segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Por que o Brasil sempre abre as assembleias gerais da ONU?



Na quarta-feira, dia 22, a presidenta Dilma Rousseff vai fazer o discurso de abertura da Assembléia Anual da Organização das Nações Unidas. Vai ser a primeira mulher, na história da ONU, a fazê-lo.
Desde a criação da ONU, logo após ao fim da segunda guerra mundial, é tradição um representante do Brasil fazer a saudação de abertura. Lula foi o que mais vezes falou da tribuna mais alta da ONU,seguido de Fernando Henrique, enquanto os outros presidentes, mais tímidos, optaram por delegar a tarefa aos ministros das Relações Exteriores. Lembro-me vagamente de Sarney e Collor na ONU, mas não achei fotos para confirmar minha memória. Acho que dos generais-presidentes, apenas, Figueiredo, após anistia e em plena abertura política discursou na ONU. Mas não tenho certeza.
Mas por que cabe ao Brasil anualmente o discurso de abertura da assembléia geral da ONU? Quem explica é o ex-embaixador do Brasil nos EUA e ex-senador da República, Roberto Campos, em seu livro, “A Lanterna na Popa” (Topbooks, 1994 1ª edição, página 92):
“A primeira reunião preparatória da ONU se realizara em Londres, em 7 de janeiro de 1946, destacando-se na delegação Ciro de Freitas Valle, então embaixador no Canadá, deslocado para Londres depois de ter assistido à assinatura da Carta em São Francisco. Ciro era uma vigorosa personalidade. Bem apessoado, bom gourmet e cultor inveterado do whisky, afirmou-se em Londres como importante personalidade. Como nem os Estados Unidos nem a União Soviética, já mutuamente suspicazes, quisessem iniciar os debates, Ciro se inscreveu como primeiro orador e isso marcou a tradição, até hoje mantida, de ser o Brasil o primeiro a orar nas Assembléias Gerais da ONU.”
Aliás, estou repetitivo, pois já contei essa história aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Se não pode complementar o assunto então ao menos não demonstre sua visivel falta de cultura e de educação. Pois se esconde no anonimato quem não tem coragem de assumir seus atos