terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

LICEÍSTAS VOLTAM A PROTESTAR. O GIGANTE ACORDOU!

A mais auspiciosa notícia das últimas semanas é quanto a volta dos liceístas e estudantes de várias escolas públicas às ruas para protestar por melhores condições de ensino. Diversas gerações de estudantes da centenária escola marcaram a história da cidade com sua militância cívica. É bom  saber que os jovens de uniformes cinza estão nas ruas.
Todo apoio aos liceístas e a todos os estudantes!



Da Folha on line:

Jhonattan Reis
Fotos: Michelle Richa
Cerca de 150 alunos do Liceu de Humanidades de Campos se reuniram em frente à unidade em forma de protesto, entre o final da manhã e o início da tarde desta segunda-feira (22). O ato foi motivado pelos vários problemas que estariam ocorrendo no colégio. Por volta das 13h, os estudantes seguiram em passeata do Liceu até a praça do Santíssimo Salvador, no Centro. Na última quinta-feira, professores do Liceu protestaram em frente ao colégio após o final das aulas, por conta das condições de segurança e suposta falta de profissionais para atender a instituição. Também houve manifestação na quarta-feira. Já na sexta-feira, houve protesto de alunos, responsáveis e servidores do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam) e da Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo. A comunidade escolar do Isepam convoca para uma reunião nesta quarta-feira (24), às 10h, na própria escola, para debaterem a realização de uma Marcha Poética pró-Educação, a ser realizada no dia 2 de março, e a criação de uma escola técnica de teatro no Isepam. Vale lembrar que no último sábado professores da rede estadual decidiram, em assembléia realizada no Rio de Janeiro, entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de março.
— Nós, estudantes do Liceu, estamos fazendo manifestação devido aos problemas que estão ocorrendo na escola. Estamos sem porteiro, qualquer um pode entrar ou sair da escola a hora que quiser, os funcionários da limpeza e os professores estão sendo mal remunerados, sendo que o 13° dos professores está sendo dividido em cinco vezes. A gente está com medo de acontecer uma greve de professores e a gente ficar numa situação ruim aqui na escola. Temos todo o direito de fazer isso e vamos tentar melhorias para a escola da melhor forma possível — disse um dos representantes dos estudantes que estiveram no protesto desta segunda-feira, Ralph de Almeida, 18 anos.
Ainda segundo Ralph, as aulas ocorreram normalmente na unidade na manhã desta segunda. “Porém, os alunos que estão querendo melhorias para a escola não assistiram às aulas, pois todos estivemos em frente à unidade em forma de protesto. Para o nosso ato na São Salvador, convidamos estudantes de outras escolas e esperamos que todos compareçam”, relatou.
A Folha tentou contato, por e-mail, com a assessoria de comunicação da secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ), que não havia se pronunciado até o fechamento da edição.
Isepam fará reunião para debater crise
Alunos e ex-alunos do Isepam, professores e ex-professores, professores de outras escolas, artistas e pais de alunos estão sendo convocados para uma reunião, nesta quarta-feira, às 10h, no Isepam. A intenção é debater a crise na Educação do Estado.
Na semana passada, o Isepam e a Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo realizaram atos por melhorias nas unidades. No último dia 19, cerca de 150 pessoas, entre alunos, responsáveis e servidores, protestaram em frente ao Isepam e ao Agrícola. Os manifestantes estavam com cartazes com frases como “o Agrícola não pode fechar”, “queremos nossa escola” e “educação tem que ser prioridade”.
22/02/2016 13:24 - Última atualização: 23/02/2016 10:00


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