Alguém já disse que o mentiroso contumaz é aquele que nunca conta a mesma história. Tem sempre detalhes novos a cada vez que tenta relatar um mesmo fato. É como naquele aforismo que diz "quem conta um conto, aumenta um ponto".
Pois é assim o performático Garotinho. Não consegue ser entrevistado sem acrescentar detalhes, informações, insinuações sórdidas a respeito de sua prisão preventiva, hoje convertida em domiciliar pelas mãos benevolentes de uma ministra do TSE. Só lembrando: o ex-governador e ex-secretário municipal de Governo teve a prisão preventiva (sem prazo, portanto), pelo juiz Glaucenir de Oliveira a pedido do Ministério Público Eleitoral no curso de uma investigação da Polícia Federal por "compra de votos" e coação de testemunhas. (reveja aqui a decisão)
Foi assim na entrevista ao repórter Roberto Cabrini,do SBT, e no último sábado, dia 3, a Folha de S.Paulo publicou entrevista em que Garotinho consegue ser ainda mais mirabolante: se diz vítima de uma conspiração do delegado da PF, Paulo Cassiano Júnior, porque a (ainda) prefeita teria insinuado a hipótese de má gestão por parte do pai do delegado, que é interventor da Santa Casa (nomeado pela Justiça).
Veja abaixo a entrevista publicada neste sábado na Folha de S. Paulo:
Clina imagem para ampliar.
Em tempo: A Santa Casa de Misericórdia de Campos, entidade bicentenária, está sob intervenção judicial,a pedido do MPRJ (confira aqui) desde dezembro de 2014.Quase um ano depois, em outubro de 2015, a prefeita Rosinha Garotinho decretou (decreto 272/2015) uma intervenção da prefeitura porque o hospital havia parado de receber pacientes do SUS por falta de pagamento da municipalidade. Dias depois o Tribunal de Justiça do RJ suspendeu o decreto e determinou o retorno da junta interventora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário