Depois de sete anos de vacas
gordas, período em que aproveitou-se como quis e pode, o governo Rosinha &
Garotinho, rende-se ao óbvio e resolveu reduzir a paquidérmica máquina
administrativa. Construída para abrigar o leque de apoio de mais de dezena de
partidos, a estrutura vai passar dos atuais 39 órgãos (confira aqui), para
apenas 10 secretarias, uma fundação, uma companhia, a procuradoria, o Gabinete
da prefeita e o Instituto de Previdência dos Servidores, num total de 15 órgãos
ocupantes por comissionados DAS-1, com status de secretário.
As secretarias e fundações
extintas vão virar subsecretarias ou superintendências das remanescentes.
Exemplo: As atribuições da atual Secretaria de Comunicação Social vão passar para
a superintendência de Comunicação da Secretaria de Governo, enquanto as funções
da Fundação Municipal da Infância e Juventude serão assumidas Por uma superintendência
da nova Secretaria Municipal do Desenvolvimento Humano e Social, para onde irão
também as ações das secretarias do Idoso e de Trabalho e Renda.
Informações oficiais dão conta de
economia anual de R$ 14 milhões. O problema não está aí. A porca vai torcer o
rabo na hora de acomodar algo em torno de três centenas de ocupantes de cargos
de confiança que ficarão teoricamente desempregados com a extinção dos órgãos
para os quais foram nomeados como assessores, diretores, chefes de
departamentos. Primeiro é preciso escolher entre os atuais secretários quem vai
assumir as novas secretarias ampliadas, depois como ficam os cargos inferiores
em cada estrutura extinta. Em algumas secretarias ou fundações a serem extintas,
o número de superintendências ou subsecretarias, passa de meia dúzia. Onde
encaixar esse pessoal todo?
D 15 cargos remanescentes do
primeiro escalão, estão em disputa 11, porque na Secretaria de Governo
permanece Garotinho, no Controle e Orçamento, Suledil Bernardino, na Saúde
Chicão Oliveira e na Procuradoria-Geral, Matheus José. Os demais (cerca de 30
atuais auxiliares) estão em volta de apenas 10 cadeiras: Fazenda; Educação,
Cultura e Esportes; Infraestrutura e Mobilidade Urbana; Desenvolvimento Humano
e Social; Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Ambiental e Gestão e
Pessoas e Contratos. Além da Previcampos, Codemca, Fundação Municipal de Saúde
e Gabinete da Prefeita.
Na esteira da necessária reforma
administrativa a falange política dominante aproveita para armar o tabuleiro
para as eleições do ano que vem. Defenestra quem não interessa, incensa quem
pode ser útil e testa uns e outros. E mais: deixa na expectativa um exército
que cabos eleitorais postos na inatividade, mas com a esperança viva de
voltarem ao front para a batalha de 2016. O dinheiro que falta ou poupa-se
agora, vai abundar na época certa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário