debate. E que seja um debate produtivo, sem as simplicações fáceis que costumam resumir essas questões que mobilizam as duas maiores aspirações de gente pequena de espírito: poder e dinheiro.
Abaixo a nota do Urgente!
Sábado, Setembro 26, 2009
Prefeitura estuda compra da sede e do título do Monitor Campista
Autoridades do município estão envolvidas em uma tentativa de salvar o Monitor Campista. O fim do jornal, como empresa do grupo Diários Associados e com a linha editorial atual, é dada como certa, mas tenta-se, ao menos, preservar o título histórico.
A fórmula que está praticamente acertada é a de que a Prefeitura de Campos compre o prédio do jornal, na rua João Pessoa, e fique com o título, que passaria a usar para publicação dos atos oficiais, com o nome “Monitor Campista – Diário Oficial”.
A definição por esta opção ainda depende da verificação do interesse de algum comprador privado, mas a tendência mais forte é a de que o jornal passe mesmo para as mãos do município.
Nenhuma hipótese é oficialmente assumida na Prefeitura. Admite-se apenas que estão sendo feitos “estudos” para salvar o Monitor, que em 2009 completou 175 anos e é o terceiro mais antigo do Brasil ainda em circulação.
Não se sabe ainda, por exemplo, se a Prefeitura manteria, por meio da sua Secretaria de Comunicação, uma redação para o “Monitor Campista – Diário Oficial”, com a publicação de conteúdo jornalístico além dos atos municipais, ou se apenas estes últimos seriam publicados.
A fórmula que está praticamente acertada é a de que a Prefeitura de Campos compre o prédio do jornal, na rua João Pessoa, e fique com o título, que passaria a usar para publicação dos atos oficiais, com o nome “Monitor Campista – Diário Oficial”.
A definição por esta opção ainda depende da verificação do interesse de algum comprador privado, mas a tendência mais forte é a de que o jornal passe mesmo para as mãos do município.
Nenhuma hipótese é oficialmente assumida na Prefeitura. Admite-se apenas que estão sendo feitos “estudos” para salvar o Monitor, que em 2009 completou 175 anos e é o terceiro mais antigo do Brasil ainda em circulação.
Não se sabe ainda, por exemplo, se a Prefeitura manteria, por meio da sua Secretaria de Comunicação, uma redação para o “Monitor Campista – Diário Oficial”, com a publicação de conteúdo jornalístico além dos atos municipais, ou se apenas estes últimos seriam publicados.
4 comentários:
Isso quer dizer mais poder para Garotinho!
Esse homem não sai desta Prefeitura nunca mais...
oh esse minino num é nesse jorna que trabaia voce e a tar da jandi nuni? Xi sestão fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuminado oia eis vão mandar ocês pro zoio da rua.arquele moço, seu jaro, né? tumem tá .
Por que o Forum que representa as inúmeras entidades de classe de nossa cidade não se reune ?
Será que só existe para discutir interesses corporativos ?
NÃO para a municipalização do MONITOR CAMPISTA!
ACIC, CDL...cadê voces?????
Se lembram do TRIANON?
CHEGA DE OMISSÂO!
Resumo da ópera: O velho órgão não precisa de viagra e sim transfusão de sangue. Algum laranja em vista? Pode ser de Macaé também?
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