quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

GUARDA MUNICIPAL NÃO VÊ BANDALHA NA BALADA

Do Blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa (aqui):

Guarda Civil reboca carro de casal com bebê, mas libera bandalha na balada?

Wellingotn Levino, comandante da Guarda Municipal que apoia reboque do carro de casal que foi levar filho de um mês ao médico, mas deixa bandalha da balada correr solta nas noites de Campos (foto: divulgação)



Flagrante da Guarda Municipal consumando reboque de carro no último sábado, mesmo após ser informada que seus ocupantes eram um casal que levara o filho de um mês ao médico (foto de Ricardo André Vasconcelos)
Wellington Levino. Este é o nome do comandante da briosa Guarda Municipal de Campos, que defendeu a ação dos seus homens, ao não interromperem o reboque de um carro pela empresa Pátio Norte, mesmo após os proprietários do veículo ainda no chão aparecerem: um casal com um bebê de apenas um mês no colo que, doente, havia sido levado pelos pais ao médico. O caso aconteceu na manhã do último sábado (20/02), na rua Alfeu Silva, quase esquina com 13 de Maio, no Centro.
Flagrado com fotos pelo jornalista e blogueiro Ricardo André Vasconcelos, que o divulgou inicialmente aqui, na democracia irrefreável das redes sociais, o caso foi repercutido pela Folha da Manhã, em sua edição dominical, quando se tornou o assunto mais acessado e comentado da Folha Online (aqui) naquele dia. Indagado sobre a falta de bom senso de seus homens, ao não liberarem o casal e seu bebê após a aplicação da multa, o intrépido Wellington Levino disse:
— Uma vez iniciado o processo de reboque, este não pode ser interrompido. A medida que o condutor comete uma infração, ele assume a responsabilidade de arcar com as devidas sanções administrativas.
Por sua vez, em comentário à postagem inicial de Ricardo nas redes sociais, a mãe do bebê, Carla Carvalho teve a dignidade de assumir aqui sua identidade, ato e motivo:
— Bom, o carro é meu. Sei bem que estacionei errado, mas quando você se encontra com um bebê de apenas 1 mês chorando com dor, nada importa pra uma mãe. Errei sim, mas quando eu e meu marido chegamos no local, o carro ainda estava todo no chão, conversamos com eles e eles sequer quiseram saber de nada (…) Enfim errei e terei que arcar com meu erro, mas largaria meu carro novamente em qualquer lugar pra socorrer meu filho ou qualquer outra pessoa que precisasse de ajuda.
Tudo isso devidamente relembrado e posto, resta saber onde estavam os diligentes guardas municipais de Campos, sob comando do zeloso Wellington Levino, na noite desta quarta-feira, na rua Pero de Góis, no Parque Tamandaré. Nesta noite, como em várias outras, frequentadores da casa noturna Tacada Certa, assim como taxistas à cata dos fregueses fugitivos da Lei Seca, fazem fila dupla, às vezes tripla na rua, sem ser importunados por quem quer que seja, nem aqueles que acionam e consumam o reboque de um carro no qual um casal de pais levou seu filho de um mês ao médico.
Na dúvida, confira os flagrantes feitos há alguns minutos da bandalha que se repete, numa tacada certa, nas baladas de quarta a domingo:
Fila longa e dupla de táxis na noite desta quarta, como em várias outras na Pero
de Góis, sem ser incomodada pela Guarda Municipal (foto de Aluysio Abreu Barbosa)
Veja mais aqui.

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