sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PF PEDE PERMISSÃO AO STF PARA OUVIR LULA E ARQUIVA INVESTIGAÇÃO CONTRA CABRAL E PEZÃO

Lula no encontro dos petroleiros (Foto: Roberto Stuckert)
REVISTA ÉPOCA (AQUI):







Agora é oficial: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é suspeito de ter se beneficiado do petrolão para obter vantagens pessoais, para o PT e para o governo. A suspeita consta em documento da Polícia Federal. Nele, pede-se ao Supremo Tribunal Federal autorização para ouvir Lula no inquérito que investiga políticos na operação Lava Jato.
O documento, enviado ao STF anteontem, na quarta-feira, é assinado pelo delegado Josélio Sousa, do grupo da PF em Brasília que atua no caso. Assim escreveu o delegado: “Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pela esquema em cursa na PETROBRAS, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada â custa de negócios ilícitos na referida estatal”.
Documento mostra pedido da Polícia Federal para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que investiga políticos na operação Lava Jato (Foto: Reprodução)
Para a PF, “os fatos evidenciam que o esquema que ora se apura é, antes de tudo, um esquema de poder político alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil”.
>> MPF abre inquérito contra ex-presidente Lula por tráfico de influência internacional

Diante de tais suspeitas, a PF elencou a lista de pessoas do “primeiro escalão” que deveriam ser ouvidas. Lula está lá, embora não tenha mais foro privilegiado. A PF não explica por que pediu ao Supremo a tomada do depoimento - e não à primeira instância.  “Neste cenário fático, faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário maior da nação, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, a fim de que apresente a sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu governo”.

Do G1


O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se disse "triste" nesta sexta-feira (11) mesmo após o pedido de arquivamento do inquérito da Polícia Federal que o cita, além do ex-governador Sérgio Cabral e um ex-secretário do Estado nas investigações da Operação Lava-Jato. Pezão lamentou que o pai, morto em agosto, não tenha visto o desfecho da denúncia. Para ser encerrado, no entanto, o inquérito ainda precisa passar pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo o ex-diretor da Petrobras e delator na operação, Paulo Roberto Costa, o trio teria recebido R$ 30 milhões em caixa dois na campanha de 2010.

"É um processo doído, só quem sofre sabe o que passa. Fico mais triste por ter perdido meu pai e ele não ter visto esta reparação", disse. O governador disse ainda que confia na Justiça e atribuiu a fala do delator a interesses políticos.

"Desde quando falaram que estávamos nessa operação eu falei que era uma denúncia eleitoral. O senhor Paulo Roberto Costa era tesoureiro da campanha de Lindbergh Farias. A denúncia foi explorada em agosto de 2014 por jornalistas aproveitadores, uma imprensa marrom, que divulgou que estávamos nessa operação no processo eleitoral. A Justiça aparece", afirmou.

A declaração de Pezão foi feita durante o cerimônia das obras do Conjunto Habitacional Pedregulho, o Prefeito Mendes de Moraes, em São Cristóvão. Segundo o governo do estado, foram investidos R$ 46 milhões na recuperação do condomínio onde moram mais de 1,5 mil pessoas.

Matéria completa no G1.

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