Adiamento é outra manobra de Cunha, já que no mesmo horário tem sessão na Comissão de Ética que pode definir sua cassação e teria que ser adiada |
Da Agência Câmara (aqui):
Os líderes do governo, José Guimarães (PT-CE); do PMDB, Leonardo Picciani (RJ); e do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), afirmaram há pouco que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, decidiu adiar para amanhã a definição da lista dos 65 integrantes da comissão especial que vai analisar a abertura de processo de impeachment presidencial. Os três líderes criticaram a decisão de Cunha que, segundo eles, se juntou com a oposição e quebrou acordo de que a lista de integrantes seria montada por consenso.
Segundo os três líderes, a oposição não concordou com as indicações feitas pela base do governo e quer elaborar uma lista paralela de integrantes.
José Guimarães disse que os partidos da base vão discutir hoje possíveis medidas jurídicas e políticas para serem tomadas. “Eles querem compor maioria sem ter maioria. Não aceitamos esse tipo de manobra”, afirmou.
Jandira Feghali criticou Cunha por adiar a sessão do Plenário para amanhã, às 14 horas. Segundo ela, essa decisão quebra o acordo sobre as indicações e vai inviabilizar a votação da representação contra o presidente da Câmara no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Leonardo Picciani também criticou o adiamento. “Nós começamos de forma ruim. O acordo era a definição de uma chapa única, mas parte da oposição voltou atrás. O ideal é que haja previsibilidade. O PMDB vai manter os nomes”, declarou.
Segundo Picciani, a possível lista paralela de integrantes a ser anunciada pela oposição pode inviabilizar a instalação da comissão especial sobre o impeachment. “Essa manobra tem consequências mais graves. Pode fazer com que a comissão não se instale. Pode ser que uma chapa seja eleita e, depois, indefinidamente, recuse as indicações da outra chapa.”
As declarações foram feitas na saída de reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara. A reunião prossegue no gabinete da Presidência.
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