É como fico com a notícia veiculada ontem, (13/07), na Folha da Manhã, sobre a venda do Solar dos Airizes. O novo dono, segundo informação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é uma empresa particular, a Vittek Participações e Empreendimentos. O proprietário anterior Nelson Lamego, disse à reportagem que o imóvel foi adquirido por uma empresa do Paraná, responsável pela construção de condomínios residenciais.
O Solar dos Airizes, é uma das pérolas do patrimônio histórico regional. Era motivo de aflição para todos os que se interessam por preservar a história arquitetônica e cultural da região norte fluminense. Está localizado à margem da BR-356, (Campos – São João da Barra), a 6km da cidade, na localidade de Martins Lage, lado direito do rio Paraíba. Foi construída, no início do século XIX, pelo Comendador Claudio de Couto e Souza, toda em esteios de madeira de lei e tijolos. Edificação característica dos imensos sobrados da região; dois andares, 60 metros de fachada. Até 1896, nos fundos havia um engenho que foi demolido.
Estive por duas vezes em seu interior com sérios problemas estruturais, risco de desabamento que se agrava a cada dia. Possui uma das capelas mais “femininas” que visitei. Linda.
É minha esperança que passe urgentemente por uma restauração e que obtenha nova função social. É minha preocupação que de fato venha ter, afinal as obras não são de pequena monta, requerem projeto adequado e recursos financeiros.
Não poderia deixar de expressar o meu absoluto desconcerto face à inapetência da prefeitura de Campos, e mesmo do governo do estado do Rio, em não ter feito a aquisição, restauração e instalação de um Museu (ou Centro Cultural) público municipal ou estadual.
Como patrimônio histórico nacional, enfim, continuamos de olho. Boa vida ao Solar dos Airizes!!
Um comentário:
Creio que sou um dos poucos (se não único) que rodou um filme aí.
"MALDIÇÃO", um curta de 1977.
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