segunda-feira, 8 de julho de 2013

PRAGA AINDA NO AR?



Conversa ouvida dejahojinha na fila do caixa da padaria Rainha do Pão Quente, no Centro, entre dois senhores de meia idade:

— Rapaz esse negócio de praga dos frades é mesmo sério, hein?
— Que nada isso já acabou...
— Que nada? Veja só que reduziu a pó até os bilhões do Eike Batista...
— ....





Do Blogueiro:

Reza a lenda que no final do século XIX, frades de certa ordem religiosa foram expulsos de Campos por motivos que variam de acordo com a versão apresentada. O certo é que eles ao saírem da cidade, sacudiram o pó das vestes e praguejaram que nada se desenvolveria nesta região pelos próximos cem anos.
Outra versão conta que a praga teria sido rogada pelo traidor da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis, que teria se refugiado em Campos após a prisão de Tiradentes e seus companheiros que conspiravam contra  Portugal. Ao ser descoberto, Silvério teria sido escorraçado da Planicíe e lançado a tal praga.
A última versão que conheço atribui ao fazendeiro Manuel da Mota Coqueiro, conhecido como a "Fera de Macabu", que, acusado e preso pela chacina da família do seu caseiro em Macabu, foi enforcado em Macaé como o último brasileiro executado com base na pena de morte que vigia naquele 1855 de Pedro II. Mota Coqueiro, dono de terras na Baixada Campista e com sua casa da cidade situada onde hoje é a Santa Casa, na Pelinca, teria rogado a praga contra Macaé e região. Anos mais tarde ficou provada a inocência de Coqueiro e Pedro II passou a comutar para prisão perpétua todas as condenações de pena de morte.

Retrato de Manuel da Mota Coqueiro



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