Em Campos, filas em todas os locais de votação, mas a eleição foi mantida. Foto Folha da Manhã |
Da Agência Brasil
A votação para representantes dos conselhos tutelares no Rio de Janeiro foi suspensa, por volta das 13h de hoje (4), por dificuldades técnicas relacionadas à infraestrutura de transmissão de dados no sistema eleitoral. Durante toda a manhã deste domingo, cariocas reclamaram da demora para registrar o voto e longas filas se formaram nos colégios eleitorais. Ao todo, haviam 160 pontos de votação espalhados pela cidade. O processo de escolha de conselheiros no Rio é informatizado e depende da internet para que o voto seja registrado.
A data do novo pleito ainda não foi marcada e, de acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, José Monteiro Pinto, será definida nesta segunda-feira (5). “As eleições foram suspensas por uma questão de infraestrutura. Nós vamos nos reunir amanhã para marcar uma nova data com outro sistema”, afirmou.
O presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Rio de Janeiro, Juarez Filho, classificou a situação como caótica. “Nós pedimos a suspensão. A logística não estava funcionando. As informações não estavam chegando no processador do sistema. Aí foi este caos. Quando deu meio dia, apenas três mil pessoas haviam votado. A expectativa era de 150 mil votos no processo”, disse Juarez. (Veja mais aqui).
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Em Campos, foram registradas muitas reclamações de filas como nas seções 98 (Clube da Terceira Idade) e Casa do Pequeno Jornaleiro (99ª).
Da Folha on line:
Júlio César Barreto
Foto: Tércio Teixeira e Jhonattan Reis
O Brasil escolheu neste domingo (04), por meio de voto facultativo, 30 mil novos conselheiros tutelares. Esta eleição foi a primeira a ocorrer de forma simultânea em todo o país. Durante a votação no Clube da Terceira Idade, no Parque Tamandaré, em Campos, eleitores se manifestaram.
Em Campos, 70 candidatos concorreram a 25 vagas de conselheiros titulares, já os demais foram listados como suplentes em ordem decrescente de votação. Eles foram eleitos através dos votos recebidos em nove zonas eleitorais distribuídas pela cidade.
Na escola municipal Maria Lúcia, no Turf Club, que abrigou a zona 249, o movimento foi intenso durante todo a manhã. Enquanto a equipe de reportagem esteve no local, cerca de 200 eleitores aguardavam para votar.
Rodrigo Viana, 20 anos, considera a votação importante, uma vez que, “hoje em dia um conselheiro tutelar eficiente está difícil de encontrar, por isso, hoje (ontem) fiz questão de votar em que eu acho que desempenhará bem está função, seja ajudando aquelas crianças, que são maltratadas, ou aquelas que os pais não tem condições financeiras suficientes para comprar remédios, por exemplo”.
Cada Conselho Tutelar contará a partir de 10 de janeiro de 2016 com cinco novos conselheiros tutelares e cinco suplentes, que exercerão um mandato de quatro anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
No estado do Rio de Janeiro, o processo de eleição foi de responsabilidade do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de cada município, competindo ao Ministério Público do Estado a fiscalização.
No Clube da Terceira Idade, no final da tarde, eleitores alegaram que não houve estrutura na organização da eleição e, devido a isso, parte dos eleitores estariam horas na fila aguardando para votar. Na escola Maria Lúcia, a reclamação durante todo o dia foi a mesma.
Responsabilidade — O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece através da lei 8.069/90, que cabe ao Conselho Tutelar a adoção de diversas medidas de proteção previstas, quando crianças ou adolescentes tiverem seus direitos ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis ou em razão de sua própria conduta.
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