Adilson Sarmet (foto Mania de Saúde). vice de 1989/1992 |
Amaro Gimenes, vice de 1993/1996 |
Falando em vice...desde a primeira eleição de Garotinho para a Prefeitura de Campos, em 1988, o nome do vice sempre foi escolhido entre políticos com bom trânsito na classe média, como forma de compensar a origem popular dos cabeças de chapa.
Em 2016 deve ocorrer o contrário: os principais candidatos a prefeito (Mauro Silva ou Chicão Oliveira) pelo grupo garotista, e Rafael Diniz, pela oposição, são tipicamente ligados e oriundos da classe média e, por isso mesmo, articulam vices de origem popular.
Só para exercitar a memória:
1988 - Garotinho foi buscar no médico Adilson Sarmet (então no PSB) a compensação por sua absoluta falta de entrada na classe média. Ganhou a eleição, brigou com o vice um ano depois e, inclusive, demitiu-o da direção do Hospital Ferreira Machado.
1992 - Sergio Mendes teve como vice o empresário Amaro Gimenes, dirigente de usina, para compensar sua fala de experiência, Manteve uma relação estável, inclusive com participação efetiva no primeiro ano de governo, porém distante nos últimos meses do mandato. Rompido com Garotinho no final do governo, Sergio não foi transferir o cargo para o sucessor — o próprio Garotinho —, mas Gimenes foi.
1996 - Candidato a prefeito mas também a governador dois anos adiante, Garotinho escolheu Arnaldo Vianna para vice, a quem entregaria o governo um ano e quatro meses depois para disputar e ganhar o Palácio Guanabara.
2000 - Na eleição mais fácil da história de Campos, Arnaldo teve Geraldo Pudim em sua chapa de reeleição. Com as duas máquinas na mão (Garotinho no Estado e Arnaldo na Prefeitura) esta foi a eleição em que o vice menos contribuiu. Bastaria um poste...
2004 - Candidato de Arnaldo, Carlos Alberto Campista enfrentaria o candidato apoiado por Garotinho. Era a máquina do Estado, então "governado" por Rosinha & a máquina da Prefeitura, com Arnaldo e Cia. Daí foram buscar um vice na área mais popular, o vereador Toninho Vianna. Eleitos, ambos foram cassados cinco meses depois...
2006 - Na eleição suplementar de 2006, o então prefeito interino, Alexandre Mocaiber, escolheu (ou foi escolhido para ele), um vice com experiência política e que poderia representar uma ponte entre as duas maiores forças políticas da época (Garotinho e Arnaldo) que estavam rompidos: Roberto Henriques.
2008 - Rosinha candidata, o nome natural para vice seria o de Roberto Henriques, que prestara ao grupo político inestimáveis serviços durante os 43 dias que substituiu Mocaiber (afastado pela Justiça), e que garantiram a volta de um garotista ao governo. No entanto, já estava instalada a república da parentocracia e foi escolhido Chicão, primo de Garotinho, sendo a chapa reprisada na reeleição de 2012.
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