terça-feira, 25 de março de 2008

Investigar ou ser conivente



Independente da frustração causada pela ausência do prometido "relatório" do prefeito em exercício, Roberto Henriques, está sendo criado, aos poucos, na Câmara Municipal de Campos, um ambiente propício à instalação de uma comissão de investigação para apurar as denúncias de corrupção no governo Mocaiber. Não cabe, à exceção da omissão conivente, outra alternativa aos vereadores a não ser chamarem a si a responsabilidade pelo julgamento político do prefeito afastado. Sobre Mocaiber pesam robustos indícios e eloqüentes são as provas encontradas tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo governo interino. Diante disso, a Câmara não pode continuar "se fazendo de morta" para ver o que vai dar.
Na iminência de não terem Mocaiber de volta ao cargo e, por conseguinte, interrompido o esquema que garantiria a reeleição de boa parte deles, os vereadores vão chegar à conclusão que adotar o discurso da ética, investigar as denúncias e até chegar à cassação do mandato de Mocaiber pode ser a saída para o futuro político deles próprios. Além disso, ficariam com a imagem um pouco melhor junto ao eleitorado e, de quebra, ganhariam o reconhecimento do prefeito efetivado no cargo e, quem sabe, até alguma colaboração para a campanha.
Cumprir obrigação por conveniência de ocasião, pode ser até um raciocínio hipócrita, mas o que esperar de uma classe política com antecedentes tão reprováveis como os que temos visto no país nos últimos anos?

Um comentário:

Gustavo Alejandro disse...

Ricardo, veja minha proposta kamikaze para acabar com o desvio dos royalties.

caidoemcampos.blogspot.com