Do Instituto Historiar (aqui)
Em 1850 a Câmara recebeu cópia da Portaria lavrada com o empresário, da abertura e conservação das obras pela qual ficou obrigado a dar começo e todo o andamento do serviço, desde a Lagoa da Piabanha (Ata de 7 de outrubro). De outubro de 1850 a fevereiro de 1851 foi aberta a Bacia, e o Visconde de Araruama, com muita perseverança e diligência, fazia com que as obras tivessem bom andamento, sendo ele o arrematante das mesmas.
Enquanto isso, na Assembléia Provincial, alguns deputados encentaram animado debate acerca do projeto, que autorizava ao governo mandar fazer as precisas explorações sobre a possibillidade da junção da Bacia com o Rio Paraíba. Devemos notar aqui que o Canal começava na Bacia, e só mais tarde que foi estabelecido a comunicação de suas águas com as do caudaloso Rio Paraíba do Sul. O Canal Campos - Macaé foi construido com cerca de 2.000 contos de Réis.
O Dr. Silveira da Motta na presidência da Província, muito concorreu para o serviço de comunicação do Paraíba com o Canal, para renovação das águas deste. O trajeto do Canal era o seguinte: partindo de Campos da Lagoa do Osório (atual Mercado Municipal) ligava à Lagoa da Piabanha, Rio Ururaí, a Lagoa Feia, Lagoa de Jesus e ao Rio Macabú, passando por Quissamã e entrando no Rio Carrapato, onde atravessa a Lagoa de Carapebús, chegando até a Lagoa Jurubatiba, daí até a foz do Rio Macaé. (Segundo dados do livro 'História e Legendas de Macaé', o Canal media 24.945 braças, e era conhecido como a "Venesa brasileira").
Em 19 de fevereiro de 1872, começou a navegação do Canal partindo para Macaé o Vapor 'Visconde', rebocando uma prancha de passageiros, cujas saídas de Campos eram nos dias: 5, 9, 15, 19, 26 e 29 de cada mês. A primeira chegada de passageiros em Campos (14 passageiros), foi no dia 04 de março. Os passageiros que saíram de Campos para Macaé (11 passageiros) no dia 25 de fevereiro. A ligação do Canal com o Paraíba deu-se no dia 16 de dezembro de 1872.
A Empresa que o construiu, foi a Companhia União Industrial, que nesse período utilizava a mão-de-obra escrava em suas construções.
3 comentários:
Muito bom o trabalho do Instituto Historiar.
Quanto ao valão - sabendo que cada um tem uma opinião e afirmando que respeito as divergências - penso que a única obra adequada é fazer até o McDonalds o mesmo que foi feito no Jardim de Alah.
Tombamentos podem ser cancelados e há previsão nesse sentido na lei que rege o assunto (art. 19, § 2º do DL 25/37). Caso tenha curiosidade, já escrevi sobre isso em http://marcelobessa.blogspot.com/2009/06/o-valao-campos-macae.html
Se no Brasil nós utilizássemos mais o instituto do plebiscito, seria um tema interessante para se convocar a comunidade campista para opinar sobre o assunto.
Grande abraço.
Será que a comunidade campista sabe o que é opinar?
Vide os políticos que temos!
A segunda foto é belíssima!
O perfil de uma cidade denota a ¨alma¨dos que nela residem.Como é árida a maioria das almas campistas!
Como DEGRADAM com tamanha facilidade sa belas coisas nessa cidade!
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